quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Brasileiros irão substituir estrangeiros em nova etapa do Mais Médicos, diz ministro



Chegada dos médicos cubanos em 2013. Foto: Edmar Melo/JC Imagem.
Chegada dos médicos estrangeiros em 2013. Foto: Edmar Melo/JC Imagem.

Da FolhaPress
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta quinta-feira (26) que o Mais Médicos irá continuar e que, ao fim do período de participação no programa, os estrangeiros que hoje atuam nas unidades de saúde devem começar a ser substituídos por brasileiros em novos processos de seleção.
“O programa veio para ficar, e vai se consolidar dessa maneira. A tendência é uma progressiva substituição dos médicos estrangeiros pelos brasileiros”, afirma.
A afirmação ocorreu após anúncio, em reunião com secretários de saúde, do resultado das inscrições para a 2ª chamada do programa, que passou por mudanças neste ano. Desde o lançamento, o Mais Médicos é alvo de críticas de entidades médicas devido à participação de estrangeiros sem revalidação do diploma.
Das 835 vagas restantes disponíveis na 2ª chamada, apenas 85, em 47 municípios, ainda não foram ocupadas. A maior parte localiza-se em municípios mais afastados e na região Norte, afirma.
Isso significa que, do total de 4.146 vagas ofertadas após a ampliação do programa, 4.061 já foram preenchidas. As vagas ainda disponíveis irão para a terceira chamada, ainda com prioridade para brasileiros.
Os médicos que se inscreveram na nova chamada, no entanto, ainda precisam se apresentar à prefeitura dos municípios para confirmar a participação. Caso ainda sobrem vagas, o processo de seleção será aberto para brasileiros formados no exterior e, em seguida, para estrangeiros.
Para Chioro, o recorde de inscrições de brasileiros pode fazer com que não seja necessário um novo convênio com a Opas (Organização Pan-americana de saúde), responsável pela vinda dos médicos cubanos ao país. Hoje, os médicos cubanos respondem por 79% do total de profissionais que já atuam no Mais Médicos. “É muito pouco provável que não completemos todas essas vagas com brasileiros. Desta vez não vai chegar a Opas”, afirma.
Ainda segundo o ministro, a tendência é que os estrangeiros sejam substituídos por brasileiros assim que mais vagas forem abertas -neste ano, o processo de seleção passará a ocorrer a cada três meses. Anteriormente, não havia prazo determinado.

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