sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tal como o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados eu não acredito que tenham sido bloqueados 2,5 milhões de dólares de Eduardo Cunha pelas autoridades suíças em contas do banco Julius Baer cujos beneficiários são Eduardo Cunha e sua mulher, Claudia Cruz. Foi armação da imprensa ou da Dilma, tá na cara. E tem outra: pode haver um homônimo do Cunha casado com uma homônima da mulher dele, ou não pode? E que moram, coincidentemente, numa rua com o mesmo nome da rua onde mora Eduardo Cunha e sua mulher. Tal como o deputado Carlos Sampaio eu não acredito nos operadores presos na Lava Jato que informaram ter depositado 5 milhões de dólares na conta de Eduardo Cunha. Esse Sérgio Moro tá de marcação com Cunha, todo mundo sabe. Ele faz os presos falarem o que ele quer. Tal como o deputado Carlos Sampaio eu entendo que, quando Eduardo Cunha cancelou na última hora viagem à Itália, logo depois das notícias de contas bloqueadas na Suíça, o gesto não teve a mesma motivação de Paulo Maluf e de Marco Polo Del Nero, arriscados a cair nas malhas da Interpol se puserem os pés para fora do Brasil. Ele próprio disse ter cancelado para ir ao casamento de Romero Jucá, por que duvidar dele? Tal como o deputado Carlos Sampaio eu acho que nada disso prova nada e que nada disso impede Eduardo Cunha de continuar presidente da Câmara dos Deputados e segundo na sucessão presidencial. O problema é que só eu e o Carlos Sampaio ainda acreditamos em Eduardo Cunha.

Texto de Alex Solnik no portal 247

Tal como o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados eu não acredito que tenham sido bloqueados 2,5 milhões de dólares de Eduardo Cunha pelas autoridades suíças em contas do banco Julius Baer cujos beneficiários são Eduardo Cunha e sua mulher, Claudia Cruz.
Foi armação da imprensa ou da Dilma, tá na cara. E tem outra: pode haver um homônimo do Cunha casado com uma homônima da mulher dele, ou não pode? E que moram, coincidentemente, numa rua com o mesmo nome da rua onde mora Eduardo Cunha e sua mulher.
Tal como o deputado Carlos Sampaio eu não acredito nos operadores presos na Lava Jato que informaram ter depositado 5 milhões de dólares na conta de Eduardo Cunha. Esse Sérgio Moro tá de marcação com Cunha, todo mundo sabe. Ele faz os presos falarem o que ele quer.
Tal como o deputado Carlos Sampaio eu entendo que, quando Eduardo Cunha cancelou na última hora viagem à Itália, logo depois das notícias de contas bloqueadas na Suíça, o gesto não teve a mesma motivação de Paulo Maluf e de Marco Polo Del Nero, arriscados a cair nas malhas da Interpol se puserem os pés para fora do Brasil. Ele próprio disse ter cancelado para ir ao casamento de Romero Jucá, por que duvidar dele?
Tal como o deputado Carlos Sampaio eu acho que nada disso prova nada e que nada disso impede Eduardo Cunha de continuar presidente da Câmara dos Deputados e segundo na sucessão presidencial.
O problema é que só eu e o Carlos Sampaio ainda acreditamos em Eduardo Cunha.

“Aécio é o pior perdedor da história do Brasil”

247 - Aécio Neves "é o pior perdedor da história do Brasil", constata Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. O jornalista lembra que "faz já mais de um ano que ele não se dedica a outra coisa que não tentar derrubar, por meios grotescos, quem o derrotou" em 2014. Para ele, o senador tucano "é, hoje, um câncer para a democracia". A explicação mais provável para esse comportamento, na avaliação de Nogueira, "é a mais simples: Aécio é um menino mimado".
"Ele é a própria negação da meritocracia. Não o ensinaram a pescar. Deram-lhe peixe a vida toda. O avô Tancredo foi evidentemente um mau professor para ele, ou Aécio não seria o perdedor miserável que é. Mais velho, FHC poderia ter ajudado mentalmente Aécio, mas está claro que nada fez. Se a imprensa cumprisse seu papel de fiscalizadora com Aécio poderia tê-lo ajudado a aprimorar o caráter. Mas também a mídia o mimou e protegeu sempre", opina.
"Há uma única coisa pior do que perder. É não saber perder. É o triste caso de Aécio", conclui Paulo Nogueira. Leia aqui a íntegra de seu artigo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

UPE divulga concorrência do Vestibular 2016‏

Na manhã da terça-feira (06/10), o Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Falcão, junto à vice-reitora, Socorro Cavalcanti, pró-reitores e coordenadores, divulgaram a concorrência do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) 2016. Os números referem-se à procura de candidatos por vaga entre cotistas e não-cotistas (universal). Para esse ano, 11.553 candidatos se inscreveram para a terceira fase do sistema, concorrendo a 1.730 vagas, de 53 cursos de graduação distribuídas em 11 campi.

O curso mais concorrido do SSA3 foi o de bacharelado em Direito, em Camaragibe, tanto no sistema universal, com 64,75 candidatos disputando uma das vagas, quanto entre os candidatos cotistas, que foram 43,33 pra uma vaga. Ao todo, 8.540 candidatos se inscreveram no sistema universal e 3.013 no sistema de cotas, em todos os cursos ofertados. Este ano, a UPE disponibiliza 50% das vagas para o SSA 3 e 50% para os que vão concorrer ao ingresso na instituição através do Sisu.

Agora, os candidatos devem ficar atentos ao período de divulgação dos locais de prova no cartão informativo, que poderá ser emitido através do endereço:
http://processodeingresso.upe.pe.gov.br, a partir do dia 09 de novembro para os candidatos do SSA 3. As provas para esses estudantes da terceira fase serão aplicadas pela manhã, nos dias 22 e 23 de novembro.

Para aqueles que vão fazer o SSA1 e 2, o documento com os locais de provas poderá ser emitido a partir de 23/11 e os testes acontecem dias 13 e 14 de dezembro, nos turnos da manhã e tarde, respectivamente.

Mais informações através do telefone (81) 3183-3660, do endereço eletrônico e do e-mail:
processodeingresso@upe.pe.gov.br. Veja a relação completa da concorrência nos dois sistemas de ingresso (universal e cotistas) e a apresentação feita aos jornalistas abaixo:

APRESENTAÇÃO GERAL - 
http://www.upe.br/images/noticias/apresentacao_concorrencia_2016.pdf

CONCORRÊNCIA EM TODOS OS CURSOS - http://www.upe.br/images/noticias/evolucao_concorrencia_2016.pdf


- SERVIÇO:

SSA 3:
Datas das provas: 22 e 23 de novembro, pela manhã
Locais de prova disponíveis a partir de: 09 de novembro, no endereço
http://processodeingresso.upe.pe.gov.br

SSA1 e 2:
Datas das provas: 13 e 14 de dezembro, pela manhã (SSA1) e tarde (SSA2)
Locais de prova disponíveis a partir de: 23 de novembro, no site
http://processodeingresso.upe.pe.gov.br

Obras de urbanização são inauguradas em Barreiros

O município de Barreiros, na Mata Sul, recebeu obras de infraestrutura urbana realizadas com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM). O secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, acompanhando o governador Paulo Câmara, esteve na cidade nesta quarta-feira (7) para a entrega de 40 ruas pavimentadas em diversos bairros, num investimento de R$ 2,6 milhões das edições de 2013 e 2014 do Fundo. Além disso, o governador assinou a ordem de serviço para a reconstrução da Escola Estadual Central de Barreiros.
 
Também participaram da solenidade, realizada no Clube dos Caiadores, os secretários da Educação, Fred Amâncio, de Agricultura, Nilton Mota, e da Casa Militar, coronel Mário Cavalcanti, e o prefeito Carlinhos da Pedreira.
 
O governador Paulo Câmara, em seu discurso, relembrou a Operação Reconstrução, que reuniu ações do Governo para atender os municípios da Mata Sul atingidos pelas enchentes de 2010. Ele ressaltou as parcerias firmadas entre a prefeitura e o Governo no sentido de melhorar a infraestrutura local e oferecer serviços de qualidade à população. “Sabemos que é preciso superar a crise que o País vive para que Pernambuco volte a crescer e volte a gerar emprego e renda. Por isso, faço questão de fechar parcerias que nos ajudem a vencer os desafios”, afirmou.
 
Também destacando as parcerias entre os municípios e o Governo do Estado, o secretário Danilo Cabral falou sobre a importância do FEM. “O Fundo representa o esforço conjunto do Estado e municípios no sentido de atravessar esse momento desafiador que vive o Brasil. Com esta iniciativa, Pernambuco mostra ao País que é possível ter, na prática, uma melhor distribuição dos recursos públicos da federação, garantindo investimentos que melhoraram a qualidade de vida da população e preservam empregos”, disse o secretário Danilo Cabral, coordenador do Fundo.
 
Das 40 ruas entregues no município, 29 foram asfaltadas e 11 foram pavimentadas em paralelepípedos. Na primeira edição do FEM, a Prefeitura recebeu R$ 1,2 milhão e, na segunda, ainda em andamento, vai receber um total de R$ 1,3 milhão. Dos três planos de trabalho apresentados, ainda faltam ser executadas as obras de pavimentação em sete ruas do município (relativas ao FEM 2014).
 
O FEM 2013 recebeu 447 planos de trabalhos de 182 prefeituras municipais. Desse total, 93% foram concluídos, num investimento total de R$ 204,6 milhões em obras realizadas pelos municípios em parceria com o Governo do Estado. Já para a edição de 2014 do Fundo, 183 municípios apresentaram 408 planos de trabalho. As prefeituras têm até o fim de dezembro para concluir as obras.
 
Unidade de ensino
O investimento na reconstrução da Escola Estadual Central de Barreiros é de R$ 4,3 milhões e faz parte das obras da Operação Mata Sul.  A nova escola, que após a conclusão das obras será a maior do município, contará com quatro blocos equipados com 12 salas de aula, laboratórios de Informática e ciências, biblioteca, auditório, refeitório, banheiros com vestiários e quadra coberta.  Outras 15 escolas estão em construção na Mata Sul, em decorrência de ordens de serviços assinadas no início do ano, pelo governador Paulo Câmara.

Na Mata Sul, governador acompanha reabertura da Usina Pedroza

CORTÊS - Em menos de um mês, Pernambuco contabiliza a retomada das atividades da terceira usina. Depois de acompanhar a reabertura das usinas Cruangi e Pumaty, o governador Paulo Câmara esteve na Usina Pedroza, em Cortês, na Mata Sul, para acompanhar o início da moagem da safra 2015/2016. Agora, já são 18 unidades em operação no Estado.

Diante de funcionários da usina e comerciantes da região, o chefe do Executivo estadual destacou a importância do diálogo para retomada do setor sucroalcooleiro. “O caminho para superar os desafios é esse: sentando à mesa e conversando com as pessoas que conhecem o setor, a região e o trabalho dos que nela habitam; para que possamos fazer as soluções que têm permitido Pernambuco inovar mais uma vez. Em um setor que vem fechando tantas usinas no País, Pernambuco tem a satisfação de reabrir duas com a ajuda direta e participativa do Governo do Estado. E, a partir disso, também reabrir a Usina Pedroza no dia hoje”, celebrou Paulo.
 
O governador ressaltou os incentivos dado pelo Estado ao segmento. “Este ano tivemos a oportunidade de avançar mais nas discussões, de acharmos uma forma, a partir do ICMS, que possibilitasse a reabertura da Pumaty juntamente com Cruangi. Tive também a contribuição de todo o setor do açúcar e do álcool, para que pudéssemos ver uma forma de superar a crise do setor fazendo um projeto de lei que foi aprovado pela Assembleia Legislativa, onde conseguimos baixar a alíquota do álcool para incentivar o seu consumo. E, com isso, incentivar a produção, fazendo uma equação com a gasolina, tornando o álcool mais atrativo”, explicou Câmara.
 
O chefe do Executivo se referiu a uma série de medidas adotadas pelo Governo para enfrentar o cenário adverso vivenciado pelo setor. Além da redução em 50% na carga tributária das operações com Álcool Etílico Hidratado Combustível (AEHC), o Governo enviou à Alepe um pacote anticrise, que, entre outras medidas, alterou as alíquotas do ICMS incidentes sobre a gasolina e o álcool para incentivar a substituição do combustível fóssil pelo renovável. Com a medida, a alíquota álcool caiu de 25% para 23%.

Paulo também salientou que a reativação das usinas representa uma nova injeção de recursos e geração de emprego e renda na economia da região. “Estou muito feliz em estar aqui comemorando a oportunidade de gerar emprego e renda para essa região, que precisa de uma atenção cada vez maior do Estado de Pernambuco para atrairmos mais indústrias e empreendimentos. Ao mesmo tempo, ajuda na vocação dessa terra, onde a indústria do álcool e do açúcar ainda é predominante; gera muito emprego e faz com que a qualidade da vida das pessoas continue existindo em todo o Estado”, encerrou Paulo Câmara.
 
Fundada em 1891, a Usina Pedroza, em toda a sua história, só deixou de moer na safra passada (2014/2015). Ela retoma as atividades após arrendamento, pelo Grupo Farias, à Copersul. A expectativa é de que a usina moa nesta safra 400 mil toneladas de cana, gerando 30 mil toneladas de açúcar (600 mil sacos), que produzirão sete milhões de litros de álcool.
 
O faturamento global estimado para safra é de R$ 60 milhões, movimentando cerca de R$ 45 milhões na economia local. Quatro mil postos de trabalhos foram gerados, entre diretos e indiretos. A unidade vai beneficiar a produção de 1,2 mil fornecedores, pequenos e médios, de nove municípios. Além de Cortês, serão beneficiados Ribeirão, Barra de Guabiraba, Joaquim Nabuco, Escada, Amaraji, Palmares, Primavera e Gameleira.
 
Secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota afirmou que o modelo adotado em Pernambuco para incentivar o setor tem servido de exemplo ao Brasil. “Tivemos esse modelo que foi iniciado este ano gerando curiosidade em outros estados. Tivemos, nessa segunda-feira, a visita do secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o Estado mais rico da federação. O Estado que mais produz álcool e açúcar no Brasil veio aqui saber o que Pernambuco estava fazendo, sob a liderança do governador Paulo Câmara”, pontuou Nilton Mota, ao enaltecer a parceria firmada com o governo paulista. 

"Vamos levar nossa experiência para lá e trazer também. Vamos construir um convênio para que a gente possa, em um novo momento do setor sucroalcooleiro, melhorar a nossa produtividade. Hoje, ela é algo em torno de 55 tonelada de cana por hectare. Vamos chegar em 100 toneladas por hectare com essas experiências com tecnologia, assistência técnica e com pesquisa, principalmente com os pequenos fornecedores", garantiu Nilton.

Morador do município vizinho, Ribeirão, o soldador Marclebio Jamerson, 35 anos, volta a trabalhar depois de quatro meses de desemprego. "Eu estava só fazendo bico; uma coisa aqui, outra ali. Para mim, é mesmo que ter tirado na Mega-Sena. Agora, com meu emprego certo, eu estou garantido; não vai faltar mais nada", comemorou o trabalhador.

TRAPICHE - Da Pedroza, governador e comitiva seguiram para Usina Trapiche, em Sirinhaém, também Mata Sul. Além de conhecer as instalações da unidade, Paulo Câmara participou de reunião com o diretor da usina, Luiz Antônio de Andrade Bezerra, e funcionários, além de diretores de outras usinas da região. Na pauta, sugestões para o setor sucroalcooleiro.

“VINHUVA FEST” E “DIA EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO”

O governador do Estado, Paulo Câmara, sancionou nesta quarta-feira (7/10) a Lei Nº 15.609/2015 que inclui no Calendário de Eventos de Pernambuco a Vinhuva Fest, realizada a cada dois anos, sempre no mês de outubro, no município sertanejo de Lagoa Grande. Com a entrada no calendário, o evento, que chega a sua oitava edição nesta sexta-feira (9), ganha notoriedade e reconhecimento, facilitando a atração de novos parceiros e a divulgação no mercado turístico.
 
“É uma conquista de toda a cadeia produtiva da uva e do vinho, que passa a ter mais visibilidade e amplia as oportunidades de negócios”, comemora o deputado estadual Lucas Ramos (PSB), autor do projeto que deu origem à lei.
 
A Vinhuva Fest segue até domingo no Parque de Eventos da Uva e do Vinho, com expectativa de movimentar até R$ 13 milhões em negócios. Além de palestras, feira e rodadas de negócios, são realizados shows com artistas regionais e nacionais que chegam a atrair um público de 100 mil pessoas durante os três dias de evento.
 
RIO SÃO FRANCISCO – Também foi promulgada nesta quarta-feira pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchôa (PDT), a Lei N.º 15.608/2015 que institui o dia 3 de junho como o Dia Estadual em Defesa do Rio São Francisco. De acordo com o deputado Lucas Ramos, também autor do projeto, a Lei vem “reforçar a luta pelo rio que traz desenvolvimento para boa parte do Sertão e pode contribuir com todo o estado”. A data pretende concentrar ações educativas e sociais voltadas à preservação ambiental e ao bom uso das potencialidades do rio. “Nossa responsabilidade aumenta e vamos defender o Velho Chico com mais entusiasmo, convocando todos os pernambucanos”, conclui o parlamentar.

Não acabou o mundo, não é o fim

Por Maurílio Ferreira Lima*
Esta semana talvez tenha sido a pior que Dilma Rousseff já atravessou. Só   acumulou derrotas, cada uma mais terrível que a anterior. Para muitos, o mundo acabou para Dilma e inevitavelmente ela sofrerá impeachment. Isto poderá até ser desencadeado, mas terminar aprovado pela Câmara e completado por um julgamento no Senado, como ocorreu com Collor ainda é uma hipótese, que poderá ocorrer ou não. Ainda acho mais improvável do que possível.
A decisão do TCU
Não adianta tentar minimizar a rejeição das contas do Governo Dilma 2014   pelo TCU. A repercussão foi devastadora, inclusive no exterior.
Mas o TCU, sendo uma corte de contas e não um Tribunal, mas órgão auxiliar do Poder Legislativo, não tem poder de decisão. Portanto não houve rejeição das contas de Dilma pelo TCU, mas uma recomendação ao Senado e Câmara para que rejeitem as contas.
Este processo de apreciação da recomendação do TCU é muito mais complexo e demorado que as pessoas pensam.
Primeiro terá que ser apreciado pela Comissão Mista do Orçamento. Que inclui deputados e senadores. Mas antes que isso ocorra, Dilma e aliados tem força e número para solicitar parecer da Comissão de Constituição e Justiça e como Câmara e Senado tem comissões de constituição e justiça diferentes, cada uma terá que apreciar o processo. Aí fica difícil fazer qualquer previsão em quanto tempo isto ocorrerá.
Terminada toda essa tramitação complicada e demorada, o processo vai a plenário de cada uma dessas casas legislativas. Esta votação em plenário é muito mais demorada e complicada que muitos pensam.
Estamos no meio de outubro de 2015. A tramitação da recomendação do    TCU poderá se estender até o final de 2016 e entrar em 2017.
Se tudo isso terminar pela rejeição, fim de 2016, começo de 2017, o processo seria arquivado. Se a recomendação do TCU for aprovada, aí começa outra longa batalha legislativa.
Seria necessário voto em separado da Câmara e Senado, ouvida outra vez comissões de constituição e justiça de cada Casa, afirmando que houve crime de responsabilidade da presidente. Aí com certeza já estaríamos em 2018, em pleno processo de eleições legislativas, governamentais e presidenciais e sem quórum para nenhuma deliberação. Dilma terminaria o mandato no meio dessa tormenta.
Poderia haver um atalho se o presidente da Câmara decidisse que, independente da aprovação do parecer do TCU, o processo de impeachment seria aberto. Mas essa decisão, teria que ser aprovada pela Mesa da Câmara e submetida a voto no plenário da Câmara. Bastaria 170 votos para arquivar o impeachment. É ilusório imaginar que Temer, Dilma, PT e aliados não reunisse esses votos. Portanto atalho está morto como alternativa.
O melhor é aproveitar o desgaste do PT, de Lula e arranjar um candidato para ganhar as eleições presidenciais de 2018.
Serra escolheu esse caminho, tudo indica que deixará o PSDB e vai para o PMDB, cuja maioria só pensa em disputar as eleições de 2018, só precisando de um candidato viável. Serra é esse candidato e disputando pelo PMDB, passa Marina, Aécio ou Alckmin e vai para o segundo turno, disputar com Lula, que inevitavelmente é o candidato do PT.
Tenho certeza que essa minha elucubração tem mais chance de se concretizarem do que todas as elucubrações daqueles sábios que se dizem cientistas políticos e nunca entenderam de política.
*Ex-deputado federal

A cadela udenista está no cio

Agência Brasil: Texto de Leandro Fortes no portal 247
Aquilo não foi um julgamento, porque o TCU não é um tribunal, mas um cartório de políticos aposentados e apadrinhados de ocasião - alguns lá colocados pelo PT, diga-se de passagem.
O TCU é um apêndice do Poder Legislativo com estafetas de luxo autoproclamados "ministros" por conta de uma herança colonial provinciana.
Ao recomendar a reprovação das contas de Dilma, o TCU apenas cumpriu uma tarefa encomendada pelos tutores da oposição, que precisam voltar ao comando dos cofres públicos, ainda que com suas marionetes de sempre alçadas ao poder.
Pelo voto, perceberam, essa missão tornou-se quase impossível, ainda mais depois da decisão do STF que decretou inconstitucional as doações empresariais para campanhas eleitorais.
Sem falar na indigência das lideranças de direita, que oscilam entre os surtos fascistas da turma de Bolsonaro e a inoperância legislativa dos tucanos.
A solução foi voltar às origens, aos sobreviventes da Arena, aos herdeiros do udenismo lacerdista.
À tigrada.
Apostam, ainda, no envenenamento diário da mídia e na sobrevida de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, no que já pode ser classificado como a mais espúria aliança política da República desde o golpe de 1964.
Essa farsa do TCU, embalada numa fachada técnica cafajeste e hipócrita, exige uma reação política à altura, e não esse republicanismo barato que transformou os políticos do PT em clientes clandestinos de hospitais e restaurantes, Brasil afora.
Exige um grande e decisiva mobilização social e política, com todos os aliados dos movimentos sociais, com as forças democráticas, e não apenas de esquerda, que estão enojados com esse movimento golpista bancado, como de costume, pelos barões da mídia e pela escória fisiológica da política nacional.
Exige a voz das massas, de grandes lideranças populares e de políticos que não têm medo de enfrentar a manada e o senso comum.
Políticos como Lula, Ciro Gomes e Roberto Requião.
Exige uma nova Dilma Rousseff e um novo Partido dos Trabalhadores.
Exige um novo Brasil

19 minutos de julgamento para milhares de páginas de processo. É o “equilíbrio” do TCU…


Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acompanhei, estarrecido, o voto dos ministros do TCU sobre o relatório em que Augusto Nardes propõe a rejeição das contas presidenciais, que acaba de ser encerrado.
Do relatório, porque a leitura do seu voto também não passa de uma página, que se seguiu à leitura do relatório “técnico”.
Em apenas 19 minutos, houve apresentação dos votos “fundamentados” de todos os integrantes da corte.
Nenhuma palavra sobre as alegações do Governo.
Nenhum argumento a favor ou contra as ponderações da defesa apresentada pela Advocacia Geral da União.
Absoluto silêncio sobre o fato de o tribunal ter aprovado, em outros anos, as operações que agora chama de “pedaladas fiscais”.
Só elogios a Nardes, aos funcionários do TCU, ao “momento histórico”.
Rasgações de seda, muitas. Contraditório, nenhum.
Alguns dizem rapidamente que poderia discordar de “uma ou outra conclusão”, mas nem se deram ao trabalho de falar qual.
Chega-se a pensar em o que fazem aqueles senhores e senhoras, ganhando tão bem, se é para apenas ratificarem o que dizem os funcionários que, por função, não têm de analisar circunstâncias, mas contabilidade.
Transcrevo a cronologia da Folha, para que não fique dúvida sobre o tempo dos “votos”:
 
19h45 – Ministro Augusto Nardes passa para a parte final de seu parecer
19h45 – O ministro recomenda a rejeição das contas de Dilma pelo Congresso
19h52 – Ministro Walton Alencar Rodrigues vota a favor da rejeição das contas e diz que esta pode ser a segunda vez na história que as contas de um presidente brasileiro são recusadas. A primeira foi em 1937, na gestão Getúlio Vargas.
20h04 –Outros três ministros votam pela reprovação das contas do governo
20h04 – Por unanimidade, ministros reprovam contas do governo Dilma Rousseff. Vários ministros chamaram o parecer de “histórico”.

É caso de Guiness Book e de ficarmos pensando se, numa decisão tão grave e complexa como esta não é preciso debate, avaliação, controvérsia sobre o que dizem as razões da defesa, e bastam apenas 19 minutos para que os sete ministros votassem um processo que examina as contas de todo o Governo Federal.
E para, como até se mencionou ali, fazerem a Dilma o que só se fez contra Getúlio Vargas, nos 80 (!!!) julgamento de contas presidenciais.
Sobrou tempo, até para Nardes ler uma imensa lista de agradecimentos na base do “dedico este voto a…”

Ainda com sobra de horário para se verem, orgulhosos, no Jornal Nacional…

Banco suíço entrega as contas atribuídas a Cunha



Da Folha de S.Paulo - Graciliano Rocha
O banco Julius Baer informou às autoridades suíças que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões). O dinheiro está bloqueado. Os ativos em dólares e francos suíços estão aplicados em fundos de investimento, por meio de quatro contas abertas em nome de empresas offshore –firmas de fachada baseadas em paraísos fiscais. Uma das contas foi aberta em 2008.
Segundo informações fornecidas pelo banco às autoridades suíças, os beneficiários finais são o próprio Cunha, sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, e uma das filhas do deputado. Ainda não está claro se era o próprio deputado quem movimentava as contas ou se isso ocorria por meio de procuradores.
O valor é menor do que o mencionado pelo delator Julio Camargo, queafirmou ter pago US$ 5 milhões ao peemedebista como propina em um contrato de navios-sondas para a Petrobras.
Pesa ainda contra Cunha o depoimento do lobista ligado ao PMDB João Augusto Henriques, que disse ter feito depósitos em uma conta pertencente ao deputado no exterior.
O dinheiro depositado no Julius Baer não aparece no imposto de renda do peemedebista, que tem negado reiteradamente ser o dono de contas no exterior.
Os recursos estão bloqueados desde abril, quando o próprio Julius Baer reportou as suspeitas de origem ilícita do dinheiro ao escritório do procurador-geral da Suíça, Michael Lauber. O Ministério Público do país europeu instaurou um inquérito contra Cunha por suspeita de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Cunha foi informado sobre o bloqueio dos valores, segundo a Procuradoria suíça. Além dos extratos bancários, o Julius Baer entregou às autoridades de Berna a documentação completa de abertura das contas –como formulários preenchidos e assinados, cópias de documentos e comprovantes de endereço dos beneficiários finais.
Todo este material está em um DVD enviado a Brasília, junto com um relatório da investigação conduzida pela equipe de Lauber e cópia dos ofícios trocados pelos procuradores brasileiros e suíços sobre a transferência do inquérito para o Brasil.
Para evitar risco de nulidade no compartilhamento de provas, a Procuradoria suíça optou por enviar o material por malote diplomático, evitando o caminho habitual de cooperação, que seria o envio pelo correio ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.
Após chegar ao Ministério da Justiça, o material foi encaminhado à PGR (Procuradoria-Geral da República) no final da tarde desta quarta (7).
O Julius Baer foi um dos bancos por onde foi escoada parte dos desvios da Petrobras. Dois ex-executivos da diretoria Internacional da estatal –o ex-diretor Jorge Zelada e o ex-gerente Eduardo Musa– mantinham contas secretas na instituição.

Coaf detecta depósitos suspeitos para senador do DEM



Da Folha de S.Paulo
STF abre inquérito sobre Agripino Maia (RN) para apurar acusação sobre propina
O Coaf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, detectou depósitos sem identificação no valor de R$ 169,4 mil em contas bancárias do senador Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM. Segundo relatório do Coaf, a movimentação sugere "tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da identidade do depositante". O relatório do Coaf integra inquérito aberto nesta quarta (7) por decisão do ministro Luís Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), para investigar o senador.
A suspeita da Procuradoria-Geral da República é que Agripino recebeu propina em troca de ajuda na liberação de recursos do BNDES para a construção do estádio de futebol Arenas das Dunas, em Natal, entre 2011 e 2014. A obra foi feita pela OAS. O inquérito traz mensagens trocadas entre o senador e o presidente da empreiteira.
O senador disse, em nota: "Não tendo sido notificado, não tomei conhecimento de nada do que consta na investigação. Informado, terei resposta para os fatos que sejam objetos de questionamento".

Sílvio Costa e o Nardes que não é nerd nem um m...



Vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PSC-PE) criticava, no plenário, o relator das contas de Dilma no TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes.
– Esse Nardes nem é um nerd...
Alberto Fraga (DEM-DF) interrompeu a fala do colega:
–É inaceitável que um parlamentar ofenda um ministro do TCU com palavras de baixo calão!
– Mas qual palavrão o senhor ouviu da boca de Silvio Costa? –indagou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
– Ele disse que o Nardes era um m... – respondeu Fraga, dizendo desconhecer a expressão "nerd", para surpresa e risos dos colegas.
O mal-entendido foi desfeito. (Natuza Nery - Folha de S.Paulo)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

TSE não pode cassar mandato de Dilma

247 – A Constituição Federal prevê que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem competência para decidir sobre eventual cassação do mandato de um presidente da República, sustenta Dalmo de Abreu Dallari, um dos maiores juristas do País.
Seu posicionamento consta em parecer jurídico elaborado a pedido do advogado Flávio Crocce Caetano, responsável pela defesa da chapa da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, na candidatura de 2014.
O TSE reabriu ontem ação apresentada pelo PSDB que pede a impugnação da chapa de Dilma e Temer por suspeita de recebimento de recursos provenientes de corrupção durante a campanha. O tribunal decidiu dar sequência à investigação.
Conforme aponta Dallari, o artigo 85 da Constituição "dispõe, especificamente, sobre as hipóteses de cassação do mandato do Presidente da República e ali não se dá competência ao Tribunal Superior Eleitoral para decidir sobre a cassação".
Em outro ponto do documento, o jurista ressalta, com base no artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição, que um presidente não pode ser responsabilizado por fatos ocorridos em outros mandatos, ou seja, não se aplicam atos "que não tenham sido praticados no exercício do mandato corrente".
Dallari aponta ainda que, para haver a cassação do mandato de um presidente da República, é preciso configurar um ato concreto para enquadramento em crime de responsabilidade. Eventuais omissões, segundo ele, não são suficientes para configuração de crime e, portanto, dar sustentação constitucional à abertura de um processo de impeachment.
Leia abaixo a íntegra do parecer do jurista:
Opinião Jurídica
Tendo em conta a pretensão de proposição do "impeachment" da Presidente Dilma Rousseff, manifestada por vários militantes políticos, apoiando-se, em alguns casos, em pareceres de juristas, foram-me dirigidas perguntas relativas ao tema, que passo a responder.
Desde logo, entretanto, ressalto que a matéria é expressamente normatizada no texto da Constituição brasileira vigente, que, conforme o ensinamento do eminente mestre José Joaquim Canotilho, é "norma superior e vinculante", condicionando todas as intepretações e aplicações dos preceitos jurídicos brasileiros.
1 – Em primeiro lugar, quanto à responsabilidade, pergunta-se qual o alcance do artigo 86, parágrafo 4o, da Constituição Federal. Indaga-se, especificamente, se para fins de eventual responsabilização por impedimento, em hipótese, se reeleição presidencial, pode-se cogitar de continuidade de mandato ou são mandatos autônomos. Em síntese, a indagação é se pode haver responsabilização no segundo mandato por conduta eventualmente ocorrida em mandato anterior.
O artigo 86, parágrafo 4o, da Constituição, tem redação muito clara quando dispõe: "o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções". Aí está mais do óbvio que a intenção do legislador constituinte foi excluir a hipótese de responsabilização do Presidente por atos que não tenham sido praticados no exercício do mandato corrente, ou seja, na vigência do mandato que esteja exercendo. Assim, pois, a eventual circunstância de o Presidente já ter exercido mandato anterior não tem qualquer relevância para a correta aplicação do preceito do parágrafo 4o. O que importa, exclusivamente, é que o ato questionado tenha sido praticado durante a vigência do mandato corrente, ou seja, como estabelece a Constituição, durante a vigência de seu mandato. Se a mesma pessoa tiver exercido mandato anteriormente trata-se de outro Presidente e outro mandato e não do mandato vigente.
Em conclusão, não pode haver responsabilização no segundo mandato por conduta eventualmente ocorrida em mandato anterior.
2 – Pergunta-se em seguida se, tendo em conta o disposto no artigo 86, "caput", da Constituição, poder-se-ia admitir que o plenário da Câmara dos Deputados, por maioria simples, acolhe-se recurso contra a decisão de arquivamento de denúncia, do Presidente da Casa. Indaga-se, também, se no caso de acusação da prática de eventual crime de responsabilidade o Presidente da República poderá responder tanto por conduta comissiva quanto omissiva e se o Presidente pode ser responsabilizado apenas por modalidade dolosa ou também por culposa.
Em primeiro lugar, quanto à possibilidade de decisão por maioria simples da Câmara dos Deputados contrário ao arquivamento da denúncia a resposta é que, nos termos expressos do referido artigo 86, "caput", as decisões admitindo a acusação devem ser adotadas por dos terços dos membros da Câmara, devendo, portanto, ser exigido o mesmo quorum qualificado para eventual recurso contra o arquivamento.
O segundo ponto é referente à possibilidade de responsabilização do Presidente da República por modalidade culposa. Isso foi suscitado porque houve quem emitisse parecer afirmando que a omissão do Presidente também daria base para o enquadramento por crime de responsabilidade. Para responder a esse ponto basta a leitura atenta e desapaixonada do artigo 84 da Constituição, no qual está expresso e claro que são crimes "os atos" do Presidente. Assim, para que se caracterize o crime é indispensável a intenção, a prática de um ato que configure um crime. Não havendo esse ato, essa intenção expressamente manifestada, não se caracteriza o crime.
3 – Por último, pergunta-se se o Presidente da República e seu Vice-Presidente podem ter o mandato cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em ação de impugnação de mandato eletivo, ao arrepio dos artigos 85 e seguintes da Constituição.
Na realidade, a pergunta já contém a resposta, pois o artigo 85 da Constituição dispõe, especificamente, sobre as hipóteses de cassação do mandato do Presidente da República e ali não se dá competência ao Tribunal Superior Eleitoral para decidir sobre a cassação. Além disso, é oportuno lembrar, ainda, o disposto no parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição, que é absolutamente claro quando dispõe que "O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções".
Em complemento a isso, indaga-se também se a ação de investigação judicial eleitoral e a representação prevista no artigo 30-A da Lei nº 9504/97 podem ensejar a cassação dos mandatos do Presidente e do Vice-Presidente da República. A resposta, sem a mínima dúvida, é não. E para eliminar qualquer tentativa de simulação de fundamentação jurídica basta reproduzir aqui o que dispõe expressamente o artigo 14, parágrafo 10º, da Constituição: "O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação , instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude".
São essas, portanto, as respostas às questões formuladas, que tomaram por base, sobretudo, o que dispõe a Constituição, "norma superior e vinculante", e que se orientaram por critérios essencialmente jurídicos.
Esse é o meu parecer.
São Paulo, 28 de setembro de 2015
Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari
Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
Advogado – OAB/SP 12.589

Crise da Abril faz nova vítima: Constantino

Do DCM A agonia da Abril fez mais uma vítima. Foi demitido o blogueiro Rodrigo Constantino, da Veja.
Ele fez hoje seu texto de despedida, no qual disse que o PT o tornou uma “pessoa pior”.
Antes dele, outro blogueiro destacado da revista tivera o mesmo destino: Ricardo Setti.
Mais recentemente, Caio Blinder, colunista do site em Nova York, foi também despachado.
Constantino é um entre vários discípulos do ultraconservador Olavo de Carvalho que foram colocados no site da revista nos últimos tempos. Sua demissão não sinaliza uma mudança na linha editorial de direita da Veja. Confirma, apenas, que as coisas estão realmente ruins para a Abril. Pouco tempo atrás, a Veja não conseguiu segurar um de seus mais conhecidos jornalistas, Lauro Jardim, da seção Radar. Lauro foi para o Globo.
Os últimos meses do ano são particularmente duros para os funcionários da Abril.
É quando o chamado PO – Planejamento Operacional – é feito. Em circunstâncias difíceis como as atuais – queda de receitas em publicidade e em vendas de revistas – os executivos da Abril são instados a promover demissões, demissões e demissões.
Deve-se esperar muitas outras nas próximas semanas. O clima na Abril assemelha-se, nestes dias, a um corredor da morte: você torce para não ser o próximo.
Constantino não está só.

Ministro do TCU que quer derrubar Dilma é investigado sobre fraudes fiscais

Da Folha de S.Paulo – Gabriel Mascarenhas, Marina Dias e Rubens Valente
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram indícios de que o ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes pode ter recebido R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada sob suspeita de envolvimento com fraudes fiscais.
Como ministro do TCU, Nardes só pode ser investigado e processado com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta terça (6), a Justiça Federal decidiu que os autos serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República, para que opine sobre o prosseguimento das investigações.
Relator das contas da presidente Dilma Rousseff no TCU, Nardes tornou-se alvo de suspeitas porque foi sócio até 2005 de uma empresa chamada Planalto Soluções e Negócios, registrada em nome de seu sobrinho, Carlos Juliano.
A empresa é investigada pela Operação Zelotes, que apura suspeitas de fraudes praticadas para comprar decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão do Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas contra multas aplicadas pela Receita Federal.
Segundo os investigadores, Nardes e o sobrinho receberam na Planalto vários pagamentos da SGR Consultoria, que teria corrompido conselheiros do Carf para favorecer empresas que recorreram ao órgão para discutir multas.
Os pagamentos, no valor total de R$ 2,6 milhões, teriam ocorrido entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, quando Nardes já era ministro do TCU e estava desligado da Planalto. O ministro diz desconhecer os pagamentos.
Segundo os investigadores, há referências a Nardes em mensagens eletrônicas enviadas em janeiro de 2012 pela secretária da SGR, Gegliane Bessa, ao dono da empresa, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo Silva, um dos principais suspeitos do caso.
Nas mensagens, Gegliane diz ter pago R$ 1,65 milhão a uma pessoa identificada como "Tio" e R$ 906 mil a "Ju". Para os investigadores, há "fortes indícios" de que "Tio" é Nardes e "Ju", seu sobrinho.

Joaquim Barbosa bate no PSDB e em Cunha


 "Dá para levar essa gente a sério? Não dá, né?"
Em seu perfil pela rede social Twitter, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) voltou a criticar a classe política, o PSDB e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em três tweets.
"Notem o comportamento dos políticos: a) nossa economia está aos frangalhos, mas eles só pensam numa coisa: no dinheiro das empresas", afirmou.
Já o "b) contra o presidente de uma das Casas do Congresso há acusações de crimes graves, mas ele é apoiadíssimo pelo PSDB!". 
Cunha é alvo da Operação Lava Jato e foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, além de ter contas não declaradas na Suíça, que congelou as contas do deputado por suspeita de lavagem de dinheiro. 
Ontem, o  líder do PSDB na Câmara Federal, Carlos Sampaio (SP), afirmou  que o partido vai aguardar mais informações quanto à possível existência de contas bancárias na Suíça em nome do presidente da Câmara. "Seria leviano da minha parte afirmar que ele está envolvido. O Ministério Público ainda aguarda informações da Suíça e ele tem, por ora, o benefício da dúvida." 
Desta forma, Barbosa questionou: "dá para levar essa gente a sério? Não dá, né?
(Do blog de magno Martins)

Para PSDB, conta na Suíça tira Cunha do cargo

Da Folha de S.Paulo – Daniela Lima
A cúpula do PSDB no Congresso fechou questão quanto à posição da sigla sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os principais líderes da legenda acordaram que os tucanos não devem nem "jogar pedra" nem "blindar" Cunha.
A ordem é aguardar o surgimento das provas de que o peemedebista aparece como beneficiário de cerca de US$ 5 milhões em bancos da Suíça. Se isso acontecer, avaliam, a situação ficará "insustentável" e a saída de Cunha do comando da Casa será irremediável.
Líderes da legenda dizem que o próprio Cunha sabe de sua condição. Nos bastidores, a avaliação é que o aparecimento dos extratos em nome de Cunha na Suíça abririam uma "dupla frente" de ataques ao peemedebista: a acusação de corrupção (Cunha é investigado na Operação Lava Jato) e a de que mentiu aos seu colegas. Na Casa, ele negou ter recursos fora do país.
Se as provas surgirem, os deputados especulam uma saída parecida à que adotou o hoje presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007. Alvo de acusação de que havia usado recursos de uma empreiteira para pagar despesas pessoais, Renan renunciou à Presidência do Senado para evitar a cassação de seu mandato. A expectativa é que, se pressionado pelo surgimento de novas provas, Cunha possa adotar o mesmo expediente.

Com gente é dferente


Adversário é adversário, não é inimigo. Mesmo sendo inimigo, continua sendo gente.
O antigo presidente da Petrobras, o petista José Eduardo Dutra, também um dos coordenadores da campanha presidencial de Dilma Rousseff, podia ter todos os defeitos, mas seu funeral não é uma hora adequada para retomar divergências que só valiam em vida.
A atitude de uns poucos manifestantes fanatizados, que insultaram sua memória no velório, foi absolutamente inaceitável. 

Nos momentos de transição da vida para a História, há que respeitar a família enlutada, os amigos, a situação.
É um ser humano; e tudo o que é humano nos diz respeito, a menos que queiramos também nos tornar inumanos. (Carlos Brickmann)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Líder do PSDB: para Cunha, o “benefício da dúvida”; para Dilma, linchamento

cunhaderrete
Por · no Tijolaço-
É estranha a noção de justiça do Deputado (e promotor) Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. 
Disse que, de fato, Eduardo Cunha deve explicações, mas tem o “benefício da dúvida” em relação às quatro contas em que os promotores da Suíça encontraram seu nome como beneficiário, bloquearam e mandaram a documentação ao Brasil.
Nenhuma dúvida que tem o benefício que o mesmo Carlos Sampaio não concede à Presidenta da República, já condenada por ele ao impeachment por….por que, mesmo? Nada, porque, não há qualquer denúncia de crime contra ela, como há contra o Presidente da Câmara.
E Cunha tem todo o direito de esclarecer o assunto, pedindo que a Procuradoria torne públicos os documentos que recbeu, até porque estes não vazam como manteiga derretida para os “amigos” dos promotores na mídia.
Basta que os documentos não existam ou não o mencionem, ou à sua mulher e filha,  para que tudo se esclareça e fique provado que ele não fraudou o Fisco, o TSE, a Câmara e a boa-fé pública ao declarar que não tinha recursos bancários senão os R$ 21 mil que declarou ao ser candidato e ao tomar posse como deputado.
Simples assim, até porque qualquer pessoa que tenha US$ 5 milhões depositados por empresas offshore em seu benefício deve saber disso e o porquê disso.
O deputado Sampaio, se não fosse cínico, poderia subir à tribuna da Câmara e perguntar diretamente a ele:
– Presidente Eduardo Cunha, o senhor tem depósitos a seu favor na Suíça? Sim ou não?
Será que é difícil responder a essa pergunta?
Mas o que diz ele?
“Enquanto não houver informações adequadas que comprovem o envolvimento de Cunha, o PSDB vai manter sua posição de apoio ao presidente da casa”.
Será que o “valentão” que, em abril deste ano, dava “broncas” até em Aécio Neves e dizia que “ela (a Câmara, sob a  presidência de Cunha) tem que tomar uma decisão e a decisão já foi tomada: o impeachment é cabível e não temos que aguardar mais nenhum parecer”, afina quando fala dos seus amigos? Vira um poltrão?
Agora tem de aguardar, não é, Sampaio?
Aguardar o quê, que alguém que tem contra si acusações e – a menos que os procuradores suíços sejam “petistas” que inventaram a história – provas de enriquecimento ilícito, evasão de divisas, falsa declaração e mais um lote de casinhas no Código Penal decida que o voto popular não vale mais?

Cunha: sim e não

Subestimar Eduardo Cunha não é atitude prudente. É geral a convicção de que Paulo Maluf é dono das centenas de milhões que investigadores e autoridades europeias encontraram em seu nome e de familiares seus. Há anos Maluf limita-se a dizer que nada tem no exterior e que o dinheiro indicado não é seu. E ninguém até hoje deu prova cabal do contrário. Significa que o dinheiro não é ou não era dele? Não.
Contas em que não há vestígio algum existem, a alto custo, para aqueles a quem não basta ser esperto: são espertos prevenidos. Mesmo que o banco, fundo, ou lá o que seja, tenha feito alguma identificação, o problema da prova continua.
Não digo que seja o caso dos dois. Nem diria que não é.   (Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo)

"Muy amigos" tramam fórmula de derrubar Cunha

Alguns partidos pediram a seus especialistas em Código de Ética e Decoro Parlamentar que preparassem um estudo sobre quais os casos em que poderiam enquadrar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na hipótese de aparecerem as tais contas bancárias na Suíça, algo que ele nega. Querem estar preparados para levá-lo ao Conselho de Ética no mesmo dia.
Esses consultores descobriram que, se for tudo verdade, a cassação é inevitável por dois motivos: primeiro, ele terá mentido aos seus pares. Em segundo lugar, diz o artigo 4º do Código de Ética, um deputado não pode omitir informações sobre seus bens.
Significa que todos aqueles que não declararem tudo direitinho, podem terminar fora. Isso vale também para recursos depositados em conta-corrente no exterior.
Não é crime ter dinheiro fora do Brasil, desde que se tenha como justificar esses depósitos. Crime é não declarar que tem. (Denise Rothenburg – Correio Braziliense)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sílvio Costa diz que oposição brasileira é “hilária” e incompetente

Foto: Rafael Souza | Rádio Jornal
Foto: Rafael Souza | Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
No debate da Rádio Jornal desta segunda-feira (5), o vice-líder do governo na Câmara Federal, deputado Silvio Costa (PSC), criticou a oposição brasileira e a rotulou de “hilária”.
“Veja como essa oposição é uma coisa hilária: o discurso deles é que a presidente Dilma está negociando os cargos com o PMDB. Aqui em Pernambuco, por exemplo, o DEM tem secretaria estadual, o PSDB tem secretaria estadual. Quando é com eles, é normal, mas se a presidente cede espaço ao PMDB, ela está vendendo o governo ao PMDB, não é justo falar isso, não é correto”, disse.

Jaboatão e Moreno recebem reforço na segurança


O governador Paulo Câmara participa, nesta terça-feira (6), às 9h, no 6º Batalhão de Polícia Militar, em Jaboatão dos Guararapes, da solenidade que marca o ingresso de 350 novos soldados na Área Integrada de Segurança 6, responsável por atender os municípios de Jaboatão e Moreno, no Grande Recife. Com a iniciativa, a AIS 6 passará a contar com 1.085 PMs, se tornando a 11ª no ranking que mede a relação policiais para cada 100 mil habitantes - são 31 Organizações Militares Estaduais em Pernambuco. 

A chegada desses novos policiais militares também possibilitará a criação do 25º Batalhão da Polícia Militar, que vai reforçar o combate à criminalidade organizada nos dois municípios. O incremento no efetivo foi uma determinação do chefe do Executivo estadual na primeira reunião do Pacto pela Vida, realizada em janeiro, quando Paulo Câmara garantiu prioridade para a região.