domingo, 25 de setembro de 2016

Eduardo Cunha dirá em livro que impeachment foi golpe

Lauro Jardim – Guilherme Amado – O Globo
Ressentido e com a faca nos dentes, Eduardo Cunha bancará no livro que promete lançar em dezembro que o impeachment de Dilma Rousseff foi um "golpe parlamentar".
Neste livro, o objetivo é fustigar o governo Temer. Interlocutores de Cunha relatam que o ex-deputado está dividindo o jogo entre "eu" e "eles".
A propósito, Cunha não vai escrever um, mas dois livros. O segundo, que ele pretende lançar no início de 2017, já tem até nome, "Delação não premiada". Nesse, promete contar tudo sobre os seus desafetos e proteger sua turma.
A interlocutores diz que já separou sua agenda de compromissos dos últimos anos e afiou sua (boa) memória para contar histórias pouco republicanas, dando o nome aos bois.
Nem é preciso dizer que os 67 deputados (a soma dos que votaram contra a sua cassação mais os que abstiveram e os que não tiveram a coragem de pisar na Câmara para votar) que ficaram com ele até o fim contarão com largos lapsos de sua memória para ações heterodoxas de que tenham participado.
Cunha recebeu "nãos" de várias editoras com quem quis negociar. Com três, contudo, foram iniciadas conversas — Planeta, Geração e Matrix.

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