quinta-feira, 10 de março de 2016

Invulnerabilidade de Moro foi rompida

247 – Ao avaliar que "o artigo de Jânio de Freitas desta quinta na Folha é um marco no processo crescente de rejeição a Moro e sua Lava Jato", o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirma que "há, em inglês, uma palavra perfeita para designar o que está ocorrendo: backlash. Em português popular, como diz um clássico da MPB, é a 'volta do cipó de Arueira no lombo de quem mandou dar'".
"Moro se valeu do apoio amplo e irrestrito da mídia e da omissão suicida dos progressistas para avançar os sinais. Virou um super-heroi, e parece que acreditou que podia voar, como antes aconteceu com Joaquim Barbosa. Agora, de tanto abusar, sua invulnerabilidade se rompida. Moro já não pode fazer tudo e ainda assim receber aplausos incondicionais. Sua neovulnerabilidade está demonstrada exemplarmente no artigo de Jânio de Freitas. Acabou, em suma, o super-heroi. Começa uma nova etapa, bem mais áspera, para Sérgio Moro", escreve o diretor do DCM.
"Já não será tão fácil ele falar absurdos como o de ontem. Disse que a Lava Jato não é partidária ao mesmo tempo em que comparecia a um evento de João Dória. Muitos brasileiros já não estão cegos para se deixarem levar por demonstrações de cinismo como esta do 'juiz apartidário' ao lado de um cacique do PSDB", completa o jornalista.
Leia aqui a íntegra.

Sport perde em Fortaleza

GUSTAVO LUCCHESI/FOLHA PE)
Fim de uma invencibilidade de dez jogos do Sport. Irreconhecível, o Leão perdeu para o Fortaleza, por 2x1, ontem, na Arena Castelão. Com oito pontos, os rubro-negros podem perder a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste hoje, caso o River/PI vença o Botafogo, em João Pessoa, por quatro gols ou mais de diferença. Para se classificar às quartas de final da disputa, os leoninos precisam vencer o próprio Botafogo, na última rodada, dia 23, na Ilha do Retiro.
Na tentativa de surpreender os mandantes, o treinador Paulo Roberto Falcão apostou na ousadia ofensiva e sacou um volante do esquema que vinha utilizando. O esquema não funcionou, principalmente por falhas individuais do sistema defensivo. Logo aos três minutos, em descida dos cearenses pela direita, pane geral e Anselmo cabeceou sozinho para abrir o placar.
Em seguida, reação dos pernambucanos, certo? Errado. Pressão ainda maior do Tricolor do Pici. Desnorteado em campo, o Leão acabou tomando outro duro golpe. Aos 31, em mais uma falha grotesca de Matheus Ferraz nesta temporada, Jean Mota ampliou o marcador. Em seguida, Falcão voltou atrás e sacou Gabriel Xavier para a entrada do volante Luiz Antônio. E foi apenas nos descontos que os visitantes conseguiram descontar, com Túlio de Melo.

Governador anuncia concurso público para 1.500 policiais militares


Paulo Câmara - Foto-Beto Figueiroa


Uma semana após nomear mais de 2.800 servidores para a área da saúde, o governador Paulo Câmara resolveu dar um incremento na área de segurança pública.
Ele anunciou nesta quarta-feira (9) a realização de concurso público curso para a contratação de 1.500 policiais militares. O edital será publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (10).
O concurso será realizado pelo Instituto de Apoio à Fundação Universidade de Pernambuco (IAUPE), que foi contratada por dispensa de licitação.
O governador declarou também que o edital para o preenchimento de 650 vagas na Polícia Civil e 316 na Polícia Científica será publicado ainda este mês.
“Vivemos um cenário de restrição econômica, mas não vamos deixar de fazer os investimentos necessários na segurança pública. Estamos, inclusive, fazendo um esforço adicional, buscando completar os quadros das Polícias Militar e Civil para atuarmos na prevenção e repressão”, disse o governador durante reunião do comitê gestor do “Pacto pela Vida”.
A reunião do “Pacto” foi acompanhada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Leopoldo Raposo; pelo procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra e pelo defensor público-geral, Manuel Jerônimo.
Para participar do concurso, os interessados precisam atender aos seguintes requisitos: ter entre 18 e 28 anos, acima de 1,65m de altura (homem) e 1,60m (mulher), ensino médio completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Para a Polícia Civil, serão selecionados 100 delegados, 500 agentes e 50 escrivães. E, para a Polícia Científica, serão 316 cargos diversos. Os detalhes do certame serão divulgados posteriormente.

O bandido

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Texto de  Aderbal Freire-Filho 
Diretor e autor teatral, ator e apresentador

Era uma rádio no nordeste, fim dos anos sessenta e, na onda dos festivais de música popular, decidimos fazer lá também nosso festival. Uns jovens desconhecidos, a maioria deles universitários, começaram a se inscrever: Rodger e Dedé (Física), Belchior (Medicina), Fausto Nilo (Arquitetura), Fagner, Jorge Melo, etc. Uma tarde, apareceu lá um cara com uma história no mínimo curiosa. Dizia que uma música de grande sucesso da época – não lembro se do Roberto Carlos, do Altemar Dutra – era composição sua e tinha sido plagiada, mais até, tinha sido roubada. Era difícil acreditar, mas ele garantiu, cantarolou a música, contou uma história e, para que não duvidássemos, mostrou outra música, também conhecida e que seria dele também. O festival era a oportunidade de mostrar outras músicas suas e desmascarar tudo.
E se fosse verdade? Ponto pro festival. Marcamos uma reunião na sala da direção para saber mais detalhes, provas, etc. Ele começou nos assustando com outras denuncias, que Caetano, que Chico, que Carlinhos Lyra... Enfim, em menos de 10 minutos já dava pra ver que o cara era maluco. Mas, só pra terminar, um dos radialistas que estava ali perguntou: você conhece All The Way, com o Frank Sinatra? É minha, ele respondeu. E completou: todas as músicas são minhas. Bom, deixamos o cara em paz, ele inscreveu lá duas ou três músicas fuleiras dele mesmo (aliás, nada prova que essas eram dele mesmo) e ficou por isso. Depois, ele passou a aparecer vez por outra na rádio, onde ficou conhecido como O Compositor. E a gente gostava de dizer sou amigo d'O Compositor, O Compositor te mandou um abraço...
Lembro dele agora a propósito do Lula, O Bandido. A diferença é que todos estão levando a coisa a sério. Então, se é assim, porque não prendem logo esse homem?
Lula, como se sabe, recebeu um terço da propina de Furnas. Depois, mandou sua amante com o filho (dele, DNA à parte) para fora do país e acertou com ela uma mesada, a ser paga pela empresa Brasif, que no seu governo obteve todas as concessões de free-shops em aeroportos, como nunca antes na história desse país. Free-shops nos aeroportos, Lula reservou o avião do governo do Estado de São Paulo para que sua mulher fizesse as viagens que quisesse, quando quisesse. Mas isso era pouco: Lula mandou sua mulher aprender tênis numa academia na Flórida e contratou um professor a quem pagou 59 mil dólares pelas aulas. Como não dava para mandar esse dinheiro daqui, foi preciso abrir contas na Suíça. Bom, Lula é um homem honrado (ele diz), não tem contas na Suíça, é apenas "usufrutuário em vida de ativos geridos por um truste", qualquer coisa assim. Em São Paulo, Lula fez a farra. Sua última façanha foi mais uma prova de que comunistas matam criancinhas. Os tempos são outros, o estilo é outro: roubar merenda escolar. Armou com o presidente da Assembleia Legislativa, também conhecido por Lula, e com Lula, chefe de Gabinete do governador Geraldo Lula da Silva, para superfaturar as compras de frutas e legumes e cobrar propinas da Cooperativa dos Produtores. Antes, numa jogada altamente internacional, envolvendo a Alemanha (Siemens), Canadá (Bombardier), França (Alstom) e Espanha (CAF), superfaturou os preços dos trens do metrô. É preciso dizer que Lula fez tudo isso em São Paulo, apesar da alternância de poder que acontece lá, como querem todos os partidos da oposição e toda a imprensa. No governo desse Estado, eleito em 1995, Luis Inácio Covas foi sucedido por Mário Lula Covas, depois por Lula Alckmin, depois por Geraldo Lula da Silva, em seguida por José Serra Lula da Silva e novamente por Geraldo Lula, mais de 20 anos de alternância, isto é, Lulas para todos os gostos.
Apesar das evidências, Lula nega absolutamente tudo e, com mais veemência, seu envolvimento em uma operação de tráfico de cocaína, documentada, filmada e pesada (450 quilos de pasta base). A cocaína era transportada por um helicóptero de um deputado amigo de Lula, do partido do Paulinho Lula, e descarregou a droga em uma de suas fazendas mineiras. Ele tem outras fazendas em Minas, assim como sua família, sendo a mais conhecida a de um tio, onde construiu um aeroporto com dinheiro público, para uso privado desse tio e seu.
E isso é uma lista pequena. O que dizer dos famosos filhos de Lula beneficiados nas privatizações (genros inclusive), feiras internacionais, empregos onde nunca aparecem, etc. A meritocracia de Lula é clara. Por exemplo, a irmã da sua ex-amante fez por merecer um emprego no gabinete de um senador aliado, com salário integral e ausência integral (possivelmente lanche a domicilio com pão integral, ainda sem provas, mas com indícios, evidências, um vizinho viu...).
Enfim, porque não prendem esse homem, com tantos delitos?
Perdem tempo com bobagens, como se nós, da velha rádio nordestina, tivéssemos perdido tempo querendo investigar se as três músicas fuleiras d'O Compositor seriam ou não dele. Ficam querendo saber se uma empreiteira pagou a reforma de um sítio que ele frequenta (e que pode ser dele!!!) e se outra pagou a reforma de um apartamento que ele diz que não é dele (mas pode ser!!!) e gastam munição bombardeando o bote de dona Marisa Letícia. Perda de tempo: d. Marisa está estudando tênis na Flórida e o bote afundou em Parati (ou vice-versa).
O Merval Pereira, em quem todos acreditamos, garante: O Bandido é ele. Textualmente: "enfim foi descoberto o chefe da organização criminosa que assaltou o Brasil". Meu amigo Merval atesta o que não podíamos atestar, nós, pobres radialistas provincianos, a respeito d'O Compositor: é verdade, tudo foi ele quem fez, O Bandido. E não essas três musiquinhas de merda, esses pedalinhos, essas caixas de cerveja, essa churrasqueira. Será que cometemos uma tremenda injustiça com O Compositor, não vendo que pelas três composições tidas como dele, dava pra atestar que ele era o autor de All The Way e de todas, absolutamente todas as músicas?

O plano obscuro

Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
Em condições normais, ou em país que já se livrou do autoritarismo, haveria uma investigação para esclarecer o que o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato intentavam de fato, quando mandaram recolher o ex-presidente Lula e o levaram para o Aeroporto de Congonhas. E apurar o que de fato se passou aí, entre a Aeronáutica, que zela por aquela área de segurança, e o contingente de policiais superarmados que pretenderam assenhorear-se de parte das instalações.
Mas quem poderia fazer uma investigação isenta? A Polícia Federal investigando a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República investigando procuradores da Lava Jato por ela designados?
É certo que não esteve distante uma reação da Aeronáutica, se os legionários da Lava Jato não contivessem seu ímpeto. Que ordens de Moro levavam? Um cameramen teve a boa ideia, depois do que viu e de algo que ouviu, de fotografar um jato estacionado, porta aberta, com um carro da PF ao lado, ambos bem próximos da sala de embarque VIP transformada em seção de interrogatório.
É compreensível, portanto, a proliferação das versões de que o Plano Moro era levar Lula preso para Curitiba. O que foi evitado, ou pela Aeronáutica, à falta de um mandado de prisão e contrária ao uso de dependências suas para tal operação; ou foi sustado por uma ordem curitibana de recuo, à vista dos tumultos de protesto logo iniciados em Congonhas mesmo, em São Bernardo, em São Paulo, no Rio, em Salvador. As versões variam, mas a convicção e os indícios do propósito frustrado não se alteram.
O grau de confiabilidade das informações prestadas a respeito da Operação Bandeirantes, perdão, operação 24 da Lava Jato, pôde ser constatado já no decorrer das ações. Nesse mesmo tempo, uma entrevista coletiva reunia, alegadamente para explicar os fatos, o procurador Carlos Eduardo dos Santos Lima e o delegado Igor de Paula, além de outros. (Operação Bandeirantes, ora veja, de onde me veio esta lembrança extemporânea da ditadura?)
Uma pergunta era inevitável. Quando os policiais chegaram à casa de Lula às 6h, repórteres já os esperavam. Quando chegaram com Lula ao aeroporto, repórteres os antecederam. "Houve vazamento?" O procurador, sempre prestativo para dizer qualquer coisa, fez uma confirmação enfática: "Vamos investigar esse vazamento agora!". Acreditamos, sim. E até colaboramos: só a cúpula da Lava Jato sabia dos dois destinos, logo, como sabe também o procurador, foi dali que saiu a informação –pela qual os jornalistas agradecem. Saiu dali como todas as outras, para exibição posterior do show de humilhações. E por isso, como os outros, mais esse vazamento não será apurado, porque é feito com origem conhecida e finalidade desejada pela Lava Jato.
A informação de que Lula dava um depoimento, naquela mesma hora, foi intercalada por uma contribuição, veloz e não pedida, do delegado Igor Romário de Paula: "Espontâneo!". Não era verdade e o delegado sabia. Mas não resistiu.
Figura inabalável, este expoente policial da Lava Jato. Difundiu insultos a Lula e a Dilma pelas redes de internet, durante a campanha eleitoral. Nada aconteceu. Dedicou-se a exaltar Aécio, também pela rede. Nada lhe aconteceu. Foi um dos envolvidos quando Alberto Youssef, já prisioneiro da Lava Jato, descobriu um gravador clandestino em sua cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Nada aconteceu, embora todos os policiais ali lotados devessem ser afastados de lá. E os envolvidos, afastados da própria PF.
Se descobrir por que a inoportuna lembrança do nome Operação Bandeirantes, e for útil, digo mais tarde.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Lula: Se me deixarem solto, viro presidente

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito um diagnóstico positivo sobre o impacto da ação da Operação Lava Jato que o levou para prestar depoimento de forma coercitiva. A pessoas de sua confiança, ele tem dito que o PT e o governo mais ganharam do que perderam com o episódio.
"A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo", disse Lula a mais de um interlocutor. Conforme o jornal "O Estado de S. Paulo" apurou, o ex-presidente mostrou-se confiante em resgatar a imagem do partido.
Lula chegou nesta terça-feira (8) à tarde a Brasília para reunir-se com a presidente Dilma Rousseff pela segunda vez em quatro dias. Nesta quarta pela manhã, o ex-presidente participa de encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem sido pressionado por alguns colegas a aderir ao impeachment.
No Congresso, a avaliação é que a ação da Lava Jato causou um efeito positivo para Lula em vários aspectos. "O episódio unificou o PT e tirou o partido da paralisia. Atualmente, não há clima mais para falar em disputa entre correntes internas", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Para ele, a forma como ocorreu a condução coercitiva de Lula também sensibilizou os movimentos sociais. "Até para quem não vota no Lula de jeito nenhum foi transmitida uma sensação de que houve abuso por parte da Lava Jato."
Os advogados do ex-presidente recorreram da decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que negou pedido de liminar para que a Corte suspendesse a 24ª fase da Operação Lava Jato e decidisse qual órgão deve ser responsável pelas investigações contra o petista. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

PSD filia vereadores do Recife e passa a formar bancada na Câmara

Fotos: Renato Moreira
PSD Pernambuco que, no Estado, é presidido pelo deputado federal André de Paula, na noite desta terça-feira, 8, teve a alegria de filiar os vereadores do Recife, Gilberto Alves e Eri, dois nomes de peso que passam a formar a bancada do PSD na Câmara Municipal. O ato, realizado pela Executiva estadual, filiou também 64 pré-candidatos a vereador e contou com a presença do prefeito Geraldo Júlio; do vice, Luciano Siqueira; do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes; do secretário municipal de Relações Institucionais, Fred Oliveira; do deputado estadual do PSB, Aluísio Lessa; do prefeito de Cumaru, Eduardinho Tabosa, e de lideranças políticas da capital e interior do Estado. Também contou com a presença dos deputados estaduais da bancada pessedista, Joaquim Lira, Rodrigo Novaes (ambos vice-presidentes do PSD), Romário Dias e Álvaro Porto.

Municípios já apresentaram 56 planos de trabalho para o FEM Mulher‏

O Fundo Estadual dos Municípios (FEM) - versão 2015 – apresentou uma importante novidade em relação às duas edições anteriores: a criação do FEM Mulher.  A iniciativa obriga que os municípios invistam pelo menos 5% do valor repassado pelo Fundo em políticas públicas voltadas para as mulheres. Até o início de março deste ano, 56 planos de trabalhos ligados ao FEM Mulher já haviam sido apresentados à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).    

Flávio Figueiredo, secretário executivo de Apoio aos Municípios da Seplag, ressalta que, além de garantir recursos para investir em políticas públicas voltadas para as mulheres, o FEM Mulher propicia uma melhor estruturação dos municípios nesta área. “Cada cidade precisa ter uma estrutura própria de políticas públicas para mulheres já estabelecida, seja uma secretaria, coordenadoria ou assessoria. A Secretaria Estadual da Mulher é que valida esta estrutura”, explicou Flávio.

Os 56 planos de trabalho estão sendo analisados pela Secretaria da Mulher, alguns já se encontram aprovados e outros estão em processo de análise. Caso estes planos já apresentados sejam aprovados, serão R$ 3.686.566,57 garantidos para obras voltadas para política pública das mulheres.

Andrea Chaves, gerente geral do FEM, ressalta que estes valores, assim como o quantitativo de planos de trabalho, vão crescer, já que o prazo para entrega dos planos pelos municípios ainda se encontra em aberto. “Lembrando que o percentual mínimo é de 5% do valor repassado pelo Fundo, mas nada impede que os municípios solicitem percentuais maiores”, destacou Andrea.

Entre os planos já aprovados, está o da cidade de Cedro, no Sertão Central do Estado. No município, o FEM Mulher vai permitir a reforma e ampliação do prédio da sede da coordenadoria da mulher. De acordo com Andrea, no caso de Cedro, já foi autorizado o início das obras. Entre as regiões de desenvolvimento do Estado, a que mais se destacou neste primeiro momento foi a da Mata Norte, que já enviou 17 planos de trabalho.

Lucas Ramos recebe Associação de Proteção e Assistência aos Condenados‏


Na manhã desta terça-feira (08), o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) recebeu em seu gabinete representantes da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), sediada em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana. No encontro, foram discutidas as formas de ampliar a atuação da entidade, levando para outros municípios do estado os serviços de atendimento e assessoramento a presos condenados e auxiliando os poderes judiciário e executivo na questões relativas à Lei de Execuções Penais.

“O trabalho da APAC é de total importância. Todos que estão em conflito com a Lei têm direito a uma recuperação e assim que o infrator estiver recuperado, a sociedade estará protegida de novo”, afirmou o parlamentar. Lucas Ramos ainda destacou o método usado pela associação no processo de ressocialização do condenado. “A metodologia da associação valoriza o cidadão e o coloca como parte do meio, mostrando que ele tem apoio e não está só. Essa atitude é essencial para a melhoria dele”, salientou.

A APAC é referência na ressocialização de condenados, atuando em todo o país e internacionalmente. No processo de instalação de suas unidades, são realizados seminários que estimulam o interesse da população, mostrando que ela é parte do processo de recuperação dos condenados e pode contribuir prestando serviços voluntários na educação, saúde, religião e na área jurídica. Atualmente são 100 unidades espalhadas em todo território nacional já em funcionamento ou em processo de implantação. A APAC também atua em países como Alemanha, Inglaterra, Chile, El Salvador, México e Nova Zelândia.

Governador decreta luto pela morte de Naná e diz que percussionista era um “gênio autodidata”

O governador Paulo Câmara decretou hoje (09.03) luto de três dias pela morte do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos.

Paulo fala da importância do percussionista

“Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”.

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

A Istoé com a delação de Delcídio sem Aécio é o ápice da indústria de vazamentos

Por Kiko Nogueira no DCM


A capa da Istoé com a delação de Delcídio do Amaral, que durou menos de sete dias, explicita a existência de dois tipos de seletividade: o vazamento e a edição do vazamento.
Segundo a Folha e o Globo, Delcídio não entregou apenas Lula e Dilma, como afirmou a revista em sua versão da capa da Veja dos anos 90 (“Pedro Collor Conta Tudo”).
Delcídio citou também Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá,  Valdir Raupp e Aécio Neves. Um jornalista da casa contou ao DCM que Michel Temer também teria sido mencionado.
Não é a primeira vez que Aécio aparece na Lava Jato. Já falaram dele o doleiro Yousseff e o operador Carlos Alexandre Rocha, o Ceará. Aécio não está sendo investigado.
A escolha da Istoé para receber a delação surpreendeu quem achava que ela ainda existia. Um funcionário afirma que a editora Três “não tem dinheiro para mandar repórter para Curitiba de ônibus”.
Segundo Janio de Freitas, isso ocorreu porque a Veja e a Época, “na corrida para ver qual acusa e denuncia mais, costumam antecipar na internet os seus bombardeios. A Lava Jato desejava que a alegada delação de Delcídio só fosse divulgada na quinta-feira, véspera das ações planejadas. A primeira etapa funcionou sem falhas, até para ‘IstoÉ’ lembrar-se de si mesma.”
No dia seguinte à chegada da publicação às bancas, policiais federais estavam na casa de Lula cumprindo um mandado de condução coercitiva. O impeachment ressuscitou.
Um email do dono da Editora Três, Caco Alzugaray, cumprimentando sua equipe, é revelador em sua candura: “Hoje, como em algum dos primeiros dias de julho de 1992, quando trouxemos o Eriberto França na capa da IstoÉ e jogamos a pá de cal sobre o governo Collor, foi um dia histórico pro Brasil, pra Três, pra IstoÉ, pra todos nós”, escreveu.
“Nossos dias, como os da grande maioria dos trabalhadores do Brasil atual, não estão nada fáceis. Mas é assim, fazendo a nossa parte (e muito bem feita como vcs estão fazendo!) é que vamos colaborar para virarmos o jogo! De novo, no Brasil e na Três!”
Caco é amigo de Aécio. A semanal fazia uma cobertura acrítica do governo petista até o mineiro entrar na disputa para a presidência. Obviamente que a amizade conta só uma parte da história.
O tucano faz parte do rol dos “brothers”, como são chamados os intocáveis da empresa. Entram nessa lista Marcelo Odebrecht, Michel Temer, entre outros. Em entrevista ao Portal Imprensa, a autora do furo de Delcídio, Débora Bergamasco, afirmou: “Não vi contestações sobre a matéria, nenhuma vírgula”. Bem, precisa olhar direito.
O caso Istoé é o ápice (por enquanto) da indústria de vazamentos de Sergio Moro. Ele mesmo se declarou favorável a esse expediente em seu ensaio sobre a Mãos Limpas, falando da vantagem de contar com “jornais e revistas simpatizante”.
O que isso tem a ver com justiça? Nada. O colunista do Estadão Eugênio Bucci, conhecido pelo estranho hábito de vestir camisas abotoadas no colarinho sem gravata, tentou recentemente glorificar essa prática.
“Até podemos chamar de ‘vazamento’ a informação sigilosa que desliza, por algum motivo, para fora do âmbito de controle do poder, mas não podemos chamar de ‘vazamento’ uma reportagem, mesmo que, para a realização dessa reportagem, possa ter sido usado o conteúdo informativo de um ‘vazamento’. O nome de reportagem é reportagem. Chamá-la de vazamento é injuriá-la. Reportagem é fruto do trabalho de repórteres.”
Essa bobajada vergonhosa é desmentida, entre outras coisas, pelo raquitismo das redações. Estamos diante de outro fenômeno jornalístico: a publicação de documentos sem qualquer checagem, de fonte suspeita, para coincidir com um cronograma policial, cujo único trabalho de edição é dar um jeito de tirar os “brothers” da parada.
O chato é que eles acabam aparecendo.

Mais uma prova de como a Globo manipula você

247 – O momento enfrentado pelo grupo Globo, da família Marinho, é delicado. No fim de semana, centenas de pessoas protestaram diante da sede da emissora no Rio de Janeiro. Pouco depois, um grupo invadiu um triplex em Paraty (RJ), cuja propriedade é atribuída aos Marinho, que negam serem donos da casa. Ontem, integrantes do MST invadiram a sede da afiliada da Globo em Goiânia, o que mereceu notas de repúdio de entidades ligadas ao jornalismo (saiba mais aqui).
Por trás do cerco à Globo, está a percepção de que a emissora dos Marinho hoje atua, assim como em 1964, com o propósito claro de fragilizar a democracia brasileira. E o problema é que a Globo, com seu noticiário enviesado, de fato alimenta essa percepção.
Na sexta-feira passada, por exemplo, quando a Globo decidiu entrar de cabeça na história da suposta delação de Delcídio Amaral (PT-MS) – não homologada pela Justiça e negada pelo próprio "suposto delator" –, o jornal O Globo chegou às bancas e casas de seus assinantes com uma manchete triunfante e definitiva: "Delação de Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato".
Hoje, quando se sabe que o senador Aécio Neves está na mesma hipotética delação, por seu suposto envolvimento nada republicano numa CPI, o Globo esconde a notícia no pé da primeira página e nem cita o presidente nacional do PSDB em seu título.
Na semana passada, após o vazamento da suposta delação de Delcídio, Aécio convocou uma reunião de emergência da oposição, decretou pela enésima vez a morte do governo da presidente Dilma Rousseff e decidiu retomar a pressão pelo impeachment, informando que anexaria a suposta delação de Delcídio ao pedido inicial, aprovado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Coincidência ou não, Aécio passou a dizer, agora, que a suposta delação de Delcídio só será anexada ao pedido de impeachment depois de ser homologada – uma vez citado, pode até ser que o senador passe a trabalhar contra sua homologação.
Por último, mas não menos importante, na semana passada todos os veículos de comunicação do grupo Globo relativizavam o fato de o próprio Delcídio ter negado, em nota, o teor da delação atribuída a ele. Hoje, o Globo publica declaração de um dos advogados de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que "documentos falsos estão sendo publicados" e, de novo, negando a delação.
Ou seja: no mundo da Globo, ela só seria verdadeira, se atingisse apenas o PT e a presidente Dilma. Contra Aécio, vira mentira.













Naná Vasconcelos, um mito da percussão, morre no Recife

 Agência Brasil:

Sumaia Villela – Depois de lutar durante sete meses contra um câncer de pulmão, o percussionista Naná Vasconcelos não resistiu a uma parada respiratória e morreu na manhã às 7h39 desta quarta-feira (9), aos 71 anos. O músico pernambucano estava internado no Hospital Unimed, no Recife, desde o dia 29 de fevereiro.
Ontem, a imprensa local chegou a noticiar que Naná havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição, mas seu estado de saúde voltou a se complicar.
Naná Vasconcelos descobriu o câncer no ano passado, quando ficou mais de 20 dias internado para tratamento. Depois, passou por sessões de quimioterapia e, mesmo com a saúde debilitada, chegou a produzir um último trabalho com Zeca Baleiro e Paulo Lepetit, o Café no Bule.
Ele não participou das apresentações dessa parceria, mas em fevereiro conseguiu brincar pela última vez o carnaval pernambucano. Como fazia há 15 anos, Naná Vasconcelos abriu a folia no Recife, com um grupo de centenas de percussionistas sob seu comando.
Melhor do mundo
Juvenal de Holanda Vasconcelos, ou Naná Vasconcelos, nasceu no Recife em 2 de agosto de 1944. O pai, músico, lhe passou o gosto pela arte e o filho começou cedo. Aos 12 anos já se apresentava em bares e participava de grupos de maracatu locais.
Aprendeu primeiro a tocar bateria. Depois, berimbau e não parou mais: ao longo da carreira, uma das características da sua percussão era usar qualquer objeto que produzisse um som interessante para compor seus trabalhos.
Naná começou a ser conhecido nacionalmente ao mudar para o Rio de Janeiro, na década de 1960, e tocar com o mineiro Milton Nascimento e o também pernambucano Geraldo Azevedo.
Em seguida, sua carreira deslanchou no exterior. Morou nos Estados Unidos e na França, compôs trilhas sonoras para filmes e recebeu oito Grammys, um dos maiores prêmios de música do mundo.
Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat, Naná Vasconcelos chegou a fazer parcerias com artistas como B.B. King e Ella Fitzgerald.
Fruto do aprendizado informal da música, sem nunca ter cursado nível superior, em dezembro de 2015, o artista recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Instituto Lula diz que PF ‘sequestrou ilegalmente’ comunicação da entidade

247 - O Instituto Lula, alvo de mandado de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira 4, denunciou em nota divulgada nesta quarta-feira que "a Polícia Federal exigiu, sob voz de prisão do técnico de informática, a senha do administrador das contas de e-mail @institutolula.org, o que não constava no mandado da justiça, que fazia referência apenas poucas contas de e-mail específicas".
A PF passou então a ter acesso a todos os emails da instituição, indo "muito além do mandado original", diz o Instituto. "Mais do que isso. Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco contas de e-mail, todas sem o respaldo legal de um mandato judicial", acrescenta o texto. A defesa do ex-presidente entrou com uma petição junto ao juiz Sérgio Moro para "a devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de poder contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira".
Leia abaixo a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA

Lava-Jato sequestra ilegalmente toda a comunicação do Instituto Lula

São Paulo, 9 de março de 2016,
Durante a operação de busca e apreensão no Instituto Lula na última sexta-feira (4), a Polícia Federal exigiu, sob voz de prisão do técnico de informática, a senha do administrador das contas de e-mail @institutolula.org, o que não constava no mandado da justiça, que fazia referência apenas poucas contas de e-mail específicas.
Com a informação que receberam sem mandato, passaram a ser os únicos a poder criar e bloquear e-mails, além de terem acesso livre a todas as contas do Instituto Lula, indo muito além do mandado original expedido pelo juiz Sérgio Moro.
Mais do que isso. Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco contas de e-mail, todas sem o respaldo legal de um mandato judicial.
Trata-se não somente de mais uma violação das regras legais. Trata-se de uma violência às garantias e direitos fundamentais expressos no artigo 5º da Constituição Federal, uma salvaguarda civilizatória defendida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e por todas as democracias deste planeta.
O Instituto Lula peticionou na terça-feira (8), ao juiz Moro, a devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de poder contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira.
A apropriação ilegal da senha do administrador dos e-mails do Instituto (hospedados no Google) permite à Polícia Federal: ler todas as mensagens de todas as contas do Instituto (inclusive esta e qualquer comunicação com a imprensa, violando princípio constitucional), apagar informações, e, como já aconteceu, trocar a senha, impedindo o acesso as contas pelos seus usuários, bloqueando seu trabalho e contatos.
A senha também permite que eles criem novos (e ilegítimos) e-mails com o domínio do institutolula.org e que mandem mensagens em nome de qualquer conta do Instituto. Imagine se um abuso desse fosse cometido com a sua conta de e-mail pessoal, com a conta de e-mail de uma empresa, ou de um órgão da imprensa.
O Instituto Lula é uma organização da sociedade civil brasileira sem fins lucrativos, com contatos e trabalho conjunto com movimentos sociais, entidades sindicais, organismos internacionais, governos e ex-mandatários da África, América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia e Oceania.
Apenas para citar alguns exemplos, temos acordos, parcerias ou relacionamento com a FAO, a Cepal, com a União Africana, com a União Europeia, com a Unasul, com as fundações do Partido Socialista Francês e do Partido Social Democrata Alemão, com o Podemos e o PSOE da Espanha, com o sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos Estados Unidos (UAW), com o sindicato dos metalúrgicos da Alemanha (IG Metall), com a Central Sindical da África do Sul (Cosatu), com a Fundação Bill e Melinda Gates, com a Fundação Clinton etc.
Recebemos visitas de jornalistas, acadêmicos, embaixadores, lideranças partidárias, chefes e ex-chefes de estado interessados em conversar sobre o cenário político mundial e a experiência do Brasil no combate à pobreza com os diretores do Instituto e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma das personalidades brasileiras mais conhecidas no exterior.
O sequestro feito pela Polícia Federal de toda a nossa autonomia e privacidade em comunicações eletrônicas é uma violência contra a democracia, a liberdade de organização e expressão.
Caso este e-mail de contato com a imprensa seja bloqueado ou qualquer mensagem não autorizada por nós seja enviada como se fosse um comunicado do Instituto, retificaremos através do nosso site e de nossos contatos telefônicos.
Aguardamos a decisão que restaure nosso direito a comunicação e ao trabalho, e o respeito as leis e a democracia brasileira.

terça-feira, 8 de março de 2016

Grampo foi encontrado na casa de Lula após operação da PF

247 – Um grampo foi encontrado na casa do ex-presidente Lula após operação da PF, segundo o Diário do Centro do Mundo.
De acordo com o post do jornalista Kiko Nogueira, uma das pessoas que estiveram no apartamento do ex-presidente Lula depois da operação da Polícia Federal na sexta-feira, dia 4, contou ao DCM que um grampo foi encontrado no sofá.
“O dispositivo de escuta foi localizado após uma varredura no imóvel — algo realizado com frequência tanto na casa em São Bernardo do Campo quanto no Instituto Lula, no bairro do Ipiranga. Não se sabe a procedência do grampo, quando exatamente ele foi instalado e se é legal — ou seja, autorizado por um juiz”, diz (leia aqui).

Lula recebia propina de Furnas? Não. Esse é o Aécio também


Por Jorge Furtado 
Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC?
Não. Esse era o Aécio.
Lula recebia 1/3 da propina de Furnas?
Não. Esse é o Aécio também.
O helicóptero com 450 kg de cocaína era do amigo do Lula?
Não. Era do amigo do Aécio.
Lula comandava o estado que roubou 1 bilhão do metrô e da CPTM?
Não. Esses são o Serra e o Alckmin.
Lula tá envolvido no roubo de 2 bilhões da merenda?
Não. É o Alckmin também.
Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef?
Não. Esse era o Álvaro Dias.
Lula foi o cara que montou o esquema Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio?
Não. Esse era o FHC.
Lula nomeou o genro diretor da Petrobras?
Não. Foi o FHC também.
Lula é o compadre do banqueiro André Esteves?
Não. Esse era o Aécio, de novo.
Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena?
Não. Esse é o Serra (aquele que a Lava a Jato apresenta com tarja preta pra imprensa).
Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação?
Não. Esse é o Cunha, aliado da oposição.
Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles?
Não. Esse também é o Cunha, o homem do impeachment da oposição.
O filho do Lula aparece na revista de milionários Forbes?
Não. É a filha do Serra...
Isso é para quem acha que Moro e turma querem combater a corrupção.

segunda-feira, 7 de março de 2016

“Juízes para a democracia” criticam decisão de Sérgio Moro


Mozart Valadares - reprodução internet


Nesta segunda-feira (7), a Associação Juízes para a Democracia divulgou nota oficial dizendo “não se pode concordar com os shows midiáticos, promovidos em cumprimentos de ordens de prisão e de condução coercitiva”.
Embora não cite o nome do ex-presidente Lula, a nota deixa implícito que se refere ao mandado de condução coerciva para conduzi-lo à prisão, se necessário, assinado pelo juiz Sérgio Moro e cumprido pela Polícia Federal na última sexta-feira (4).
A nota diz também que não se pode combater a corrupção desrespeitando o texto constitucional, acrescentando que “ilegalidade não se combate com ilegalidade”.
“Em consequência, a defesa do Estado Democrático de Direito não pode se dar às custas dos direitos e garantias fundamentais”, prossegue a nota dos magistrados.

Coimbra: Moro é um "tenente enraivecido"

Artigo de Marcos Coimbra, extraído da Carta Capital:
Eles sabem que no voto não voltam ao poder

A sociedade brasileira precisa decidir o que quer. Se acredita que devemos insistir na democracia ou se considera que não somos um país onde ela é possível.

São muitos os paralelismos entre o momento atual e o que antecedeu o golpe de Estado de 1964. Lá, como agora, as velhas classes dominantes, seus representantes e porta-vozes se convenceram de que, na democracia, não conseguiriam continuar impondo seus interesses ao conjunto da sociedade. No jogo eleitoral, perderiam.

Mas não tinham força e legitimidade para virar a mesa na marra. Alguém, em seu nome, teria de fazê-lo. O papel dos militares naqueles anos está sendo hoje desempenhado por outra aliança nascida dentro do aparelho de Estado. Seus agentes são juízes, policiais e promotores, imbuídos da mesma convicção da superioridade de propósitos que coronéis e generais compartilhavam.

Os militares abandonaram sua função moderadora em 1964, assim como os integrantes dessa nova aliança descartam hoje a função de equilíbrio típica do Judiciário. Os “jovens turcos” togados e seus satélites ignoram as hierarquias e encurralam aqueles que deveriam ser seus superiores. Assemelham-se aos tenentes enraivecidos que invadiram a política no início do século XX, impacientes com a democracia e convencidos de que eram melhores que qualquer um.

Essa nova aliança se inspira e é incentivada por instituições ideológicas internacionais, de maneira análoga ao que aconteceu com parte da liderança militar nos anos 1950. Só um tolo suporia que os ensinamentos que receberam nos EUA, assim como os acordos de cooperação que firmaram, eram os melhores para os interesses nacionais. Algo semelhante acontece hoje no treinamento e no estímulo que os integrantes dessa aliança recebem de fora.

Na vida social, os pontos de contato entre ontem e agora são muitos. Os que marchavam em defesa da ordem e da propriedade em 1963 e 1964 são tão caricatos e ridículos como seus filhos e netos. Acreditavam em bobagens igualmente toscas e professavam a mesma religiosidade primitiva.

O proscênio é parecido: um setor da burocracia rebelado e se achando capaz de reformar o País, um pedaço da sociedade “nas ruas” fazendo coro para reivindicar uma intervenção “saneadora”. Também é igual o ingrediente midiático, uma imprensa dedicada a escandalizar o noticiário e a amplificar as insatisfações. São exatamente os mesmos os órgãos de imprensa que patrocinaram o golpe de 1964 e os que hoje atuam. A estratégia é igual, de amontoar denúncias e atacar no plano pessoal a liderança trabalhista.

A elite política conservadora de então tem muito a ensinar a seus sucessores. Os que ficaram na retaguarda, espicaçando os militares, orientando jornais e revistas a incendiar a opinião pública e rindo dos tolos que foram às ruas, mas encorajando-os, se surpreenderam com o tamanho da serpente cujos ovos chocaram. Nada mais exemplar que a trajetória de Carlos Lacerda, de líder maior do golpismo a vítima de banimento da vida política.

Tucanos, demistas e associados precisam se lembrar que nada garante que a aliança golpista se limitaria a lhes transferir o poder. Eliminados petistas e trabalhistas, quem asseguraria que seus integrantes voltariam pacificamente à normalidade? Como ter certeza de que a imprensa não os rifaria na hora em que se tornassem alvo?

Mas não há apenas semelhanças entre 1964 e hoje. Trinta e tantos anos de democracia fizeram com que aumentasse a proporção de pessoas avessas a aventuras golpistas. O desenvolvimento das últimas décadas e o conjunto de políticas de ampliação da cidadania produziram um povo mais disposto a ser ator e não apenas espectador da vida brasileira.

Consolidou-se a primeira liderança popular de expressão nacional. Lula, apesar da incessante campanha para desmoralizá-lo, continua a merecer o respeito e o carinho de uma parcela da sociedade maior que qualquer político jamais teve em nossa história. Atacá-lo é atacar esses milhões de pessoas. Ninguém sabe como reagiriam.

Quem não se alinha com o oportunismo de alguns políticos, quem aprendeu que é no respeito à democracia que podemos mais facilmente e melhor resolver nossos problemas, quem acreditou e acredita na capacidade do povo escolher seu caminho sem tutela, precisa refletir a respeito da conjuntura que atravessamos. Deixados soltos, os aventureiros do golpe não se deterão, até porque se acham perfeitos. Há que pará-los

Agentes arrombaram porta interna do Instituto Lula

Por Catia Seabra
Da Folha de S.Paulo
A direção do Instituto Lula abriu suas portas à imprensa para mostrar o estado da sede após a busca a apreensão realizada pela Polícia Federal na sexta-feira (4) como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato.
Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram apresentados os estragos em diferentes departamentos, como de Comunicação, África e Finanças. Diretor do instituto, Celso Marcondes conduziu os jornalistas às salas, entre elas a do presidente da instituição, Paulo Okamoto.
No segundo andar, a porta do departamento de Administração e Finanças foi arrombada. Marcondes explicou que a sala da diretoria é a única que fica trancada, mas que uma das três funcionárias encarregadas de acompanhar os policiais tinha uma chave. "Bastava pedir" para que abrisse, afirmou. De acordo com o diretor, 60 agentes participaram da ação de busca.
Antes da chegada das três funcionárias, os agentes foram recebidos inicialmente por um caseiro.
Foram abertas e reviradas caixas que continham presentes recebidos por Lula após deixar a presidência. Continham quadros, fotografias e obras de arte. Ainda de acordo com Marcondes, os todos os HDs foram levados.
"Moro fez um mal para o país, vai haver um acirramento a partir dessa decisão dele", declarou o diretor. Ele disse que o instituto foi fotografado após a ação "para comprovar a truculência" dos policiais.

Oposição reconhece que não há delação de Delcídio


247-Na semana passada, logo depois que se divulgou uma hipotética delação do senador Delcídio Amaral, na qual acusaria o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff de tentar interferir na Lava Jato, a oposição prometeu anexá-la ao pedido de impeachment que tramita na Câmara; nesta segunda (7), no entanto, a postura foi mais cautelosa: lideranças da oposição decidiram que vão aguardar a homologação da suposta delação; tanto Delcídio quanto o procurador-geral da República Rodrigo Janot negaram a existência do acordo.

[Papo Reto]: o golpismo está sendo televisionado

Texto do Levante Popular:

Nos últimos dias vivenciamos mais uma tentativa de golpe das elites brasileiras ao Estado Democrático de Direito, e no fundo um golpe no povo brasileiro. Mas como assim golpe? Não era apenas um procedimento jurídico para apurar a corrupção? Não, não era. Pra desmentir esta farsa jurídica vários ministros, advogadas/os e professores de Direito já emitiram notas, escreveram textos explicando por A + B os excessos cometidos pelo famoso juiz Sérgio Moro. Mas de onde vem tanta força desse juiz? Por que ele tem esse poder de armar um verdadeiro 'circo', com centenas de policiais para criar um clima de guerra, de prisão de líder de grupo terrorista?
Até bem pouco tempo atrás não sabíamos quem era Sérgio Moro, mas um setor das elites brasileiras fez direitinho seu trabalho: a mídia! Em especial a rede Globo que dedica algumas horas de sua programação diária para destacar noticias vindo da operação "Lava-jato", plim plim por plim plim, buscando criar um clima de guerra, por que finalmente "descobrimos quem inventou e quem opera a corrupção no país: o PT". Falando assim a gente até parece concordar, afinal nunca se sabe de onde veio e pra onde foi as grandes quantias de dinheiro do povo brasileiro desviado pelas elites desde os tempos do Brasil Império, e agora... sabemos! Esta é a sensação que a 'grande mídia' quer construir na população, e de que o grande responsável pelo combate à corrupção seria o juiz Sérgio Moro, uma espécie de herói, paladino da justiça. Contudo, esse ímpeto do Juiz Moro, só se aplica nos segmentos políticos em que há interesse desconstituir. As suspeitas que envolvem os tucanos, não são dignas de investigação, pelo aparato jurídico-policial, e não são dignas de espetacularização pela mídia. Basta lembrar que Aécio Neves já foi citado em 3 delações diferentes, e qual a repercussão que isso teve?

Nunca é demais nos perguntarmos: quem são os donos da mídia? Quem escolhe o que vai ser transmitido para pelo menos 150 milhões de pessoas ao mesmo tempo? Há anos os movimentos populares vêm denunciando a concentração da mídia nas "mãos" de 9 famílias no Brasil e de como estas famílias interferem no poder político. Uma família em especial atua como o quarto poder: os Marinho. Os comandantes das organizações Globo estiveram junto com os militares na ditadura, acobertando suas atrocidades. Após a redemocratização foram decisivos em todos os pleitos eleitorais, em especial na eleição de 1989, quando promoveram a famosa trapaça no debate entre Lula e Fernando Collor (veja aqui). A Globo sempre atuou no sentido de criminalizar toda forma de protesto e manifestação democrática que ferisse os seus interesses, das jornadas de junho até as ocupações das escolas em São Paulo.

Em síntese, não se trata de imprensa, mas de uma empresa que atua incisivamente na definição dos rumos do nosso país, sempre em favor de seus interesses, e da elite à qual representa. Portanto, o que estamos vendo na cobertura da operação Lava-Jato, não é a transmissão de uma informação, mas a construção de uma narrativa que convença a população de que alguns atores políticos podem ser eliminados, mesmo que isso viole as regras do jogo constitucional.

Independentemente das criticas que possam ser feitas a Lula, e ao projeto que ele representa, inclusive pela incapacidade de avançar na desconstituição do oligopólio da mídia, ao qual hoje o próprio Lula é vítima, não se pode deixar de denunciar que o que está em curso é a constituição de um Estado de exceção. Essa mesma operação jurídica-midiatica que hoje se abate sobre o Lula, poderá ser utilizada para criminalizar todas as expressões progressistas e populares em nosso país. A isso que estamos chamando de golpe.

O grande intelectual e militante Florestan Fernandes nos ensinou que as elites brasileiras nunca foram a favor da democracia, elas tem um sistema de Poder próprio, que exclui a classe trabalhadora de qualquer decisão. A este modo de operar das elites Florestan chamou de 'autocracia burguesa', um sistema que envolve os latifundiários do agronegócio, os banqueiros, os donos de indústria e os donos da mídia. Em momentos de crise de Poder estas elites buscam definir os rumos do país sem se preocupar e nem consultar a população e nem respeitar as instituições da democracia. E para combater esta autocracia burguesa é necessário unificar todo o povo brasileiro, fazer grandes manifestações de rua, organizar-se por território e disputar corações e mentes. Uma boa briga que quebra um desses alicerces do poder da burguesia é: construir nossos próprios meios de comunicação e lutar pela democratização do acesso à comunicação!


Coletivo Nacional de Comunicação do Levante Popular da Juventude

'Exploração imoral revela armação sobre Lula'

Por Fernando Brito, do Tijolaço - A assessoria de imprensa da Operação Lava Jato – isto é, a Globo e o Estadão – forneceu ontem, na noite de um pacato domingo, munição para a continuidade da violação da privacidade de Lula, ao providenciar, na forma de vazamento oficial, a íntegra do relatório do delegado que chefiou a perigosíssima missão de "condução coercitiva" do ex-presidente, em papel timbrado e tudo.
Uma vergonha, porque se trata da narrativa de acontecimentos passados dentro de uma residência particular e porque revela que houve menos preocupação em colher o depoimento do ex-presidente do que em criar uma operação de impacto na mídia, com evidente finalidade político-propagandístico, e com riscos que beiram a temeridade.
Por ela, porém, fica-se sabendo de muita coisa significativa.
A primeira é de que o ex-presidente não se recusou a prestar depoimento. E no mesmo momento em que recebeu os policiais.
A desculpa de que ali não haveria condições de segurança se a ação fosse conhecida é falsa como uma nota de três reais.
A própria Polícia Federal tomou as providências para que a ação fosse do conhecimento da imprensa, ao autorizar, na madrugada, o repasse de informações a seu agente, digo, ao editor da Época, para que a anunciado de forma cifrada, que ela aconteceria ao amanhecer.
É igualmente prova disso o fato de a Folha de S. Paulo ter mantido, durante a madrugada, um carro de reportagem diante do prédio onde reside Lula. É óbvio que esperavam a ação e só haveria uma fonte possível para dar-lhes essa informação: o conjugado PF/MP.
Era apenas a cobertura necessária a que se alegassem as tais "razões de segurança", ainda mais porque a rua onde vive o ex-presidente é facilmente interditável e qualquer pessoa poderia ser mantida à distância do prédio, que dirá de seu 13º andar.
A segunda informação é a de que o ex-presidente foi levado a uma instalação militar: o salão de embarque presidencial de Congonhas. E uma instalação sem segurança alguma onde, aí sim, poderia ter havido um lamentável confronto e, pior, um confronto envolvendo militares da Aeronáutica, que fazem a guarda do local.
Explico, porque conheço este salão. É colado à pista lateral da Avenida Washington Luís, descendo uns 200 metros da entrada do aeroporto, pela mesma calçada. Trata-se de um salão totalmente envidraçado – fragilíssimo, portanto – sem portão que lhe vede o acesso: apenas um pequeno recuo em pista para permitir a parada de automóveis e uma gradezinha que guarnece o canteiro desta "ilha" de desembarque. 50 pessoas, ali na frente, causariam um tumulto dos diabos, quem sabe até com apedrejamentos às vidraças.
Quem sabe o confronto com a "turba" que ataca uma instalação militar?
A imagem está aí e, clicando nela, você a verá ampliada e julgará sozinho sua "invulnerabilidade".
Mais provocação: trata-se de uma instalação que, além de não ser policial, é diretamente vinculada ao serviço presidencial. Não pode ser ocupada por policiais federais sem ordem de seus responsáveis, diretamente subordinados à Presidência da República.
Mas a melhor informação, aquela que mais valor político tem, é a de que Lula não lhes abaixou a cabeça e disse que só algemado seria levado de sua casa.
É ela que demonstra que o espírito do ex-presidente não está abatido, como se veria horas depois em suas falas.
E só alguém com a cabeça erguida é capaz de fazer o povo levantar a cabeça.
Preparem-se, meus amigos e amigas.
Será uma semana de produção incessante de "escândalos", como o que faz hoje o Estadão com o fato de um imóvel vizinho ao de Lula ter sido comprado por um amigo e alugado a ele. Qual é o problema, se o proprietário confirma que o aluguel lhe é pago por Lula?
Não se publicou ou publicará uma linha sobre o fato de Mirian Dutra, pessoa que privava de total intimidade de Fernando Henrique Cardoso dizer que são dele, de fato, os apartamentos em Nova York e o famoso imóvel da Avenue Foch, em Paris, como revelou o Diário do Centro do Mundo.
Para a Gestapo, digo, a Polícia Federal só importa Lula, o judeu.

Paulo celebra a Data Magna e recebe propostas da Comissão do Bicentenário de 1817


O governador Paulo Câmara comandou, nesta segunda-feira (07.03), no Palácio do Campo das Princesas, solenidade em comemoração à Data Magna de Pernambuco, marcação que enaltece a Revolução de 1817. A celebração foi instituída em dezembro de 2007, pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), através da Lei nº 13.386, para destacar, em 06 de março, o movimento que prenunciou a Independência do Brasil. Além de recuperar recortes da história revolucionária dos brasileiros, o ato promove o resgate do espírito combativo do povo pernambucano. Após o hasteamento das bandeiras do Brasil, de Pernambuco e da Insígnia do Governador, o gestor se reuniu com a Comissão Organizadora do Bicentenário de 1817, onde foram apresentadas propostas para as festividades, que ocorrerão em 2017, dos 200 anos do levante estadual.

"No ano passado, constituímos uma comissão para conduzir os trabalhos dessa celebração. E, a partir de hoje, nós começamos efetivamente os preparativos para a comemoração. Falta um ano para a data e a gente quer fazer uma série de eventos que lembrem o esforço que foi feito por um Brasil independente, mais igual e que alcance a todos", explicou Paulo, frisando ainda: "Pernambuco iniciou essa jornada, e temos que comemorar. Muitas pessoas lutaram por um Estado mais justo e por um Brasil menos desigual".

Na reunião com o colegiado, instituído pelo Decreto 41.531/2015, o governador recebeu um documento contendo sugestões para o evento. Entre as proposições apresentadas estão a valorização da insurreição no conteúdo programático da disciplina de História da rede pública estadual, realização de concurso de redação para o Ensino Médio e produção acadêmica para nível superior. Além disso, foi sugerida a criação de um roteiro educativo, com visitas guiadas para estudantes, a publicação de textos extraídos de acervos locais, a realização de exposições, a criação da Sinfonia do Bicentenário e a organização de um seminário nacional em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

Além das atividades culturais e educativas, o grupo propôs a recuperação de edifícios históricos, a exemplo da sede do Arquivo Público de Público Estadual, onde foram presos os líderes da revolta. Além do órgão, outros monumentos ganharão novas placas de identificação. O presidente da comissão, o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, destacou a relevância do levante realizado em 1817, pontuando que o movimento teve um caráter diferente de outros episódios separatistas para a Independência do Brasil, em 1822. "Os historiadores são unânimes em afirmar: se o Brasil teve uma revolução, foi a de 1817, onde Pernambuco, de forma pioneira, deu o seu grito de independência e implantou a sua república", sublinhou o gestor.

A comissão é formada por Marcelo Canuto, secretário executivo da Casa Civil; José Luiz da Mota Menezes e Margarida de Oliveira Cantarelli, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP); os deputados estaduais Ricardo Costa e Tony Gel; José Barros e Lúcio Rodrigues, representantes do Ministério da Cultura;  Maria Quintas e Nilzardo Carneiro Leão, da Academia Pernambucana de Letras;  Frederico Farias Neves e Marco Vinícius, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);  Lêda Alves e Betânia Corrêa, da Prefeitura do Recife; Lucilo Dourado e Clarice de Melo, da Prefeitura de Olinda; e Maria Cristina Albuquerque e Paulo Santos, do Comitê Pernambuco 2017. 

A solenidade contou com as presenças do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Leopoldo Raposo; do presidente da Alepe, o deputado estadual Guilherme Uchoa; dos secretários Pedro Eurico (Justiça e Diretos Humanos), Frederico Amâncio (Educação), César Caúla (Procuradoria), Alessandro Carvalho (Defesa Social), Ennio Benning (Imprensa), e Silvia Cordeiro (Mulher); do Defensor Público, Manoel Jerônimo; e da presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), Terezinha Nunes, autora da lei que instituiu a Data Magna. Participaram ainda o comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), coronel Carlos D´Albuquerque; o chefe da Polícia Civil, o delegado especial Antônio de Barros; o comandante dos Bombeiros, Manoel Cunha; e o chefe da Casa Militar, o coronel Eduardo Pereira.

HISTÓRIA – Liderada por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrade e Silva e do Frei Caneca, a Revolução Pernambucana de 1817 foi um levante de caráter emancipacionista, com o objetivo principal de promover a libertação brasileira da opressão da Corte Portuguesa. Os revolucionários planejavam implantar um regime republicano no Brasil e elaboração de uma Constituição. Inspirados pelas ideias iluministas, instalaram um governo provisório.

Dois meses após seu estopim, o movimento foi sufocado pelas tropas portuguesas, que cercaram a cidade do Recife por terra e mar, culminando com as prisões e as mortes de seus líderes. Mesmo derrotada, a revolução perpetuou ideias e colaborou com a Independência do Brasil, proclamada apenas cinco anos depois do levante pernambucano. Em 1917, no centenário da Data Magna, foi feriado nacional. 

"Essa é uma data muito importante para a população, pois nós estamos dando continuidade aos preparativos para os 200 anos da revolução de 1817. Nós temos que manter viva essa data, que marcou Pernambuco como um Estado de ideias libertárias, e um Estado em favor do Brasil", afirmou o governador Paulo Câmara. "Nós temos preservar e divulgar a nossa história para as próximas gerações", completou.