quinta-feira, 26 de maio de 2016

MICROCEFALIA: Representantes do Ministério da Saúde participam de Forum Materno-Infantil em Garanhuns‏‏




Aconteceu na terça-feira, 24, no auditório da CODEAM, em Garanhuns, agreste de Pernambuco, o II Forum Materno-Infantil, realizado pela V Gerência Regional de Saúde, e com a presença de representantes dos 21 municípios da jurisdição. Este ano, o Forum deu especial atenção ao debate sobre Microceflia, e contou inclusive com representantes do Ministério da Saúde, a exemplo da Dra. Aline Lima, que ministrou palestra sobre Pré-Natal e mediou apresentações.

A Dra. Catarina Tenório, Gestora Regional de Saúde, presidiu a Mesa de Abertura dos trabalhos, que seguiu com outras apresentações, como a de Dra. Caroline Gonçalves, Neonatologista e profª do Curso de Medicina da UFPE/Caruaru. Dra. Madalena Monteiro, Pediatra da Gerência de Saúde da Criança da Secretaria Estadual de Saúde, versou sobre a Importância da Puericultura.

Tendo o Hospital Regional Dom Moura como referência regional, três profissionais apresentaram em conjunto a Palestra: Uma Visão Multiprofissional no Atendimento aos Pacientes com Microcefalia: Dra. Tereza de Cárcia Resende, Coordenadora da Fisioterapia do Hospital, Dra. Kilma Fifelix, Psicóloga e Mestranda em Saúde Mental. A elas, juntou-se a Dra. Mônica Almeida, do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS - APS Garanhuns.

Diversas autoridades na área participaram do evento, a exemplo de secretários de Saúde, Ana Cláudia Mendonça (Águas Belas), Cléber Gewehr (Capoeiras), Roseli Lira (Grupo Condutor da Rede Cegonha), Izeni Pimentel (Coordenadora Regional Mãe Coruja), Dr. Aluísio Gomes (Padiatra do HRDM), dentre outros.

FORUM MATERNO-INFANTIL / MICROCEFALIA

O Fórum é um espaço colegiado estimulado pelo Ministério da Saúde e SES/PE e tem como objetivo apresentar, discutir e pactuar propostas para organizar uma rede de cuidados integral e humanizada de atenção a mulheres e aos recém­-nascidos, favorecendo o acesso às práticas de saúde que defendam e protejam a vida.

O II Fórum tratou da temática ligada à Microcefalia, considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a importância desses casos em todo o Mundo.

NÚMEROS REGIONAIS

Desde outubro de 2015, Pernambuco teve o aumento dos casos de Microcefalia em todas as Regiões, e o esta ocorrência se deu pela transmissão vertical do Zika virus, gerando lesões cerebrais nas crianças.

Atualmente na V Região de Saúde existem 169 casos notificados dos quais 146 estão descartados, 13 casos continuam em investigação (1 nascido morto, 1 óbito infantil e 1 intraútero e 10 em investigação clínica) e 9 casos confirmados.

São parceiros para que as crianças notificadas sejam atendidas mais próximas de sua residência, e consequentemente de forma mais rápida na região; a Gerência Regional de Saúde; as Secretarias Municipais de Saúde, o Hospital Regional Dom Moura e a UPAE Dr. Antônio Figueira, em Garanhuns.

Estiveram presentes no II Fórum Materno e Infantil da V Região de Saúde os Secretários de Saúde, Profissionais de Saúde da Região, Gerente e coordenações da GERES, representante da Gerência de Saúde da Criança e da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde, além de representantes do Ministério da Saúde.

Paulo empossa novos secretarios no Executivo estadual

O governador Paulo Câmara oficializou três alterações na sua equipe, nesta quinta-feira (26.05), em uma solenidade no Palácio do Campo das Princesas. Acompanhado da primeira-dama Ana Luiza Câmara, de auxiliares e de correligionários políticos, o gestor empossou os novos secretários da Fazenda, Marcelo Barros; de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni; e de Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual afirmou que as mudanças foram necessárias e garantiu que os recém-chegados vão fortalecer o trabalho que já vem sendo desenvolvido.
"Os novos secretários têm a responsabilidade de continuar o trabalho de seus antecessores e agregar valor a nossa equipe. Nós temos muitos projetos para tirar do papel, o que vai exigir de todos um esforço muito grande", pontuou o governador. Paulo explicou que a escolha dos gestores está relacionada com a capacidade técnica, o nível de perseverança e também a confiança política. "Eles precisam estar determinados e, ao mesmo tempo, conscientes que nós temos uma forma de governar diferenciada. Essa atividade exige não só habilidade técnica, mas também sensibilidade política", grifou.

Armando: “Pernambuco está sem rumo, sem liderança”

Do blog de Magno Martins 

O senador Armando Monteiro (PTB) creditou o esgotamento do Pacto Pela Vida, os problemas na saúde pública e a descontinuidade de obras no estado à falta de comando do governador Paulo Câmara (PSB). Em entrevista ao Programa Frente a Frente, na noite de ontem, ele disse que Pernambuco vive um momento de baixo astral e de desgoverno, que foram desencadeados após a morte do ex-governador Eduardo Campos. “Está sem rumo, sem lideranças. Esse é o sentimento. Problemas todos os estados têm e, devo reconhecer que há uma crise econômica no país, mas o que se verifica hoje em Pernambuco é uma falta de presença do governo”, afirmou o petebista.
Mais distante das questões locais quando assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando anunciou que voltará a fortalecer a presença da oposição ao socialista. O senador alfinetou ainda o partido do governador ao destacar que, embora o PSB tenha vetado a ocupação de cargos no governo interino de Michel Temer (PMDB), o ex-líder do PSB na Câmara, Fernando Filho, assumiu o Ministério de Minas e Energia.
Armando Monteiro falou ainda sobre a meta fiscal aprovada na última segunda-feira pelo Congresso. Favorável à medida, ele disse que o reajuste foi necessário para evitar que o país ficasse impedido de gastar, o que paralisaria a máquina pública. Mas criticou a maneira, segundo ele, capciosa, que o déficit do governo de Dilma foi apresentado à população. Confira a entrevista na íntegra:
Há possibilidade da volta da Dilma?
Eu diria que essa probabilidade é menor porque a votação no senado já espelhou uma situação, quando os 55 senadores votaram pelo afastamento, mas, embora pouco provável, essa hipótese não pode ser descartada. Por que? Porque o governo em exercício, que ainda é provisório, não tem a legitimidade. O presidente interino era vice, não foi votado como presidente. Se o governo se desempenhar bem, se responder às expectativas criadas e se a Lava jato, que hoje é o grande problema do Brasil e que a cada dia revela algo novo, e, sabendo que existe um núcleo do PMDB que desde o início aparece frequentemente nesse processo, surgir algum fato político mais relevante, é possível que até a votação alguns senadores mudem de posição. É possível, embora eu deva reconhecer que é menos provável.
Agora, senador, devemos lembrar que há um processo correndo no Tribunal Superior Eleitoral sobre as contas de campanha que pode também caçar a chapa e atingir o Temer
Essa hipótese, segundo as avaliações, suscitará no próximo ano. Como você lembrou, poderá atingir o presidente em exercício porque a interpretação é de que as contas não podem ser separadas, não podem ser individualizadas. Esse fato pode ocorrer, mas mais adiante.
Eu sei que a votação de anteontem foi por aclamação, mas na questão da meta fiscal contou com seu voto, não é?
O que acontece do ponto de vista do orçamento é o seguinte: se você não votar o ajuste da meta é como se você ficasse proibido de gastar, você iria parar o pais. Você deve lembrar o que aconteceu nos Estados Unidos, quando o Congresso não atualizou a meta e o estado americano ficou sem poder pagar nada. Eu não poderia, de forma alguma, contribuir para uma coisa dessa. Agora devo lhe dizer que os atuais governistas insistem em dizer que esse déficit ampliado é um rombo deixado pela presidente Dilma e isso não é verdade.
O que o governo faz agora é criar uma margem para gastar mais, porque houve uma queda na arrecadação, mas, por outro lado, o governo está incluindo uma série de gastos com obras, com ações do governo que eles querem ampliar. Mas é uma forma capciosa que isso está sendo apresentado à população. Isso é apresentado como um rombo ampliado do governo anterior, mas, na verdade, é um cheque em branco que eles estão querendo que se dê para eles gastarem mais. Usam o gasto ampliado para ver se reanima a economia. Eu votaria favoravelmente, eu digo nominalmente – não votei porque a votação foi por aclamação – porque eu não poderia contribuir para paralisar a máquina pública do Brasil
Política em Pernambuco. O senhor vai voltar, vai se debruçar na campanha lá?
Vamos estar totalmente engajados no processo da eleição municipal. Existem 76 pré-candidatos a prefeito do PTB e, se você incluir as legendas aliadas, estaremos acompanhando mais de 90 candidaturas no estado. Isso vai exigir nossa presença para que tenhamos fortalecido essa presença do partido e dessas forças que situam no nosso campo político.
Isso é muito necessário porque o que assiste hoje no estado é um quadro de desgoverno, de falta de rumo. Pernambuco está sem rumo, sem lideranças. Esse é o sentimento. Problemas todos os estados têm e, devo reconhecer que há uma crise econômica no país, mas o que se verifica hoje em Pernambuco é uma falta de comando, de presença do governo. Veja a escalada da criminalidade em Pernambuco, como o Pacto Pela Vida dá sinais de total esgotamento, o desaparelhamento da polícia, as dificuldades relacionadas com financiamento das atividades de segurança, as crises do sistema prisional e penitenciário, as mazelas de saúde, a ausência de profissionais nos postos e nas UPAs, a falta de medicamento de uso continuado, a dificuldade para se fazer as cirurgias eletivas e os problemas da UTIs. Há um quadro na saúde pública muito preocupante. E também a descontinuidade de obras. Algumas delas tiveram a total contrapartida de recursos federais e se arrastam porque o estado não tem condições de aportar os recursos. Sem deixar de dizer que, mesmo aumentando imposto, e o estado fez isso ao aumentar o ICMS em muitos produtos, ainda assim o que se verifica é que não tem recursos para financiar atividade essenciais.
Pernambuco precisa de oposição, de fiscalização. Não é oposição ao estado. Eu, por exemplo, no Senado, tenho obrigação de apoiar tudo que for de interesse do estado, mas é preciso que se fortaleça a presença fiscalizadora da oposição em Pernambuco, que deve cobrar as ações do governo, exigir que a ação governamental possa atender o interesse da população
Essa situação em que o estado chegou... O estado está numa situação difícil ou porque governador é incompetente?
Não gosto de fazer juízos pessoais. O que há é um desgaste muito acentuado da administração, que está evidente nas pesquisas que temos em todas as regiões de Pernambuco. O que que verifica é um déficit de liderança. É como se de repente o estado não tivesse um rumo claro
Ficou tonto depois da morte de Eduardo?
Acho que a presença, a dimensão, onipresença do ex-governador Eduardo Campos fez uma imensa falta a esse conjunto, ao sistema político no estado. O que se verifica é um vácuo, um vazio de lideranças e isso acarreta um preço. Por exemplo, a voz de Pernambuco no cenário nacional. As ambiguidades da própria posição assumida pelo partido a que pertence o govenador nesses episódios recentes do impeachment, e daquilo que se conformou com essa nova situação de poder no brasil.
Veja, por exemplo, que assistimos situações curiosas em que vetos foram feitos a figuras do próprio partido do governador. E tinha um político mineiro que dizia o seguinte: Veto só pode ser apresentado quando você tem certeza que vai prosperar, porque quando não prospera, é um desastre. Então ficou o registro do veto e o veto de nada adiantou. Faço esse registro menos para falar de pessoas e muito mais para traduzir um sentimento que está presente na população de Pernambuco, que é a constatação de que Pernambuco vive um momento de baixo astral, de falta confiança na liderança e isso nós temos que registrar.

Jornais terão que divulgar fotos de crianças desaparecidas

No Dia Mundial da Criança Desaparecida (25 de maio), a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei Nº 694/2016, de autoria do deputado estadual Lucas Ramos (PSB), que obriga os jornais sediados em Pernambuco a divulgarem semanalmente fotos de crianças e adolescentes desaparecidos. O PL segue para sanção do governador Paulo Câmara.

De acordo com Lucas, a proposta reforça a função social dos jornais. “Os veículos impressos desempenham um papel importante na nossa sociedade e a divulgação dos desaparecidos vai ajudar na resolução destes casos”, afirma o parlamentar. Em Pernambuco, 922 crianças desapareceram entre os meses de janeiro e abril. Em 2015, o número chegou a 2.841. “Quando a imprensa traz o assunto ao público e a sociedade ajuda com informações, fica mais fácil para a polícia encontrar estes jovens”, justifica.

A proposta prevê a disponibilização de um espaço fixo e semanal para veiculação das imagens. Também deve ser divulgado o número do Disque Direitos Humanos (que atende pelo número 100) e a data do desaparecimento. “Queremos evitar que as famílias sofram a angústia de não saber o paradeiro de seus entes. E quando temos crianças e adolescentes envolvidos, o drama é maior”, comenta Lucas Ramos.

O Projeto de Lei determina que as imagens ocupem, no mínimo, um oitavo de página do jornal. As empresas que não cumprirem a norma serão multadas em até R$ 20 mil, dependendo do porte do veículo, circunstâncias da infração e reincidência.

Paulo empossa novos secretários nesta quinta

O governador Paulo Câmara empossa nesta quinta-feira (26.05), às 11h, no Palácio do Campo das Princesas, os novos secretários da Fazenda, Marcelo Barros, de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, e de Micro, e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença.

Seguem breves perfis dos novos secretários:

Márcio Stefanni:
Márcio Stefanni, advogado, é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Paraibano de nascimento, cresceu no município de Petrolina, no Sertão pernambucano. Funcionário concursado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde 2002, lotado na sede da instituição, no Rio de Janeiro, exerceu os cargos de técnico do Departamento de Desenvolvimento Urbano (Deurb), coordenador do Departamento de Operações Sociais (Depos), assessor da área de Crédito e Inclusão Social e assessor da presidência. No Governo de Pernambuco, antes de assumir a Secretaria da Fazenda, Márcio presidiu a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD-Diper), entre fevereiro de 2011 e novembro de 2012, e foi secretário de Desenvolvimento Econômico de novembro de 2012 a dezembro de 2014, período em que acumulou a presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape. Stefanni estava na Secretaria da Fazenda desde janeiro de 2015.

Alexandre Valença:
Alexandre Valença é engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi diretor-superintendente da Indústria Metalgráfica Matarazzo S. A, com jurisdição sobre as fábricas do Recife (PE), Fortaleza (CE) e Teresina (PI). Exerceu o cargo até outubro de 1995. Em 1988, fundou a Indústria Metalúrgica UTIPEC – Utilidades Agropecuárias Ltda, a qual dirige até o momento como diretor-presidente. Entre 2003 e 2006, foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Atualmente, Valença é presidente do Sindicato da Indústria Metal-Mecânica (Simmepe), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e conselheiro do Sebrae Pernambuco.

Marcelo Barros:
Marcelo Barros é economista e mestre em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco e professor na Universidade de Pernambuco e na Faculdade Boa Viagem. Atua ainda como consultor e pesquisador nas áreas de economia regional e finanças públicas, possuindo no currículo publicações nacionais e internacionais. Entre 2009 e 2010 foi secretário de Finanças da Prefeitura do Recife e atuou como superintendente técnico da Secretária da Fazenda de Pernambuco nos dois anos seguintes e assumiu a Secretaria de Finanças de Ipojuca em 2013. Está no comando da Perpart desde março de 2015.

Uma afronta aos educadores e educadoras brasileiros

Tudo tem limite, diz o velho ditado popular. Porém, nessa semana chegamos a seguinte conclusão: o governo interino não tem limites. Aliás, não tem limites, pudor, ética, vergonha e por aí adiante...
Primeiro, as revelações de Jucá. Trata-se de uma confissão indubitável da farsa golpista que não compromete apenas o senador, seu grupo político (seria mesmo um grupo?) e os conspiradores do golpe. Atinge o sistema de justiça; confirma a participação descarada da imprensa golpista no processo fajuto; aponta para um "eles", o PSDB (o partido que perdeu as eleições e não aceita a derrota) e, finalmente, compromete o interino. Afinal, segundo Jucá, Temer foi citado como se tivesse sido consultado a respeito da criação de um "pacto" cuja finalidade seria acalmar a sociedade (qual sociedade?) que estava angustiada com os efeitos da Operação Lava Jato. Aliás, diga-se de passagem, o jornal alemão Ziet, comentando o escândalo das gravações perguntou, referindo-se ao governo ilegítimo: “regierung oder gangsterbande?” Tradução: Governo ou gangsters?
Depois, os áudios vazados de Renan e Sarney: velhacas (como dizia Ulisses Guimarães) raposas que operam no obscurantismo. Todos a confirmar o verdadeiro motivo do golpe: apear a presidenta Dilma do poder para que os usurpadores rifem o país. E tudo sob os auspícios das ninfas supremas. Não há como negar o óbvio ululante!
Agora, como se não bastassem tantas patifarias em série, vemos estampados nos sites de notícia a informação da audiência do ministro da (des)educação (um sujeito cujo currículo não seria, por mérito, nem diretor de escola), com um ator pornô.
Não sou moralista como essa trupe conservadora que impediu recentemente, por exemplo, a distribuição pelo Ministério da Educação de material sobre educação sexual para a escolas. Não tenho nada contra atores pornô. Porém, o novo conselheiro do ministro da (des)educação há algum tempo atrás notabilizou-se por fazer apologia ao estupro em plena rede nacional de TV. Realmente, deve ser um grande especialista em educação do  governo interino!
O que vimos hoje é uma abissal afronta aos educadores e educadoras desse país. Um país cujo sistema educacional precisa de mais atenção, investimento e respeito por parte dos governantes e que recebe, deste (des)governo um tapa na cara despudorado.  
Indignação é insuficiente para expressar o sentimento diante de tamanha afronta. A organização que tomou o país está nos fazendo de otários; abusa da nossa paciência; provoca-nos cotidianamente. Apoiado por um oligopólio midiático-golpista que esconde, seleciona, manipula e mente acerca dos desmandos cotidianos, o governo interino tripudia o tempo todo dos milhões de brasileiros.
Uma coisa é certa: em pouco mais de uma semana temos certeza que se trata do governo mais medíocre e tacanho da história deste país.
Tudo tem limite!
Robson Sávio Reis Souza
Doutor em Ciências Sociais e professor da PUC Minas.

O novo homem bomba

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
Sérgio Machado, o novo delator da praça, é um exemplar típico do "homo brasiliensis". Filho de político, dono de uma emissora de TV, não teve dificuldade para comprar a entrada no Congresso.
Começou no PMDB, elegeu-se deputado e senador pelo PSDB e voltou ao partido de origem para disputar o governo do Ceará, em 2002. Derrotado nas urnas, recorreu à proteção de amigos para continuar no poder.
Assim que o PT chegou ao Planalto, o senador Renan Calheiros o indicou para presidir a Transpetro, a subsidiária de transportes da Petrobras. Machado chefiou a estatal por 12 anos. Só caiu em fevereiro de 2015, depois de sucessivas licenças para tentar escapar do foco da Lava Jato.
A tática da submersão não deu certo. Os procuradores continuaram a cercá-lo, acumulando indícios de corrupção. Quando a prisão se tornou iminente, o peemedebista resolveu virar delator. Pôs um gravador no bolso e saiu à caça de frases que comprometessem os padrinhos.
Sua primeira gravação derrubou o senador Romero Jucá do Ministério do Planejamento. Nesta quarta (25), surgiram novas fitas envolvendo Renan e o ex-presidente José Sarney. Investigadores dizem que é só o começo. Machado teria produzido mais provas contra políticos de diferentes partidos.
Embora o principal alvo seja o PMDB de Michel Temer, PSDB e PT não têm muito o que comemorar. Na conversa com Jucá, Machado afirma que o tucano Aécio Neves será "o primeiro a ser comido" pela Lava Jato.
Em outra gravação entregue ao Ministério Público, Sarney diz ao ex-presidente da Transpetro que Dilma Rousseff estaria "envolvida diretamente" num pedido de doações à Odebrecht. Não é possível saber a que campanha ele se refere.
O novo homem-bomba conhece os segredos de mais gente em Brasília. O ex-senador Delcídio do Amaral disse que sua delação vai "parecer a Disney" perto do que Machado ainda tem a revelar. Pelo clima de tensão na capital, ele pode estar certo.

Possibilidade de novos áudios preocupa gestão Temer



Folha de S.Paulo - Valdo Cruz e Gustavo Uribe
Assessores do presidente interino, Michel Temer, relatam um clima de apreensão no governo depois de receberem a informação de que o Ministério Público pode ter mais gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado reforçando suspeitas de que a cúpula do PMDB estaria atuando para tentar brecar a Operação Lava Jato.
Como "vacina", auxiliares de Temer defendem que ele se blinde de potenciais dores de cabeça e afaste em até 30 dias ministroscitados na Operação Lava Jato ou que respondam a acusações judiciais, como Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Maurício Quintella (Transportes).
Alves é alvo de dois pedidos de inquérito, ainda sem aval da Justiça, por suposto envolvimento no esquema de desvios ligados à Petrobras. Quintella (PR) é suspeito de participação em desvios de verba destinados ao pagamento de merenda escolar em Alagoas. Ambos negam as acusações.
Segundo informações obtidas pela equipe de Temer, as gravações divulgadas até agora pela Folha seriam apenas parte do material entregue por Machado à Procuradoria-Geral da República, com quem ele fechou uma delação premiada, homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Nas palavras de um assessor presidencial, o que preocupa o governo interino é o "fator do imponderável" sobre novas denúncias e a possibilidade de novos áudios causarem debandadas na base aliada às vésperas de votações de medidas econômicas no Congresso.
Na segunda-feira (23), no mesmo dia da divulgação de gravação do ex-ministro Romero Jucá (Planejamento) com Machado em que ele sugere um pacto para barrar a Lava Jato, o PV anunciou posição de independência no Congresso. O receio é que partidos como PSDB e DEM repitam o gesto caso as denúncias se aproximem do presidente interino.
Para um aliado do presidente interino, alguns auxiliares terão de se sacrificar para evitar que se tornem "tetos de vidro" de uma administração que tem um prazo curto para provar que pode continuar à frente do país, já que o processo de impeachment de Dilma Rousseff deve ser finalizado até setembro.
Além da gravação entre Jucá e Machado, a Folha revelou gravações do ex-presidente da Transpetro com o presidente do Senado,Renan Calheiros(PMDB-AL), e o ex-presidente José Sarney.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Relógio de Janot volta a mostrar precisão política

Há algum tempo o Brasil já sabe que tanto o procurador-geral Rodrigo Janot como o juiz Sergio Moro acertam seus relógios com o tempo político.
Esta cronometria reaparece agora na divulgação da gravação da conversa entre o senador e ex-ministro Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A conversa expõe a trama do impeachment como operação destinada a produzir, com a troca de Dilma por Temer, as condições para um acordão para estancar a “sangria” da classe política pelas investigações da Lava Jato.   A conversa foi gravada no início de março e chegou no mesmo mês às mãos de Janot. Ele não se incomodou com o que ouviu, inclusive com este trecho em que Jucá diz a Machado: "Se é político, como é a política. Tem que resolver esta porra (sic). Tem que mudar o governo para poder estancar esta sangria."
Janot sabe ler, ouvir e compreender.  Ninguém duvida de seu QI. Se quisesse,  poderia ter agido para impedir que a trama fosse consumada e Dilma afastada pela acusação, que não convenceu o mundo,  de ter cometido crime de responsabilidade com medidas contábeis: pedaladas e decretos.
Se alguns senadores – não falemos em deputados pois boa parte deles não desobedeceria a Eduardo Cunha – tivessem tido conhecimento das conversas Jucá-Machado antes do dia 11 de maio, poderiam ter mudado seu voto. E indicador disso é o fato de que Cristovam Buarque (PPS-DF) e José Antonio Reguffe (Rede-DF), que votaram a favor da abertura de processo que levou ao afastamento de Dilma do cargo,  foram signatários, com outros doze senadores (do PT, PDT e PC do B),  da representação ao PGR pedindo abertura de investigação sobre o conteúdo da conversa.
O relógio de Janot acertou-se com precisão à marcha do impeachment no Congresso. A gravação ficou guardada até passar o dia 17 de abril, quando a Câmara aprovou a autorização da abertura do processo, e até 11 de maio, quando houve a votação do Senado. E foi aparecer agora, dez dias depois da posse de Temer.
Em muitas ocasiões o relógio do procurador exibiu sua fina sintonia política. Naquela mesma semana que antecedeu a votação na Câmara, sete políticos do PP foram indiciados. E o partido, que poderia ter entrado para o governo e garantido os votos que faltavam a Dilma, desistiu dos ministérios que receberia e acabou optando pela outra operação – a troca de governo como medida para estancar a sangria.
O relógio de Sergio Moro tem sintonia finíssima e naqueles mesmos dias mostrou sua perfeição ao fazer vazar (com autorização da Janot, que estava na Europa) o áudio da conversa Lula-Dilma que fez a crise politica ferver e levou ao impedimento da posse de Lula como ministro, num momento crucial de montagem da defesa do governo,  por força da liminar do ministro Gilmar Mendes. Afastada Dilma, o STF decidiu que a ação perdeu o objeto, não sendo necessário julgar a liminar. Os advogados de Lula ontem contestaram a ordem de arquivo: querem o reconhecimento de que ele foi ministro de Dilma desde a nomeação até o afastamento dela, não tendo podido apenas exercer o cargo por decisão do STF. Não por capricho mas porque isso tem consequências jurídicas.

Gravado, Renan diz: "Todos estão putos com ela"



Em conversa gravada por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dizia ser inviável a permanência da presidente Dilma Rousseff no poder: "todos estão putos com ela", afirmou, em referência aos ministros do STF.
Nos áudios, Renan também defendeu mudanças nas leis das delações premiadas de forma a impedir que um preso se torne delator, artificio central da operação Lava Jato.
Segundo reportagem de Rubens Valente, assim como fez com o senador Romero Jucá, Machado sugeriu "um pacto", que seria "passar uma borracha no Brasil". Dizainda no áudio que o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot estava querendo seduzi-lo.
Renan responde: "antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação".
Renan também ataca decisão do STF tomada ano passado, de manter uma pessoa presa após a sua segunda condenação. Para ele, os políticos todos "estão com medo" da Lava Jato. "Aécio [Neves, presidente do PSDB] está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa'", contou Renan, em referência à delação de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que fazia citação ao tucano.
Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado informou que os "diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações"..
Machado diz ainda no áudio que o Procurador-geral da República estava querendo seduzi-lo   (BR 247)
(Leia aqui na íntegra a reportagem da Folha sobre o assunto)

Emissário de Temer se encontrou com procurador da Lava Jato

247 - Um emissário do presidente interino Michel Temer (PMDB) se encontrou com representantes da força-tarefa da Lava Jato na véspera da sessão do Senado que selou o afastamento da petista Dilma Rousseff.
Segundo reportagem de Bela Megale, o encontro entre o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), um dos assessores mais próximos de Temer, e os procuradores Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon tratou de uma espécie de "acordo de procedimento" que não colocasse em risco as investigações.
Na ocasião, também foi acertada a manutenção no cargo do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, responsável pela Lava Jato.
"Eu disse para os procuradores que se o conforto era dar essa garantia, iria levar o pedido ao presidente", relatou o ex-deputado (leia aqui).

terça-feira, 24 de maio de 2016

Por que só Gilmar Mendes não conhece “o esquema do Aécio”?

Por Jeferson Miola, e publicado originalmente no 247
A conversa entre os delinqüentes Sérgio Machado e o ainda senador Romero Jucá é a revelação mais completa – até o momento, porque certamente surgirão outras revelações ainda mais elucidativas – sobre a conspiração montada para a perpetração do golpe de Estado no Brasil através da farsa do impeachment. De tão minuciosa e tão rica em detalhes, esta peça permite realizar uma profunda autópsia do golpe.
Aécio Neves, um campeão de menções em listas de corrupção e depoimentos de corruptos – e campeão de investigações abafadas e engavetadas – por óbvio não ficaria fora da conversa dos dois delinqüentes que hoje estão no PMDB, mas já pertenceram aos quadros do PSDB.
Comentando a inviabilidade eleitoral de Aécio devido ao envolvimento do presidente do PSDB em corrupção, Sérgio Machado disse: “O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...”. Jucá responde, concordando: “É, a gente viveu tudo”.
De acordo com eles, todo mundo conhece “o esquema do Aécio”. Mas, incrivelmente, Gilmar Mendes age como se não conhecesse “o esquema do Aécio”.
É fato notório que as citações ao Aécio, a outros tucanos e ao PSDB em várias denúncias de corrupção raramente culminam na abertura de processos criminais na Polícia Federal, no Ministério Público e no Judiciário. E, quando por sorte são abertas, em quase 100% dos casos as investigações são arquivadas. Em março passado, por exemplo, o sortudo Aécio Neves ganhou o prêmio de arquivamento da denúncia do doleiro Alberto Youssef contra ele.
Gilmar Mendes é recordista em arquivamentos e abafamentos de escândalos envolvendo os tucanos e as pessoas, os empresários e políticos aliados do PSDB. Ele também tranca a votação de processos por mais de ano quando a matéria contraria interesses tucanos como, por exemplo, na ADIN que proibia o financiamento empresarial de eleições.
No curto intervalo de quatro dias, entretanto, este mesmo Gilmar agiu com uma rapidez incrível para favorecer Aécio. E fez isso em duas decisões: no dia 12 de maio, o juiz tucano do STF suspendeu a coleta de provas de uma investigação sobre “o esquema do Aécio” em Furnas e impediu os depoimentos do Aécio e de testemunhas do caso.
No dia 16 de maio, Gilmar devolveu o processo do Aécio à Procuradoria da República para reavaliar se caberia a denúncia; porque ele, Gilmar, considerou “não haver elementos novos que justificassem a continuação da investigação” [sic].
Se, como perguntam os delinqüentes “Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio?”, por que só Gilmar Mendes não conhece “o esquema do Aécio”? O que mais falta a Gilmar Mendes, além de decência e imparcialidade, para que ele passe, definitivamente, a conhecer “o esquema do Aécio”?

O xadrez do grampo de Jucá

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Desde março a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) tinham conhecimento do chamado desvio de finalidade do processo de impeachment. Desde aquela época estavam de posse da PGR e do STF as gravações de conversas de Sérgio Machado com Romero Jucá indicando claramente que a queda de Dilma Rousseff era passo essencial para conter os avanços da Lava Jato.

Nada se fez. Ignoraram-se as provas que não mereceram sequer o privilégio dos vazamentos orquestrados cotidianamente pelos investigadores da Lava Jato.

Esse fato suscita um conjunto de indagações.

A primeira, é que não havia lógica jurídica ou estratégia de investigação que justificasse o ritmo imprimido à Lava Jato, por ser tecnicamente impossível trabalhar todas as frentes abertas. A abertura de centenas de frentes afronta a boa técnica de investigação.

Insistiu-se nessa estratégia blitzkrieg visando o jogo político. A multiplicidade de operações permitiu acumular munição para ser utilizada politicamente, como reforço às estratégias concatenadas com outros parceiros políticos.

Há duas interpretações para esse jogo.

A benigna é que, sabendo da propagação desse modelo de corrupção política por todo o sistema político, o Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot teria desenhado uma estratégia gradativa de comer os esquemas de forma fatiada.

A cética é que os vazamentos (e omissões) visariam beneficiar um grupo político específico – o PSDB – em detrimento de outros partidos.

Não há dúvidas sobre as razões das informações sobre a conversa de Jucá terem sido retidas em março: se divulgadas, impediriam a queda de Dilma. Deixou-se Dilma ir para o cadafalso, com o PGR sustentando que ela e Lula estariam criando obstáculos às investigações. Rodrigo Janot firmou essa convicção, mesmo tendo conhecimento do que estava por trás do golpe.

A dúvida é sobre as razões que levaram ao vazamento de ontem.

Ora, dirão os céticos, mas Aécio Neves foi expressamente citado na gravação. Logo, não haveria viés partidário.

Desde que vazaram as delações anteriores, Aécio tornou-se carta fora do baralho para eleições majoritárias, embora sua blindagem prossiga em todas as frentes. A PGR segurou as investigações sobre ele por mais de ano. Quando desovou o pedido de processo no STF (Supremo Tribunal Federal), foi coincidentemente sorteado para o Ministro Gilmar Mendes, que tratou de inviabilizá-lo em um dia.

Nada indica que será retomado, mesmo à luz das novas menções nas gravações de Jucá. E, olhe, que não foi pouca coisa:

Segundo a Folha,

O nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) também aparece no diálogo, como sendo "o primeiro a ser comido". "O Aécio não tem condição, a gente sabia disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei da campanha do PSDB...", falou Machado. "A gente viveu tudo", se limitou a dizer Jucá.
A estratégia do vazamento

Assim como os vazamentos anteriores, o atual obedece a uma lógica política.

O sistema de poder, em torno de Michel Temer, contempla o PMDB e o PSDB. A banda do PMDB é sustentada por Jucá, Moreira Franco e Geddel Viera Lima. A do PSDB, por Serra.

Temer balança no meio. Em toda sua fase de militância política, sempre se manteve próximo do PSDB.

A divulgação da gravação foi precedida de uma série de episódios ilustrativos da nova etapa do jogo:

1- Mal assume o Ministério das Relações Exteriores, José Serra dispara um comunicado virulento contra vizinhos da América Latina. E anuncia um decálogo tendo como ghost writer Rubens Ricúpero, baseado em uma diplomacia que foi largamente superada pelos tempos, especialmente depois da passagem de Celso Amorim pelo Itamaraty.

2- No dia seguinte, FHC lança Serra presidente tendo como argumento apenas seu pronunciamento. E a Folha solta um editorial enaltecendo a grande mudança que Serra anuncia para o Itamaraty. Em ambos os casos, proclamações extemporâneas de uma competência diplomática que Serra provavelmente não tem, e se tivesse, nem tempo houve para demonstrar.

3- Dois dias depois, explode o grampo de Jucá.

4- Ontem, enquanto o país debatia as gravações de Jucá, corriam rumores de transferência de Serra para o Planejamento.

De uma vez só, as gravações enfraquecem a banda peemedebista do governo Temer, aceleram sua aproximação maior com o PSDB e inviabilizam Aécio Neves.

É pouco?
O pequeno Supremo

No novo normal jurídico, esse tipo de manobra prescinde de justificativas maiores. Provavelmente o PGR não se sentirá obrigado a responder porque manteve essas informações sob sigilo; e porque as informações vazaram depois. Dirá que apenas seguiram os trâmites normais e tudo não passou de coincidência.

Quanto ao STF, hoje em dia ele é menor que Gilmar Mendes. Gilmar consegue transformar sua vontade em lei, seja recorrendo a manobras regimentais, como pedidos eternos de vista, até sua atuação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Além de ser o destinatário final de inúmeros processos no STF de interesse direto de seu grupo político.

Quanto ao Supremo, se apequenou de forma irreversível devido a um desses paradoxos da Justiça, na qual não basta o conhecimento jurídico para vencer: é preciso uma boa dose de atrevimento e de ousadia. E, na quadra atual, o atrevimento dos Ministros militantes se sobrepôs à anomia dos Ministros isentos.

Com a notável exceção de Marco Aurélio de Mello, o Supremo infelizmente deixou de ser uma referência, uma esperança para os que ainda acreditam no primado da Constituição e no fortalecimento da ordem jurídica.

Temer é um molambo no poder em 11 dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer mostrou, em cada um dos 11 dias em que usurpou o poder, que não tem condições de exercê-lo, muito mais num momento de crise.
Não passou um dia sem uma crise.
Nenhuma medida concreta senão as de vingança e mesquinharia.
Só provocou ódio e rejeição.
Sabe conchavar, não conciliar

Sua “montagem” de governo revelou-se um fracasso.
O lugar-tenente colocou a “fazer contrapeso” a Henrique Meireles nas medidas econômicas não suportou as revelações do aquadrilhamento que o levou ao poder.
Jucá foi apenas um dos acordos.
Temer vai revelando a sua estatura.
É um anão.
Não tem como ser presidente de um gigante.
É apenas o protagonista do primeiro golpe.
Há outro em marcha.
O Judicial e parajudicial.
Não se iludam. Não há nada mais distante da democracia do que o Judiciário brasileiro.

Senadores pedem à PGR investigação do caso Jucá


:

247-Um grupo de 14 senadores protocolou, nesta terça-feira, uma representação junto à procuradoria-geral da República pedindo que o procurador Rodrigo Janot proceda a uma investigação completa do caso Romero Jucá (PMDB-RR), ministro licenciado do Planejamento, que, num áudio gravado por Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, afirmou que o impeachment foi uma trama destinada a conter o ímpeto da Operação Lava Jato sobre a classe política; “Na conversa, o senador Romero Jucá afirma que seria necessária a ‘articulação de uma ação política’ que, inclusive, contaria com a aquiescência da Suprema Corte, para afastar a senhora Presidente da República do exercício da chefia do Poder Executivo”, diz o texto; senadores querem investigação completa sobre esse suposto plano, incluindo a eventual participação de ministros do STF; um dos parlamentares do grupo foi o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que votou pela admissibilidade do impeachment e, com o gesto, pode ter sinalizado uma eventual mudança de postura

JN de ontem foi negociado com Temer

Por Renato Rovai - O Jornal Nacional de ontem foi fruto de uma intensa negociação, é o que revela uma fonte do blogue.
O áudio da conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado fez com que os luas pretas da Central Globo de Jornalismo trocassem inúmeras mensagens e realizassem uma reunião de emergência logo cedo.
A primeira decisão foi esperar para ver qual seria a repercussão. E pela manhã tanto a GloboNews quanto o G1 trataram do assunto de forma suave e sem muito destaque.
Na Globo, porém, a avaliação era de que não havia saída para o agora licenciado ministro do Planejamento. E a mensagem foi enviada para Temer através de Wellington Moreira Franco.
O carioca não precisava ser convencido. Teria dito que iria buscar convencer Jucá a se afastar ou renunciar ao cargo, mas que não seria uma tarefa tão simples.
Durante o dia a Globo foi cobrindo o tema de uma maneira bem menos explosiva do que, por exemplo, o áudio vazado do ex-senador Delcídio. Ou do grampo ilegal da conversa entre Lula e Dilma.
Só ao final da tarde, quando a solução do afastamento de Jucá já havia sido negociada por Temer é que se decidiu por fazer um Jornal Nacional onde o caso teria destaque relevante. E que se liberou os âncoras e comentaristas da GloboNews para que pudessem tratar de forma mais intensa do assunto.
Até aí, nada muito surpreendente. A não ser pelo fato de que o sinal de que não seria necessário aliviar para Jucá teria partido da equipe de Temer, segundo a fonte do blogue.
A avaliação dos que fizeram a ponte com a Globo era a de que o tratamento da saída de Jucá não deveria ser o de um simples afastamento, mas o de uma demissão, para que Temer não saísse tão desgastado.
Não foi à toa que a apresentadora do JN, Renata Vasconcellos, abriu a nota sobre o caso fazendo bico para falar que Jucá foi "e-xo-ne-ra-do".
E que o presidente interino apareceu no meio da reportagem dizendo ao repórter da GloboNews "que tudo iria se resolver e que estava tudo tranquilo".
A narrativa que ficou acordada era de preservar Temer e rifar Jucá.
E por isso, o restante do bloco, não por acaso o último, foi dedicado a noticiar os principais trechos do áudio da conversa divulgada pela Folha, evitando repercutir muito o assunto e a crise que o áudio gerou.
Antes, porém, houve tempo para falar muito da crise da Venezuela e do caso que pode levar o governador de Minas, Fernando Pimentel, a ser cassado.
Segundo a fonte deste blogue, Jucá percebeu que seria rifado e falou grosso na reunião que teve com Moreira Franco e Eliseu Padilha. E num momento mais explosivo teria dito que se fosse jogado ao mar poderia fazer o mesmo que Sérgio Machado, referindo-se a delação que o ex-presidente da Transpetro negociou.
Também não por acaso, ontem, depois disso tudo acontecer e quando dava uma entrevista conturbada no Congresso que um repórter da GloboNews se aproximou dele e perguntou a queima roupa:
– O senhor está pensando em fazer delação premiada?
Jucá ficou atordoado e saiu sem responder. Mas a pergunta não estava fora de contexto. Teria sido pedida por um dos editores ao jovem jornalista.
Era um aviso para Jucá dos seus amigos do PMDB de que a ameaça já havia vazado. E de que a Globo não iria preservá-lo.
Jucá não tem mais condições de voltar ao governo e sabe disso. O que ele busca agora é se livrar da prisão. E para que isso não aconteça ele vai precisar da Globo e da mídia que citou como parte da articulação do impeachment. Por isso, muito provavelmente, mesmo tendo entendido tudo que lhe aconteceu, vai ficar quieto. Mas só se escapar. Caso não, toda essa operação pode vir á tona e ainda com um número muito maior de detalhes.

Aliado de Cunha pede delimitação no Conselho de Ética

Fiel aliado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) pediu à Mesa Diretora para delimitar as investigações no Conselho de Ética. Tudo para beneficiar Cunha, que responde por processo de quebra de decoro em decorrência de denúncia de corrupção no âmbito da Lava Jato.

Moro, o Torre de Londres, e a delação "seletiva"

O segundo turno do edificante diálogo do Sérgio Machado com o Jucá bota o Dr Moro de Guantánamo na roda:

- Jucá - O Marcelo e a Odebrecht vão fazer delação.

- Machado - Odebrecht vai fazer.

- Jucá - Seletiva, mas vai fazer.

Bingo!

Delação seletiva!

Quer dizer: vai ferrar o PT e livrar a cara da Casa Grande!

Outro trecho:

- Jucá - O Moro virou uma Torre de Londres.

- Machado - Torre de Londres.

- Jucá - Mandava o coitado prá lá para o cara confessar.

Temos aí descrição sumária e precisa do funcionamento da Vara de Guantánamo, sob a batuta do Dr Sergio Moro.

As delações são seletivas.

E os "coitados" são mandados para a Torre de Londres.

Ou confessa ou pau!

Mas, tem que ser uma confissão "seletiva"!

Precisa desenhar, amigo navegante?

O Jucá não ferrou só o Temer.

Lançou uma nuvem cinzenta sobre o Supremo e trancou o Moro na Torre de Londres!

Em tempo: sobre a Torre de Londres: O auge do castelo (da Torre) como prisão foi nos séculos XVI e XVII, quando muitas figuras que haviam caído na desgraça eram aprisionadas dentro de suas muralhas. As execuções costumavam ser realizadas principalmente no Morro da Torre ao norte do castelo, com 169 tendo ocorrido em um período de mais de quatrocentos anos.https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Londres

Em tempo2: o exemplo mais claro do Método Moro é a condenação do José Dirceu a 23 anos, a maior pena da Lava Jato.

Por que seria?

Porque o Dirceu não delatou "seletivamente".

Resistiu aos suplícios da Torre de Londres, mas não delatou...

Não entregou "seletivamente", como devem fazer o Marcelo, a Odebrecht, fez a Andrade e todos os que por ali passaram, nas masmorras sobre o Tâmisa...

PHA

Profissionais da enfermagem têm reconhecimento na UPAE Garanhuns‏‏



Maio é um mês especial para a saúde, pois dois profissionais imprescindíveis no contato com a população têm seus dias de comemoração. No dia 12 quem é lembrado é o Enfermeiro, no Dia Mundial da Enfermagem. Já no dia 20, as bodas são para os Técnicos de Enfermagem.

A exemplo dos anos anteriores, a UPAE Garanhuns, através da Coordenação de Enfermagem, realizou uma Semana de Atividades, que culminou na última sexta-feira (20), com ações que movimentaram, literalmente, os profissionais da Unidade de Saúde. Segundo a coordenadora de enfermagem, Tayana Guerra, a III Semana de Enfermagem da UPAE Garanhuns teve como tema este ano o "Conhecimento, Dedicação e Compromisso: Princípios que fazem a diferença". 

"Estes momentos são de confraternização, mas possibilitam dinâmicas e aprendizados que melhoram as relações de trabalho e atendimento aos usuários da UPAE." Finaliza Tayana Guerra.

Governador participa da inauguração de Creche-Escola

O governador Paulo Câmara participa, às 8h30 desta terça-feira (24.05), da inauguração da Creche-Escola Recife Presidente Tancredo Neves, no Barro, bairro da Zona Oeste do Recife. Erguida com investimento total de R$ 3,3 milhões, sendo R$ 2,7 milhões provenientes de convênio firmado com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e R$ 600 mil da Prefeitura do Recife, a unidade é a 9ª creche-escola entregue dentro do novo padrão estrutural da Rede Municipal de Ensino. Com capacidade para atender 200 alunos de 0 a 3 anos, o equipamento conta com oito salas de aula amplas e climatizadas, acessibilidade para os alunos com deficiência biblioteca junto com espaço tecnológico, fraldário e banheiros adaptados para a faixa etária e refeitório.

O desmonte da farsa

Por: *Sílvio Costa
Nunca tive dúvidas de que por trás desta tentativa de impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff  estava uma orquestração para estancar as investigações da Operação Lava Jato. Agora, com a divulgação dessa conversa entre o ministro provisório do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB-CE), está comprovado que esse, realmente, foi o principal objetivo da maioria dos parlamentares que votou a favor do impeachment.
Este governo provisório de Michel Temer (PMDB) tem se transformado, diariamente, numa agressão ao povo brasileiro. Lembro que, no discurso da posse provisória, o Michel Temer falou em moral política. Pergunto: qual a moral política de um governo que é refém de Moreira Franco, Eliseu Padilha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá e Eduardo Cunha? Todos do PMDB.
É estarrecedor Michel Temer ter nomeado os advogados e o chefe de gabinete de Eduardo Cunha para cargos no seu governo. E escolher como líder do governo provisório o principal defensor de Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara Federal, o deputado André Moura (PSC-SE).
Nomear o deputado Ronaldo Nogueira (PTB/RS) como ministro provisório do Trabalho, para que o irmão do ministro Augusto Nardes, algoz da presidente Dilma no TCU, pudesse assumir um mandato de deputado federal – na vaga de Ronaldo – será que é um pagamento de dívida pela orquestração do golpe? Falo do deputado Cajar Nardes. Será que foi mais um acordo cumprido pelo presidente provisório Michel Temer em troca do impeachment?
Ratifico que a presidente Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Todas as ações contábeis realizadas pela presidente Dilma ocorreram também nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luis Inácio Lula da Silva (PT) e na maioria dos estados e municípios do Brasil.
*Sílvio Costa foi vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara Federal.

Dilma diz que Jucá escancarou estratégia para o golpe


Folha de S.Paulo - Marina Dias
A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (23) que as declarações do ministro Romero Jucá (Planejamento) "escancararam" o que chama de "caráter golpista" de seu impeachment e diz que o processo tinha o "real objetivo" de interromper a Operação Lava Jato.
"A gravação mostra o ministro do Planejamento interino, Romero Jucá, defendendo o meu afastamento como parte integrante e fundamental de um pacto que tinha como objetivo interromper as investigações", disse Dilma durante evento em Brasília com trabalhadores da agricultura familiar.
"Se alguém ainda não tinha certeza de que há um golpe em curso, baseado no desvio de poder e na fraude, as declarações fortemente incriminatórias de Jucá sobre os reais objetivos do impeachment e sobre quem está por trás dele eliminam qualquer dúvida. A gravação escancara o desvio de poder e a fraude do processo de impeachment praticados contra uma pessoa inocente. Revelam o modus operandi do consórcio golpista", completou.

Após Jucá, a vez é de Henrique Eduardo Alves



247-O afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), fragiliza a situação de outro ministro do partido que também é investigado na Lava Jato: o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Na avaliação feita por peemedebistas, Alves é o próximo ministro alvo de uma exposição que pode terminar com sua demissão do governo do presidente interino Michel Temer.
No início de maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a inclusão do nome de Henrique Alves no maior inquérito da Lava Jato por evidências em trocas de mensagens com executivas da OAS.
A força-tarefa investiga indícios de atuação casada entre Alves e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.
Em delação premiada o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró acusou Cunha e Alves de terem pressionado a presidência da BR Distribuidora para a compra da refinaria de Manguinhos, no Rio, com o propósito de receberem propina.(BR