sábado, 3 de dezembro de 2016

Paulo Câmara destaca importância da Casa Militar para o Estado


Para celebrar os 70 anos de existência da Casa Militar de Pernambuco, o governador Paulo Câmara comandou, nesta sexta-feira (02.12), a entrega de condecorações a 350 personalidades, entre militares, autoridades religiosas, servidores públicos e representantes da sociedade civil que marcaram o Estado contribuindo com atividades profissionais. Durante a solenidade, realizada no Teatro Tabocas, no Centro de Convenções, em Olinda, foram entregues as Medalhas Comemorativas 70 Anos da Casa Militar, com a qual Paulo Foi agraciado, e Medalha do Mérito da Casa Militar. 
 
“Parabenizo e agradeço à Casa Militar, que tem feito um trabalho muito importante não apenas na área da segurança pública do Estado, mas, principalmente, quando se trata de cuidar das pessoas. Eu sou testemunha da dedicação deles em fazer a política de segurança pública e em fazer de Pernambuco um Estado mais tranquilo, onde a paz prevaleça”, afirmou Paulo Câmara. O chefe do Executivo estadual frisou que a Casa Militar conseguiu, ao longo de 70 anos, cumprir sua missão e, ao mesmo tempo, se modernizar, em busca de ações úteis para Pernambuco.
 
Em seu discurso, Paulo também destacou a atuação da Defesa Civil e o apoio que o órgão vem recebendo da Casa Militar. “Eu sou testemunha também do trabalho incansável da Defesa Civil, que, em torno de tantas catástrofes que aconteceram no nosso Estado, conseguem dar respostas rápidas, buscando salvar vidas e reconstruir cidades. Tudo isso, agora, também com a ajuda da Casa Militar, que busca ajudar o órgão dando todo apoio”, pontuou.
 
Entre os agraciados com a Medalha Comemorativa 70 Anos da Casa Militar estão a primeira-dama Ana Luiza Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o ex-governador João Lyra, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchôa, o presidente do Tribunal da Justiça do Estado, Leopoldo Raposo, e o secretário da Casa Civil, Antonio Figueira. O ex-governador Eduardo Campos e seu ex-assessor, Carlos Percol, também receberam uma homenagem póstuma durante o evento. Além de Paulo Câmara, as comendas também foram entregues pelas mãos do chefe da Casa Militar de Pernambuco, coronel Eduardo Pereira, do secretário-executivo de segurança institucional, coronel Felipe Oliveira, e do Tenente-Coronel Fábio Rosendo.
 
O coronel Eduardo Pereira relembrou a história do órgão e reafirmou a importância do trabalho em equipe da Casa Militar de Pernambuco. “Ninguém completa 70 anos de idade caminhando sozinho. É fundamental contar com as demais secretarias de Estado e instituições parceiras. É um momento de agradecer a todos os civis e militares, homens e mulheres, que se dedicam à causa todos os dias e renovam o compromisso sempre”, afirmou. O coronel também fez um agradecimento em especial a Paulo Câmara. “Diante de um cenário nacional de grandes restrições financeiras, nosso governador continua demonstrando sua impressionante capacidade de liderança e gestão, incansável no trabalho. Somos gratos pela confiança e apoio”, concluiu.
 
Hoje, a Casa Militar operacionaliza várias ações: segurança ao governador e ao vice-governador de Pernambuco; apoio às autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo da União, em visita ao Estado nos casos necessários. A Casa Militar também desenvolve ações de comunicações, transporte aéreo, terrestre e apoio logístico às representações do Estado

Crescem as vendas de carros, ufa!


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Joel Leite
Do UOL
Não é um indicativo de recuperação, nem de sinalização de um fim de ano melhor, mas diante de tantos balanços negativos nos últimos meses (e anos), o aumento de 12,1% nas vendas de carros no mercado interno em novembro com certeza será comemorado pela indústria. Foram comercializados 173.574 carros e comerciais leves no mês, vinte mil a mais do que em outubro, quando foram registrados 154.890 emplacamentos.
As vendas diárias foram as melhores do ano, com média de 8.680 unidades, mas as vendas totais perderam para julho (174.801) e agosto (178.113). Em relação a novembro do ano passado (189.357 unidades), houve queda de 8,3%.
Em suma, o quadro geral permanece inalterado, as vendas de carros no acumulado do ano não passam de 1.787.142 unidades até novembro, o que indica um fechamento do ano em torno de 1.950 unidades vendidas, isto é, será ser o pior ano do setor desde 2007, quando foram vendidos 2.341.032 carros.
No período janeiro-novembro do ano passado tinham sido vendidos 2.256.429 carros; a queda neste ano, portanto, é de 20,8%
A esperança é de um aquecimento do mercado em dezembro, quando o consumidor tem mais disposição (e dinheiro) para comprar e as montadoras costumam oferecer mais oportunidades: descontos, facilidade no pagamento, planos acessíveis. Mas ninguém aposta num aumento expressivo no último mês do ano. Todos descartam a possibilidade das vendas atingirem o patamar de dois milhões de unidades.
A GM confirmou a liderança, fechou novembro com 19,9%, colocando mais de três pontos percentuais sobre a Fiat, segunda colocada, que ficou com 15,6%. A Hyundai mantém a terceira posição, com 10,2%, enquanto Ford (4ª colocada) e Volkswagen (5ª) não conseguem retomar seus antigos lugares no ranking.
Somente mais três marcas – Toyota, Renault e Honda – venderam mais de dez mil unidades no mês (veja ranking). Jeep e Nissan completaram a lista das dez marcas mais vendidas em novembro.
Veja as 30 marcas mais vendidas no mercado interno em novembro

Acabamos de criar o “quarto mundo”

Blog do Riella
Foi linda a homenagem dos colombianos, etc, etc.
Mas, para todo o mundo, o que está pegando é a pane seca.
Sabem o que é isso?
O avião da Chapecoense caiu porque não tinha gasolina suficiente.
Uma coisa inacreditável.
 Não somos mais Terceiro Mundo.
Acabamos de criar o “Quarto Mundo” – o mundo dos imbecis.
E aproveitem essa crise para extinguir a tal Comebol, uma entidade do futebol latino-americano cujo presidente foi preso e que só vive de trambique.
Estamos chorando mais de 70 mortos.
Devemos chorar também por viver num continente que não evolui mentalmente.

Quem não pode ir a velório vive o próprio funeral

Blog do Josias de Souza
Michel Temer decidiu render homenagens aos mortos de Chapecó. Bom! Acompanhado de Marcela, sua mulher, o presidente voará para a cidade catarinense neste sábado. Ótimo!! Após determinar o transporte dos mortos pela FAB, Temer deseja confortar os parentes. Extraordinário!!!
A coisa parecia caminhar bem. Até que… O setor de inteligência do governo farejou o risco de protestos. Temer foi aconselhado a evitar o velório. Com medo de vaias, concordou. Deve cumprimentar os parentes no aeroporto, em cerimônia a ser realizada após o desembarque dos corpos. Se é assim, melhor ficar em casa.
O aeroporto esvazia a morte do seu sentido dramático. Os defuntos estarão fora do seu ambiente natural. Prevê-se uma solenidade de distribuição póstuma de medalhas. Os parentes serão constrangidos a trocar a espontaneidade da dor por uma máscara cerimoniosa. Um desastre!
Pai do zagueiro Filipe, Osmar Machado declarou: “Eu não preciso do cumprimento dele no aeroporto. Se ele tem dignidade e vergonha na cara, que venha aqui [no velório a ser realizado no estádio municipal] cumprimentar as pessoas.''
Temer talvez devesse ouvir menos seus assessores. Há risco de protestos em Chapecó? Pior para os organizadores, que desrespeitam o luto alheio. No mais, resta constatar: um presidente da República que não pode frequentar um velório talvez esteja vivendo seu próprio funeral. Em política, quando o vivo é pouco militante muitos têm vontade de lhe enviar coroas de flores.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

As bizarras razões de Moro para manter Palocci na Torre de Londres

Miguel do Rosário é editor do Cafezinho
Os desembargadores que votaram a favor de Moro, recentemente, num voto cheio de citações estapafúrdias, quase ao estilo "Marx e Hegel", foram bastante precisos quando disseram que a Lava Jato podia adotar medidas "excepcionais", ou seja, estranhas à jurisprudência brasileira e à Constituição. O próprio Moro, em palestra, também recente, para um punhado de fanáticos numa cidade do Sul, foi absolutamente franco, ao dizer que é era preciso tratar com "relativa excepcionalidade" a questão das prisões cautelares e a presunção de inocência.
Vejam o caso Palocci. Moro mandou prendê-lo acusando-o de fazer lobby para a Odebrecht. E menciona no despacho a Medida Provisória 406/2009, que beneficiaria a empreiteira. Em sua defesa, Palocci diz que votou contra a medida. Moro rebate que a afirmação é "carente de prova". O juiz não se deu ao trabalho de conferir o painel da Câmara, que mostra o voto de Palocci. Moro diz ainda Palocci teria trabalhado para "prevenir" o veto presidencial a um benefício presente na medida. Lula vetou o benefício.
Palocci diz que não é o "italiano", porque há mensagens, nos próprios autos, em que o nome de Palocci aparece ao lado de "italiano" (tipo: Palocci e o italiano estiveram aqui, etc), e há referências a uma pessoa próxima a Marcelo Odebrecht que era chamada também de "Itália", e que esta seria a pessoa conhecida como "italiano".
Abaixo, trecho do despacho surreal de Moro, em que o juiz parece ir na contramão dos próprios autos.
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Tudo é muito absurdo. Moro mandou prender Palocci porque, entre outras razões, a PF não encontrou provas para incriminá-lo e isso seria sinal de que ele as escondia. Daí resolveu mantê-lo preso indefinidamente, porque... não se encontraram provas contra ele.
Ora, suponho que Palocci não seja santo, como pouca gente é, e que a PF agora vai vasculhar a vida dele de cima a baixo, para encontrar alguma filigrana que possa conectar a outra coisa, ou então, o que é o mais provável, deixá-lo apodrecer na cadeia, até que fique desesperado o suficiente para "delatar" Lula ou alguém mais do PT, porque Sergio Moro já deixou bem claro - João Santana e esposa que o digam, além do próprio Marcelo Odebrecht - que o sujeito só sai da Torre de Londres se disser alguma coisa que possa ser útil ao Power Point da Lava Jato.
Como a prisão de Mantega pegou mal, Moro imediatamente mandou prender Palocci. Algum petista graúdo tinha que ser preso às vésperas das eleições, para surtir efeito nas urnas.

Insatisfeitos, PMs realizam assembleia na terça

Blog da Folha
Afirmando existir “grande insatisfação e descontentamento” na tropa, a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Bombeiros (ACS/PE) convocou para a próxima terça-feira (6) uma assembleia, na Praça do Derby, para discutir a situação da categoria.
Líder do último movimento grevista no Estado, o presidente da associação, Albérisson Carlos, não descarta uma nova paralisação da tropa.
Mais uma vez a questão salarial está colocada na mesa. A tropa estaria irritada com o “tratamento desigual” em relação à Polícia Civil, principalmente por causa do projeto que propõe reajuste para os delegados.
Além disso, alegam falta de compromisso quanto à resolução dos diversos problemas físicos/estruturais tanto em relação à PM quanto aos Bombeiros. A solução para esses problemas havia sido prometida pelo Estado, em abril, mas até o momento, segundo eles, não foi cumprido.
A expectativa da organização é que haja um comparecimento “em massa” dos integrantes das duas corporações, inclusive com a participação da alta cúpula Militar

UPE antecipa SSA 1 e 2

A Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos da Universidade de Pernambuco (CPCA/UPE) antecipou a aplicação das provas, da primeira e segunda fases, do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da instituição para os dias 09 e 10/01/2017.
O novo calendário das duas fases do Sistema define que as provas serão aplicadas nos mesmos dias, sendo o SSA 1 pela manhã e o SSA 2 a tarde. A divulgação dos novos cartões informativos, contendo os locais de realização, acontece a partir do dia 26/12/2016.
O SSA 2 e 1 seriam realizados nos dias 27 e 28/11 e 04 e 05/12, respectivamente. O desempenho individual dos estudantes será divulgado até o dia 17 de março de 2017, apenas no sistema de inscrição. Confira o comunicado oficial em anexo.

Paulo: “o Nordeste estava certo”

“O resultado da conversa do presidente Michel Temer com os governadores representantes das cinco regiões do País mostra que os Governos do Nordeste estavam certos em defender a separação do debate sobre a divisão da multa da repatriação e a adoção de novas medidas de ajuste fiscal. É fundamental que esse diálogo entre Estados e Governo Federal seja transparente e permanente”, avaliou o governador Paulo Câmara, que, no último dia 25, reuniu os governadores nordestinos para tratar das questões relativas ao ajuste fiscal e a retomada do desenvolvimento do Brasil.

O governador de Pernambuco lembrou um dos pontos da “Carta do Recife”, que defendia exatamente a discussão estadualizada sobre o ajuste fiscal, pois cada unidade da Federação tem uma realidade específica. Paulo Câmara conversou no último sábado (26.11), por telefone, com o presidente Temer para comunicar o resultado da reunião no Recife. Ficou acertado que o presidente receberia os governadores esta semana.

“Pernambuco, por exemplo, vem fazendo seu dever de casa. O ajuste fiscal começou desde primeiro dia do nosso Governo. Adotamos um plano de contigenciamento, reduzimos os cargos comissionados. Em 2015, tivemos a maior redução de despesa de custeio do Brasil. Já em 2016, criamos o Fundo de Estabilização Fiscal, medidas que mostram o nosso compromisso com a responsabilidade fiscal”, disse o governador pernambucano.

Paulo Câmara lembrou que os Estados do Nordeste têm suas dívidas muito abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A dívida consolidada representa 11,16% da dívida total dos Estados, ao contrário do que acontece com os três maiores Estados da Federação, que respondem por 66% da dívida total e já ultrapassaram ou estão prestes a atingir este patamar.

“Por mérito de seus governos estaduais, portanto, o Nordeste passou ao largo da crise da renegociação das dívidas estaduais, tendo sido, inclusive, prejudicado neste processo, já que as concessões feitas pelo Governo Federal no acordo então celebrado trouxeram benefícios muito pequenos e laterais a Estados que já tinham suas dívidas ajustadas”, argumentou Paulo.

Para o governador pernambucano, o esforço fiscal dos Estados nordestinos, como vem sendo enfatizado pelos seus governadores, está expresso pelos números oficiais apurados pelo próprio Governo Federal. “De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o conjunto dos Estados do Nordeste reduziu, em 2015, 90% do déficit primário apurado em 2014. Além disso, a despesa primária cresceu apenas 0,41% entre 2014 e 2015 – bem abaixo do IPCA, que ficou em 6,41% em 2014”, disse Paulo Câmara.

Enquanto a despesa primária dos Estados do Nordeste cresceu apenas 0,41%, a receita líquida cresceu 3,74% em 2015. “E o mais importante: ante um crescimento de 5,15% nas receitas de arrecadação própria,  aquelas provenientes das transferências da União aos Estados registraram incremento de apenas 2,34% nominal no período”, concluiu o governador Paulo Câmara.

Avaliação mede qualidade da Educação em Pernambuco


A última quarta-feira (30) foi o Dia D para a educação pública em todo o Estado. Centenas de milhares de estudantes realizaram, nas suas próprias escolas, as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (SAEPE). A avaliação acontece anualmente para unidades de ensino das redes estadual e municipais, e serve como diagnóstico para nortear as políticas em Educação adotadas para o próximo ano.

Só no Agreste Meridional, 44 escolas estaduais participaram da avaliação. Por aqui foram avaliadas 40 turmas (1.437 estudantes) de 9º ano do Ensino Fundamental e 152 turmas (5.367 estudantes) de 3º ano do Ensino Médio. No total, 6.804 estudantes nos 22 municípios que compõem a região realizaram as provas do SAEPE.

A frequência este ano foi considerada excelente pelos gestores e pela equipe da GRE do Agreste Meridional, com escolas chegando a 100% de presença dos alunos. “A participação dos estudantes é fundamental para termos um diagnóstico mais preciso e com isto novas políticas educacionais e investimentos com vistas ao alcance da qualidade e do sucesso da nossa educação”, comentou a gerente da Gerência Regional de Educação (GRE), professora Adelma Elias.

Ela explica, também, que a avaliação é fundamental para educação de Pernambuco: “A realização do SAEPE é uma ação de grande importância para a Rede Pública de Ensino, em especial para o Governo de Pernambuco, por ter um modelo de gestão focado em resultados como forma de buscar por uma educação de qualidade social. Nesse sentido, foi muito gratificante termos visto o empenho da nossa equipe GRE e da comunidade escolar através da mobilização dos gestores e professores para garantir 100% dos estudantes neste dia 30 fazendo a avaliação. Estamos muito felizes com a participação e envolvimento de todos”, pontuou a gerente.

O SAEPE foi criado em 2000 com o objetivo de fomentar mudanças na educação oferecida pelo Estado, vislumbrando a oferta de um ensino de qualidade. As provas contemplam as disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa e são aplicadas para as turmas finais de cada etapa de ensino.

CRPAM debate plano para diminuição de acidentes nos municípios da V GERES




O CRPAM (Comitê Regional de Prevenção a Acidentes de Motos) da V GERES, em parceria com a Operação Lei Seca (OLS/PE), realizou nos dias 28, 29 e 30 de novembro, ações educativas de prevenção aos acidentes terrestres, nos municípios de Bom Conselho, Lajedo e Garanhuns, marcando o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito (20/11).

As ações merecem destaque pela criação do GT do Trânsito (Grupo de Trabalho) para elaborar Planos Municipais de Redução  de Acidentes de Transporte Terrestre para 2017, formados por Conselheiros Municipais de Saúde e Educação, para formar multiplicadores de atividades de educação para um trânsito mais seguro na região.

A ação também foi apresentada na Construtora Viana e Moura, em Garanhuns, com a participação de mais de 150 trabalhadores, além das palestras realizadas nas escolas estaduais dos municípios.

A presidente do Comitê, Catarina Tenório, acompanhou as ações, levando a mensagem da prevenção, principalmente, aos mais jovens. "A cada semana somos noticiados de diversos acidentes de motos na região, e precisamos alertar a população, com maior ênfase ao público-perfil que tem sido vitimado, muitas vezes sequelado, e infelizmente, com mortes precoces" - explicou a gestora.

O CRPAM apresentou e debateu os registros de acidentes e óbitos envolvendo transporte terrestre no dia 28 em Bom Conselho, 29 em Lajedo e encerrou nesta quarta-feira (30), no Município-sede, Garanhuns.

"Os municípios foram escolhidos por terem maior população e apresentarem grande índice de óbitos por acidentes, porém, iremos levar estas iniciativas aos 21 municípios da nossa regional, que apresenta grande número de acidentes envolvendo veículos motorizados" - finalizou Catarina Tenório.

O projeto, que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, pode ser votado na próxima terça (6)


Por: Blog da Folha
Os senadores devem votar a proposta de emenda à Constituição (PEC 113-A/2015) que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos na próxima terça-feira (6). A exceção ficará para aqueles majoritários que já estão no cargo e ainda não foram reeleitos.

O projeto que altera a lei de abuso de autoridade (PLS 280/2016) também está na pauta da terça. A matéria não é consenso entre os parlamentares. O relator da matéria, senador Roberto Requião (PMDB-PR), considera que a legislação deve proteger o cidadão sem prejudicar as investigações de combate à corrupção.

A pauta da semana também inclui o projeto de securitização das dívidas (PLS 204/2016) e a proposta que prevê a renegociação das dívidas dos estados com a União, com um alongamento de 20 anos no prazo de pagamento (PLC 54/2016).

Orlando Drummond, o Seu Peru, fratura o fêmur e se recupera em casa


Reprodução/TV Globo
Orlando Drummond se recupera em casa após cair da escada imagem: Reprodução/TV Globo
Felipe Pinheiro
Do UOL, em São Paulo
Orlando Drummond, de 97 anos, sofreu uma queda da escada na quinta-feira (1º) e fraturou o fêmur. A informação foi confirmada ao UOL nesta sexta pelo neto do dublador e humorista, que interpretou o Seu Peru na "Escolinha do Professor Raimundo".
"Ele está bem, foi uma lesão leve", disse Alexandre Drummond.

O ator deverá se recuperar em casa. "Ele ficará em repouso de quatro a seis semanas, mas nada além disso", explicou o neto dele.
Nova "Escolinha"
A releitura da "Escolinha do Professor Raimundo", com novo elenco interpretando personagens marcantes do humorístico, ganhou uma segunda temporada neste ano pela TV Globo. Em novembro do ano passado, Orlando Drummond disse ao UOL que aprovava o ator Marcos Caruso como Seu Peru.
"O Caruso estava magnífico, igualzinho a mim", elogiou ele. "Nota dez! O mais parecido dos personagens foi ele. Gostei do programa todo, porém mais dele, por ficar parecido comigo mesmo, me imitou. Fez muito bem, maravilha. Já tenho um substituto", comemorou o veterano ator.
Além de ter interpretado o famoso aluno do Professor Raimundo, Drummond acumula trabalhos na rádio e na televisão como dublador em mais de 70 anos de carreira. É dele a voz de personagens como Scooby-Doo, Popeye e Alf, o ETeimoso.
"Isso tem sido a razão da minha vida, onde quer que eu vá, até hoje as pessoas se lembram com muito carinho. É muito bom a gente ser lembrado", celebrou.

Com medo de vaia, Temer deve evitar velório; pai de jogador pede dignidade

  Da folha de São Paulo
Com receio de protestos contra o governo federal, o presidente Michel Temer não deve participar neste sábado (3) do velório coletivo das vítimas do desastre aéreo que matou jogadores e dirigentes da Chapecoense.
Pela programação montada pela Presidência da República, o peemedebista deve participar apenas de uma cerimônia reservada de recepção dos corpos das vítimas, marcada para a manhã do sábado no aeroporto municipal.
A expectativa é que o presidente esteja acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, e entregue medalhas em homenagem aos jogadores mortos.
Segundo a Folha apurou, o Palácio do Planalto identificou uma mobilização de grupos de esquerda para promover neste sábado um protesto contra o governo federal em Chapecó.
Por conta da ameaça, o presidente chegou a até mesmo ser recomendado por assessores e auxiliares a não viajar para a cidade, para evitar que uma manifestação pudesse prejudicar a cerimônia fúnebre.
Por enquanto, contudo, a viagem está mantida. Nas palavras de um assessor presidencial, é importante que o peemedebista demonstre solidariedade diante de uma tragédia nacional e ignore "aqueles que querem promover disputa política em momento de dor".

PGR se irrita com conduta da PF no caso Calero

Por Lauro Jardim
A Procuradoria-Geral da República não gostou de ter ficado sabendo pela imprensa do depoimento de Marcelo Calero à Polícia Federal. A avaliação da cúpula da PGR é que o vazamento do depoimento causou um dano irreparável à investigação, que não poderá mais ser conduzida em sigilo. Fora a irritação de terem sido ignorados pela PF, os procuradores também não entenderam por que a PF demorou quatro dias a enviar para o STF a informação de que Calero havia deposto e falado de Michel Temer.

Paulo recebe premiados na Olimpíada do Conhecimento

Alunos premiados na nona edição da Olimpíada do Conhecimento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) foram recebidos pelo governador Paulo Câmara, hoje, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Realizada em Brasília, no início do mês de novembro, a competição reuniu 1,2 mil jovens de 26 Estados. A unidade pernambucana do Senai foi a melhor do Norte e Nordeste, assumindo a terceira colocação no ranking geral. Os pernambucanos conseguiram o total de seis medalhas: duas de ouro, três de prata e uma de bronze.
"Essa conquista dos estudantes do Senai de Pernambuco serve de exemplo para outros jovens brasileiros. Eles participaram dessa olimpíada mostrando o que aprenderam na escola, mostrando que se dedicar dá resultado", destacou o chefe do Executivo estadual. Paulo Câmara frisou ainda:  "A educação é o que transforma a vida das pessoas". 
Ouro individual no segmento de panificação, Leína Silva, de 22 anos, disse que é uma satisfação trazer uma medalha para o seu Estado. "Esse prêmio é o reconhecimento do nosso esforço. Estou feliz com o resultado ", disse a jovem, que é natural de Petrolina, no Sertão. Leína foi medalha de prata por equipe na modalidade festa saudável. "Eu aprendi bastante nos treinos para a olimpíada, gostei da área de panificação e vou levar para o resto da vida", disse a jovem.
Natural de Santa Cruz de Capibaribe, no Agreste, Amanda Santos, de 20 anos, foi ouro por equipe na modalidade "moda e criatividade". A jovem contou que a competição foi mais uma forma de expor as potencialidades da região que vive da confecção. "A gente vive essa realidade em Santa Cruz, que é um grande polo de confecção. Desde criança que a gente vive fazendo roupas. Lá, nós mostramos apenas um pouco do nosso trabalho", destacou Amanda.
O diretor-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger, ressaltou que o resultado da nona edição da competição colocou o Estado em evidência no segmento. "As nossas escolas estão atingindo um patamar competitivo ótimo. Com isso, nós esperamos preparar essa juventude para o mercado de trabalho", afirmou Ricardo.
Além dos 12 medalhistas do Senai, participaram deste encontro com o governador o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Alexandre Valença; o secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto; secretário executivo de Educação Profissional do Estado, Paulo Dutra; e o diretor regional do Senai, Sérgio Gaudêncio.

JB detona Reinaldo: pau mandado do PSDB


Ex-presidente do STF reagiu nesta sexta-feira 2, pelo Twitter, a críticas feitas por Reinaldo Azevedo depois de sua entrevista à Folha de S. Paulo; "Já era esperado, não era? Há um ano eu não dava entrevista. Abri a boca e já apareceu o primeiro ataque. Feroz. De quem? De um 'pau mandado' de grupos e partidos políticos chamado Reinaldo Azevedo. Um idiota que não tem consciência da própria irrelevância", detonou o ex-ministro; na entrevista, Barbosa definiu como "encenação" o impeachment de Dilma Rousseff; o blogueiro de Veja disse que as respostas de JB "trazem uma das maiores quantidades de bobagens por centímetro quadrado dos últimos tempos"

Lágrimas e charutos



Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo
A noite de quarta-feira, 30 de novembro, foi daquelas que ficarão da memória. Em Medellín, na Colômbia, um estádio lotou sem nenhum time em campo. A torcida estava lá para homenagear as 71 vítimas da queda do avião da Chapecoense, a maior tragédia do esporte brasileiro. A cerimônia emocionou milhões de pessoas nos dois países.
Enquanto a multidão chorava, um grupo de 52 pessoas confraternizava animadamente em Brasília. Eram senadores reunidos na casa do líder do PMDB, Eunício Oliveira. No fim da noite, a festa ganhou o reforço do presidente Michel Temer, que distribuiu gracejos e degustou um legítimo havana oferecido pelo anfitrião.
O contraste entre lágrimas e charutos resume a distância crescente entre o mundo político e as ruas. O fosso se ampliou nesta semana, quando o Congresso afrontou a sociedade ao aprovar medidas de arrocho e costurar amarras para conter o Ministério Público e o Judiciário.
Na terça, o Legislativo aproveitou o luto nacional para acelerar votações impopulares. O Senado aprovou, em primeiro turno, a emenda que congelará gastos sociais nos próximos 20 anos. Do lado de fora, a polícia reprimia os descontentes com bombas de gás e balas de borracha.
Poucas horas depois, a Câmara desfigurou as chamadas dez medidas contra a corrupção. O pacote incluía ideias reprováveis, como a validação de provas obtidas de forma ilegal, mas sua mutilação foi uma mera revanche de políticos na mira da lei.
O desprezo pela opinião pública não tem sido exclusividade dos congressistas. No início da semana, Temer chamou de "fatozinho" o escândalo que acaba de derrubar mais dois ministros de seu governo. Ele ainda deve explicações convincentes sobre o caso, em que é acusado de pressionar um auxiliar para favorecer interesses particulares de outro.
No coquetel dos senadores, a preocupação do presidente era outra: não ser filmado ou fotografado enquanto dava suas alegres baforadas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Lula e Dilma vão à Cuba para homenagens a Fidel

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, vão à Cuba este fim de semana para participar de homenagens ao líder cubano Fidel Castro, que faleceu na noite de sexta (25) aos 90 anos.
Segundo nota divulgada no site de Lula esta quinta (1º), os ex-presidentes estarão presentes às homenagens a Fidel na cidade de Santiago de Cuba, no sábado (3). Lula volta ao Brasil na segunda (5).
Os dois petistas lamentaram a morte do líder cubano. Em nota sobre o falecimento de Fidel, Lula o chamou de "o maior de todos os latino-americanos" e disse sentir sua morte "como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei".
Já Dilma declarou que a morte de Fidel, "uma das mais influentes expressões políticas do século 20, é motivo de luto e dor". Segundo a ex-presidente, Fidel foi "um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte".
Esta quinta, a caravana com as cinzas de Fidel Castro chegou à cidade de Santa Clara, onde estão os restos mortais de Che Guevara. Ambos lutaram na Revolução Cubana, que levou Fidel ao poder em 1959.
As cinzas de Castro serão depositadas finalmente no domingo (4) no cemitério de Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, onde também foi sepultado José Martí, herói da independência cubana.(Blog de magno martins)

Lava Jato pode estar mudando os sonhos de carreira de engenheiros

  © image/jpeg engenheiros
As investigações da Lava Jato e a crise (econômica e de reputação) que abalaram as principais empresas do setor de engenharia  já começam a ter reflexos mensuráveis nas aspirações de carreira dos profissionais do ramo.
Levantamento realizado pela consultoria Universum com 1.083 engenheiros para identificar as empresas preferidas por eles mostra que, embora a Petrobras ainda seja a primeira colocada, a queda no percentual de engenheiros que a identificam como empregadora ideal é de 7 pontos. Resultado semelhante apresentou o estudo feito com os estudantes de engenharia brasileiros.
Para outra empresa implicada nas investigações da Lava Jato, a Odebrecht, a queda no percentual refletiu diretamente no posicionamento da empresa no ranking: saiu do 2º lugar em 2015 para o 5º nesta edição.
“Como o centro da crise está ligado a empresas tradicionalmente de engenharia – construtoras, óleo e gás, mineradoras e outras -- vemos que os engenheiros estão considerando um leque maior de opções e indústrias para seguirem suas carreiras”, diz Andre Siqueira, gerente responsável pela Universum no Brasil.
De acordo com a pesquisa, o número de indústrias que os engenheiros brasileiros consideram trabalhar aumentou bastante. Siqueira aponta para altas significativas em termos de atratividade na indústria de bens de consumo – materializada por empresas como Ambev, Unilever, Nestlé e Heineken, que, apesar de terem caído no ranking, subiram percentualmente – e na indústria automotiva – afetada pela crise, mas se recompondo e recuperando a atratividade. “Especialmente as menos afetadas pela crise – Honda e Toyota”, diz Siqueira.

“Onde os canalhas serão celebrados como heróis”

Ribamar Fonseca  Jornalista e escritor 
Câmara Federal deve votar o projeto de lei, elaborado por integrantes do Ministério Público, contendo dez medidas anticorrupção, entre elas a que valida as provas obtidas se necessário até mediante tortura, desde que realizada de boa fé, e a que cria uma comissão destinada a receber denúncias de corrupção. Se o texto da proposta for aprovado conforme redigido pelos procuradores, os quais por isso foram classificados de "cretinos" pelo ministro Gilmar Mendes, a tortura e o dedurismo serão legalizados no Brasil. E estará criada, segundo o procurador aposentado Roberto Tardelli, a "República dos Delatores", um lugar onde "os canalhas serão celebrados como heróis, um serviço sujo a que nem os militares se sujeitaram". Em artigo sob o título de "A história marcará o Ministério Público como quem trouxe o terror institucional", Tardelli se disse "aliviado" por não mais fazer parte de um órgão "que conspirou contra a democracia e trouxe o terror de Estado e o medo institucional".
Depois de classificar o pacote anticorrupção como "uma canalhice jurídica sem tamanho", o advogado e procurador aposentado disse que "a ditadura chegou nos braços do Ministério Público, nas mãos de quem tem o compromisso constitucional de lutar pela democracia, uma ditadura onde não mais existe um ditador, personalista e egocêntrico, mas incontáveis pequenos tiranos, egóicos e narcísicos, que vão destilar arbítrio por onde passarem". Tardelli adverte, a certa altura, que "as pessoas que saíram às ruas pedindo adesão a um abaixo-assinado que não compreendiam foram enganadas, traídas". O artigo do procurador aposentado é um dos mais duros libelos contra um projeto que, se for aprovado na forma como elaborado, representará não um avanço no combate à corrupção, mas um retrocesso, na medida em que legaliza ações próprias de ditaduras. E será pior ainda se não for reincluída a emenda que estabelece penas mais duras para o abuso de autoridade, retirada pelo acovardado relator Onyx Lorenzoni, depois de pressionado por procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, da Lava-Jato.
Essa emenda foi alvo de surpreendente reação de juízes e procuradores, que a acreditaram destinada a prejudicar as investigações em andamento, em especial as realizadas pela Operação Lava-Jato, o que soou como uma confissão da prática do abuso de autoridade. Se o projeto for aprovado sem essa emenda será a prova mais vergonhosa do cagaço dos deputados, amedrontados diante de uma força-tarefa que já colocou muita gente na cadeia, principalmente políticos. Ninguém tem dúvidas sobre a necessidade de se criar uma legislação mais severa para combater a corrupção, desestimulando essa prática danosa com penas mais duras para os seus autores, mas isso não pode servir de pretexto para legalizar ações que atentem contra os direitos humanos, que suprimam garantias individuais, que fragilizem a democracia. Afinal, já que os órgãos superiores da Justiça não se importam com os excessos cometidos inclusive no âmbito do Judiciário, é imperioso que se aprove uma legislação que ponha um freio nos abusos perpetrados em nome da moralidade. Vale a pena repetir: não se combate um crime cometendo outro.
Na verdade, muitos magistrados e procuradores – felizmente não são a maioria - se convenceram de que são poderosos e formam uma casta, não admitindo nada que possa afetar seus privilégios. Daí a reação não apenas contra um dispositivo legal que possa enquadrá-los por abuso de autoridade como, também, contra o projeto em gestação no Senado que confirma dispositivo constitucional fixando o teto salarial dos servidores públicos no valor percebido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, em torno de R$ 33 mil. Hoje tem muita gente com salário mensal de até R$ 200 mil. Uma pesquisa recente feita no Rio de Janeiro revelou que só naquele Estado cerca de 98% dos agentes públicos, aí incluídos os membros do Judiciário, tem salário superior ao teto estabelecido pela Constituição. A indignação entre os privilegiados é tamanha que a Suprema Corte vem sendo pressionada para afastar o senador Renan Calheiros da presidência do Congresso. A sessão da Corte que julgará a ação deve acontecer também esta semana".
Por outro lado, espera-se que a pressão da sociedade tenha abortado a indecente manobra realizada na Câmara, por deputados da base aliada, destinada a anistiar o caixa dois. O próprio Temer, que estaria por trás dessa manobra, recuou e já afirmou que vetará a proposta, caso venha a ser aprovada pelo Legislativo. O povo, que já se deixou enganar algumas vezes – e muita gente inclusive já se arrependeu de ter saído às ruas para pedir a saída de Dilma – está atento a essas manobras e não dará trégua ao Parlamento e muito menos a Temer enquanto ele não deixar o Palácio do Planalto. E certamente também não vai aceitar pacificamente a eleição indireta de um novo presidente que não corresponda às suas aspirações. FHC, portanto, que está assanhadíssimo para voltar ao Planalto, não se enquadra nas aspirações da população e deverá enfrentar enormes resistências, dentro e fora do Congresso, para alcançar seu objetivo. Talvez só tenha mesmo o apoio da mídia e dos tucanos.

Planalto e Congresso vêem autoritarismo da Lava Jato

Procuradores atacam Câmara; senador fala em chantagem
Blog do Kennedy
O Palácio do Planalto e a cúpula do Congresso ficaram surpresos com a entrevista dos procuradores da Lava Jato em reação ao projeto anticorrupção aprovado nesta madrugada pela Câmara. Para o governo e a alta direção do Congresso, os procuradores da Lava Jato usaram hoje à tarde um tom autoritário e não aceitaram a derrota na Câmara.
Nas palavras de um senador, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador do Ministério Público na força-tarefa da Lava Jato, fez chantagem com dois poderes _Executivo e Legislativo. Dallagnol disse que, se o presidente Michel Temer não vetar o projeto, os procuradores renunciarão às suas funções na Lava Jato.
Na avaliação do Palácio do Planalto, há uma tentativa de emparedar Temer, com pressão para que ele vete parte do projeto se ele for aprovado pelo Senado. Apesar de não quer brigar com a Lava Jato, a tendência de Temer é jogar afinado com as cúpulas do Senado e da Câmara. Afinal, o Congresso poderia derrubar eventual veto presidencial.
Interlocutores do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dizem que a reação dos procuradores só estimula a necessidade de votar um projeto que puna abuso de autoridade. Renan articula a aprovação de um projeto relatado por Roberto Requião (PMDB-PR) e que será discutido com o juiz federal Sérgio Moro e o ministro do STF Gilmar Mendes.
Deputados queriam retaliar as investigações da Lava Jato e cobrar que juízes e procuradores pudessem ser responsabilizados por eventual abuso de autoridade. Depois de abrir mão da anistia ampla ao caixa 2, havia na madrugada de terça para quarta na Câmara um clima político contra a Lava Jato. Daí as modificações no projeto apresentado pelo Ministério Público.
O projeto segue para o Senado, onde houve tentativa fracassada de Renan de votá-lo em regime de urgência. Mas, no Senado, há uma tendência a aprovar o projeto relatado por Requião, apesar da oposição de alguns nomes do PSDB e da Rede

PSDB quer fim de governo Temer e eleição de FHC


FHC, Aécio Neves e Geraldo Alckmin durante encontro de prefeitos promovido pelo PSDB em Brasília
Marina Dias - Folha de S.Paulo
A tempestade perfeita que começou a se formar nos arredores do Palácio do Planalto, com a combinação de abalos políticos e econômicos, intensificou o desconforto e tornou indócil o principal aliado de Michel Temer: o PSDB.
Embora a determinação da cúpula tucana seja manter o apoio ao governo, há no partido quem cogite a possibilidade de Temer não terminar o mandato, em razão de denúncias que possam surgir com a delação da Odebrecht ou mesmo se o Tribunal Superior Eleitoral decidir cassar a chapa Dilma-Temer.
Somado a isso, a economia recuou pelo sétimo trimestre consecutivo e mostrou que a receita de ajuste de Henrique Meirelles não deve gerar resultados tão rápido.
Parlamentares do PSDB já falam em março como a data limite para que a economia mostre reação e Temer consiga pelo menos imprimir a imagem de presidente que colocou em ordem as contas públicas.
Caso contrário, especulam os mais pragmáticos, cogita-se o nome de Fernando Henrique Cardoso como opção em eventual eleição indireta, com a decisão do TSE chancelada a partir do início de 2017.
O movimento dos tucanos não é necessariamente conspiratório. Aliás, o melhor para o PSDB é que o governo funcione, aplicando medidas impopulares, como o ajuste e a reforma da Previdência, e pavimente (para eles) o terreno em 2018.
Cientes da máxima de que não há espaço vazio na política, os tucanos fazem projeções. Temer, por sua vez, tenta se antecipar a essa leitura e avalia dar mais espaço ao PSDB, que pede —e agora vai ter— maior participação nas decisões estratégicas do governo federal.
Um dos principais auxiliares do presidente mostra que entendeu a engrenagem e diz que os tucanos não podem ser tratados como o PT tratou o PMDB na gestão Dilma.
Isso porque, na realpolitik, sempre há um plano B, ou C, e o presidente Michel Temer sabe disso.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Maia rebate críticas do Judiciário: 'quem legisla é o Poder Legislativo'

Agência Câmara - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), rebateu nesta quarta-feira, 30, as críticas feitas ao resultado da votação do pacote anticorrupção, que alterou pontos da proposta original do Ministério Público Federal.
Maia disse que o resultado da votação precisa ser respeitado. Ele destacou que as votações foram todas feitas no painel eletrônico, para garantir a transparência, e que a maioria venceu a minoria. "É preciso aprender a perder", disse.
A votação foi objeto de críticas por parte de magistrados e integrantes do Ministério Público por conta de alterações feitas pelos deputados ao texto na fase dos destaques. Foi incluído no texto o crime de abuso de autoridade de juízes e procuradores. E foram retirados diversos pontos aprovados pela comissão especial que analisou a proposta.
Aos descontentes, Maia sugeriu que se se candidatem em 2018. "Aqueles que queiram participar do processo legislativo, em 2018, teremos eleição. Não podemos aceitar que a Câmara dos Deputados vire cartório carimbador de parte da sociedade. A Câmara tem responsabilidade de ratificar e também rejeitar. Quem legisla é o Poder Legislativo", disse.
O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), afirmou na tribuna que todas as iniciativas da comissão especial e do Plenário, ao analisar a proposta, foram voltadas para garantir o devido processo legal; a presunção da inocência; o ônus da prova cabendo à acusação; e a equidade de instrumentos entre a acusação e a defesa.
"A aprovação da responsabilização de juízes e promotores, quando não há cometimento de crimes, mesmo não tendo sido apresentada pelo PT, foi votada pelo PT, porque a todos cabe responsabilidade, de acordo com suas atribuições. Se agora algum promotor diz que vai abrir mão das suas responsabilidades, há três inferências possíveis. Uma delas é que está tentando chantagear o Congresso Nacional", disse.

Renan: projeto Moro/ Dallagnol é fascista

Do Globo:
"Pacote teve o tratamento merecido"
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira que o pacote anticorrupção teve o "tratamento que deveria ter recebido", num apoio às medidas aprovadas pela Câmara e que desfiguraram a proposta original. Mas, Renan disse que não há pressa para votar o pacote no Senado e que a prioridade é a votação da Lei do Abuso de Autoridade, no próximo dia 6. O peemedebista afirmou que, das dez medidas originais, a única que valia era a do aumento da pena para crimes de corrupção, afirmando que as demais só poderiam ser adotadas "no fascismo" e não no Estado Democrático de Direito.
- O texto não poderia ter outro tratamento senão o que teve, porque é muito difícil conjugar o Estado Democrático de Direito com aquelas medidas (originais). No Estado de exceção, você pode propor teste de integridade, fim de habeas corpus, validação de prova ilegal, validar o testemunho sob tortura, mas no Estado democrático não. Esse pacote estava fadado a receber o tratamento que recebeu - disparou Renan, acrescentando: - Mas, num regime democrático, propor teste de integridade, reportante do bem, fim do habeas corpus, validação de prova ilícita, isso tudo é defensável no fascismo, mas no estado democrático de direito, por favor, não.

Danilo Cabral vota contra relatório de MP que reforma o ensino médio

O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) votou contra o relatório da MP 746/2016, da reforma do Ensino Médio. Ele defende que o texto deve ser aperfeiçoado principalmente em relação ao financiamento do Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral. Apesar de o relator Pedro Chaves (PSC-MS) ter estendido o prazo de quatro para dez anos de apoio do Governo Federal aos estados, o deputado afirma que o fomento da política de ensino integral só será bem-sucedido se os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) forem complementados.

Segundo Danilo Cabral, haverá um incremento nas responsabilidades dos estados na manutenção do ensino integral e isso exige mais recursos. Ele citou o exemplo da instituição das cinco opções dos itinerários formativos. “Os estados não terão como oferecer isso aos alunos sem a contrapartida do Governo. A manutenção do ensino é custeada pelo Fundeb, que não vai receber nenhum Real a mais com suas novas atribuições. Sem ampliarmos os recursos do Fundeb, não conseguiremos avançar na educação brasileira”, afirmou.

Outra preocupação do deputado foi em relação à alimentação dos alunos matriculados em jornada integral, que passarão a contar com três refeições. O relator, inicialmente, considerou que os recursos de apenas R$ 0,30, recebidos por aluno/dia, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e estabeleceu que essas despesas fossem custeadas também pelo Fundeb. O senador Pedro Chaves, após ouvir ponderações dos integrantes da Comissão, retirou a alimentação do Fundeb. “Mas ele não explicou como a alimentação será financiada. Mais uma vez, estamos transferindo a responsabilidade para os estados sem contrapartida financeira”, criticou.

Apesar das ponderações dos parlamentares, o relatório do senador Pedro Chaves foi aprovado por 16 votos favoráveis e cinco contrários pela Comissão Mista. Segue, agora, para votação no Plenário da Câmara e do Senado, respectivamente.

DETRAN-PE paga décimo em parcela única

Na manhã desta quarta-feira, 30, o diretor presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco, Charles Ribeiro, anunciou que será pago ainda no dia de hoje, em parcela única, o décimo terceiro dos 1.511 servidores do Órgão. O montante que será injetado na economia do estado gira em torno de cinco milhões de reais.

De acordo com Ribeiro, a medida foi possível graças à gestão administrativa que vem sendo implantada na Autarquia, gerenciando de forma séria e correta os recursos, com economia e planejamento. “Dessa forma estamos conseguindo realizar vários investimentos como modernização de pátios e de veículos, ampliação das ações educativas e ainda, valorização dos servidores”, enfatizou.

Aragão e 10 medidas: é um projeto de poder



O que o ministério público federal entende de "avanço democrático"?
Chega a ser uma pilhéria ler-se na Folha de São Paulo, ontem, artigo subscrito pelo Senhor Procurador-Geral da República a defender as famigeradas "10 Medidas", difundidas em estrondosa campanha institucional pelo ministério público federal. Foram as propostas qualificadas por S. Exª como "avanço democrático", pois seriam "fruto de uma longa e bem-sucedida iniciativa que angariou amplo apoio popular, já que mais de 2 milhões de brasileiros o subscreveram”.
Nunca é demais reafirmar que as chamadas "10 medidas" são objeto de intensa publicidade feita com recursos públicos. Nada têm de iniciativa popular, mas, sim de iniciativa corporativa vendida como remédio necessário para o "combate à corrupção" e, em verdade, não passa de um grande engodo para que a sociedade venha a aceitar restrições a garantias fundamentais.
Assinaram-na 2 milhões de incautos ou desinformados, havendo, antes, a opinião pública, sido bombardeada com notícias e editoriais que vendiam a corrupção como o maior mal do País. Uma autêntica campanha de argumentos ad terrorem.
Por detrás de tudo está um projeto de poder corporativo, que torna os órgãos do complexo policial-judicial intangíveis pelos abusos que vêm cometendo em suas ruidosas investigações por forças-tarefa. Pretendem aproveitar provas ilícitas, querem o poder de amplo plea bargain a condenar cidadãos por acordos que dispensem a instrução criminal, sonham em poderem armar situações de ofertas ilusórias de peita para testar integridade de funcionários, gostariam de tornar o habeas corpus mais burocrático, impedindo juízes de concedê-lo ex officio sem audiência prévia do ministério público e por aí vai.
O ministério público não tem se revelado uma instituição merecedora de tamanha confiança que lhe permita agir sub-repticiamente contra a cidadania. Tem evoluído, isto sim, a um monstrengo indomável pelo estado democrático de direito, megalomaníaco, a querer sufocar todos outros formadores da vontade política da Nação. Quer-se ungido por indiscutível superioridade moral que, no fundo, não passa de arrogância e prepotência.
Querer qualificar isso de "avanço democrático" é o cúmulo da falta de auto-crítica. Avanços democráticos se fazem, antes de mais nada, defendendo a constituição e não agindo contra ela. Onde estava o ministério público quando um deputado quadrilheiro, hoje preso por representar risco à ordem pública, logrou movimentar-se para destituir a presidenta democraticamente eleita? Onde estava o ministério público quando o Sr. Moro divulgou criminosamente interceptações feitas em chamadas da presidenta da república? Onde estava o ministério público quando ministro supremo indisfarçavelmente partidário da então oposição, impediu a entrada em exercício do ministro-chefe da casa civil nomeado pela presidenta da república, utilizando-se como "prova" de desvio de finalidade de sua nomeação interceptações flagrantemente ilegais? Onde estava o republicanismo do ministério público quando determinou com bumbo e fanfarra a instauração de inquérito contra a presidenta da republica por fato à toda evidência fútil às vésperas de seu julgamento pelo Senado?
A atual administração do ministério público federal não tem o direito de pronunciar a palavra "democracia", porque se associou, com ações e omissões, às forças do atraso, carregando em suas costas o peso de parte decisiva do golpe contra um governo legítimo para permitir se instaurar um regime autoritário de rapina das conquistas sociais, de desprezo aos direitos fundamentais e de cupidez com a pratica de desvio de poder para o atendimento de interesses privados escusos. A inação desse ministério público que fala de democracia foi causa eficiente para sacrifica-la. E agora quer posar de força moral para "combater" a corrupção, como se fosse travar uma guerra em que as convenções de Genebra e da Haia na têm aplicação: tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias, não é, Senhor Procurador-geral?
Ninguém nega a importância de ações de controle da corrupção. Mas não se pode vender a ideia que um direito penal que distinga entre pessoas de bem e pessoas mais propensas ao crime, ou seja, inimigos, possa validamente fazer esse serviço. Um direito penal dessa espécie é a confissão do fracasso do próprio controle, é direito penal simbólico a servir de escusa para a incompetência em formular e implementar políticas estruturantes contra a corrupção. Serve apenas para desopilar o fígado de uma sociedade cheia de ódios e fobias, adredemente incutidas em seu seio para se tornar manipulável por esse tipo de campanha que só tem por resultado a alavancagem do poder corporativo.
Acorda, Brasil, pois "tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá! Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar! Tem gente enganando a gente: veja a nossa vida como está... Mas eu sei que um dia a gente aprende. Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança!" , para lembrar de rica lição de vida de Renato Russo.
Eugênio Aragão, ex-Ministro da Justiça