quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O avesso das alianças


De Marisa Gibson, na sua coluna DIARIO POLÍTICO desta quinta-feira
Instrumento perfeito para juntar partidos em torno de um “programa”, cujo objetivo é a permanência de grupos políticos no poder, as alianças eleitorais têm um avesso perigoso: induz o eleitor a votar em candidatos que não lhes dizem nada, só porque o líder maior pediu.
Em Pernambuco, esse líder já foi Arraes, Jarbas, Eduardo e, agora, é Lula que volta com o canto da sereia.
Entre essas lideranças houve discordâncias ideológicas e programáticas que chegaram a  níveis inimagináveis, com ataques ásperos que chegavam ao eleitor como se verdades fossem. E assim permaneceram até o oportunismo eleitoral chegar buzinando para apagar o passado A isso, os políticos chamam de pragmatismo “sem traumas, sem raiva e sem rancor”, como ensina Lula.
Jarbas Vasconcelos (MDB), por exemplo, repetiu durante anos que o Bolsa Família era “o maior programa de compra de votos da história”. Agora, ele está prestes a se beneficiar desses votos.
Já o prefeito Geraldo Julio (PSB), entusiasta da nova aliança PT/ PSB, conclamava em 2014 o eleitor a “tirar aquela mulher” de Brasília, numa referência à presidente da República Dilma Rousseff (PT).
Até hoje tem petistas que não se conformam com o que consideraram uma ofensa, além do fato de o PSB ter votado pelo impeachment.
Mas o que fazer? Chegou a hora de se juntar de novo.

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